Fanfic: Doce Coisinha - Trendy, Vondy (finalizada/adaptada) | Tema: Triangulo Amoroso

Dulce

O apartamento estava tranquilo. Eu nunca ouvi o retorno de Presley na noite passada e eu tinha adormecido no momento em que fui para a cama. Eu levei meu tempo me vestindo e arrumando minhas coisas. Eu esperava ouvir alguém se movendo no apartamento hoje de manhã, mas já passava das oito e nenhuma porta havia sido aberta ou fechada. Não houve som algum. Ficou em silêncio.

Abri a porta do quarto devagar e olhei para o corredor. As luzes estavam apagadas. A luz do sol das grandes janelas em todo o apartamento fornecia luz suficiente para ver aonde eu estava indo.

Eu me senti estranho saindo sem dizer nada para Alfonso.

No final do corredor, o cheiro de café atingiu meu nariz. Eu imaginei que encontraria Alfonso ou Presley. Se fosse Presley, talvez ela fosse mais legal quando me visse carregando minha mochila. Minha saída deve deixá-la de bom humor.

Eu me virei, andando na direção de onde eu cheirava café e encontrei a cozinha. As costas de Alfonso estavam viradas para mim enquanto ele assistia ao noticiário em uma grande televisão de tela plana na parede oposta à porta. Ele estava vestindo uma camisa, gravata e jeans. Ele segurava uma xícara de café na mão e franziu a testa enquanto as notícias informavam que algum senador gostava de um site pornô no Facebook que se tornou viral.

Seus ombros eram largos, mas seu tamanho parecia pronunciado na camisa justa. O cara na piscina que riu e bebeu com os amigos não era o mesmo homem na minha frente. Este homem guardava segredos. Ele era importante ou parecia ser. Eu pensei que ele era um esnobe elitista e mimado. Depois de ontem, eu não tinha certeza sobre nenhuma dessas coisas. Ele não estava sem casa. Eu estava errado sobre isso com certeza.

Pensei na festa na piscina e me perguntei por que Presley não estava lá. Ele a manteve separada de seus amigos? Por que ela mora aqui? A história deles não era da minha conta, mas eu estava curioso. Alfonso ficou sob a minha pele desde o momento em que o conheci. Ele estava me ajudando e até se levantou para Christopher para mantê-lo longe de mim - isso mudou minha percepção dele. Suas ações nas últimas vinte e quatro horas me fizeram querer saber mais sobre ele.

“Há café e alguns doces da padaria da cidade. Você é bem-vindo a ambos, ou você pode continuar lá e me verificar enquanto estou de costas.”

Ele virou a cabeça apenas o suficiente para eu ver seu sorriso, então ele apontou com a mão segurando sua xícara em direção ao café e aos doces que ele acabou de mencionar. "Fique à vontade. Há um pouco de tudo.”

Eu estava com vergonha de ter sido pego olhando para ele, mas eu estava prestes a sair. Eu duvidava que o veria novamente em breve, se é que algum dia. Esse pensamento não deveria me incomodar. Mas aconteceu.

Seus olhos caíram para a mochila na minha mão esquerda. "Você não está indo embora, Dulce. Você não tem para onde ir.”

“Minha presença aqui está causando problemas. Presley, depois Christopher...” Comecei, mas fui interrompida.

“Presley vai superar isso hoje. Christopher era esperado. Eu espero mais dele. Ele foi mimado a maioria de sua vida e isso leva a acreditar que eles podem ter o que quiserem. Quando eles dizem não, eles reagem sem pensar. Agora tome um café da manhã e depois guarde as suas coisas. Então eu tenho um lugar para te levar.”

Ele falou como se suas ordens fossem lei. Minha opinião não teve consequências. Eu não gostava de ser controlada ou manipulada, mas, por outro lado, eu não estava pronta para dizer não. Afastando-se da única segurança que eu tinha no momento parecia tolo. Eu lutei com o que fazer mentalmente enquanto ele voltava para assistir as notícias.

Eu abri minha boca duas vezes para dizer alguma coisa. Nenhum argumento ou resposta peculiar veio. Finalmente, sentei minha mochila e coloquei minha bolsa em cima dela. Eu cedi e me aproximei para preparar uma xícara de café de uma cafeteira comum. Eu não esperava isso de Alfonso. Especialmente não vindo do seu mundo de riqueza. Os Uckermann tinha várias máquinas sofisticadas que produziam café, café expresso, cappuccinos e depois a imprensa francesa que eu odiava usar.

"Este é um pote de café regular", eu disse olhando de volta para Alfonso.

Ele não olhou para mim quando falou. "O café é para ser simples."

Eu não pude discutir com isso. "Você foi à padaria hoje de manhã?" Perguntei imaginando quando ele poderia ter ido embora. Eu tinha escutado a porta. Se ele estivesse quieto quando saísse, eu sabia que as grossas paredes do apartamento teriam abafado o som.

"Presley tem a padaria fazendo entregas diárias", ele respondeu ainda assistindo à televisão.

Isso parecia estranho. Eu não teria pensado que Presley comeu doces. Ela era tão magra. Comer isso todas as manhãs colocaria peso em alguém. Eu escolhi um que parecia um croissant com cobertura de chocolate. Eu não tinha certeza se era um croissant, mas parecia delicioso. Eu não almocei nem jantei ontem e estava morrendo de fome. Eu me perguntei se ele se importaria se eu comesse dois. Ou mais importante, se Presley se importasse.

Uma vez que as notícias foram para um comercial, ele se virou para me observar enquanto eu estava no bar com meu café da manhã. "Você pode ter um assento na mesa, se quiser. E coma mais de um desses. Existem muitos."

Estendi a mão para pegar o bolinho de morango, coloquei no meu prato e então fui para a mesa. "Obrigada. Eu acordei com fome,” eu admiti.

Ele tomou um gole de café e me estudou. Eu me encontrei esperando que a notícia voltasse para que eu pudesse comer sem o foco de laser em mim. Alfonso me deixou nervosa porque você não sabia dizer o que ele estava pensando. Suas expressões eram sempre sérias. Ele sempre parecia fechado, sem discutir.

"Como você está com pessoas idosas?"

Essa foi a pergunta mais estranha e aleatória que já me perguntaram.

"O que você quer dizer exatamente?"

A notícia retornou após o comercial e ele desligou tocando algo em seu telefone. Eu nunca vi isso antes.

“Você lidou com Portia e ela é uma cadela de alta manutenção. Você é paciente, trabalhadora e confiável. Eu suponho que você seria bom com uma senhora idosa e levemente senil.”

Quando eu não disse nada imediatamente ele continuou.

“Geraldine Mayweather é uma amiga minha. Ela está no ponto da vida em que precisa de ajuda em suas atividades diárias. Limpar, cozinhar pequenas refeições, lembrá-la de tomar pílulas e, às vezes, onde está o banheiro ou em que ano estão, algumas coisas com as quais ela poderia ajudar. Acho que você seria perfeito para trabalhar com alguém na situação dela.”

Oh. Um trabalho. Um que eu sabia que poderia fazer. Alfonso disse isso assim.

"Isso soa bem", respondi rapidamente. "Obrigada. Eu não sei como posso te pagar por tudo que você fez.”

"Não me agradeça ainda. Eu vou apresentar você para Geraldine. Ela vai ter que aprovar você é claro. É a decisão dela.”

Eu balancei a cabeça. "Claro. Quando podemos ir?”

"Assim que você terminar de comer e colocar sua bolsa de volta no armário do seu quarto."

"Obrigada", eu repeti.

Ele sentou a xícara na pia e saiu da sala sem outra palavra.

Eu terminei o croissant de chocolate e o muffin de morango e enxaguei meu prato e as duas xícaras. Depois que eu sequei os pratos, localizei os armários corretos para que eu pudesse guardá-los.

Enquanto caminhava para pegar minha mochila, a porta da frente se abriu. Eu congelei esperando que fosse Alfonso abrindo a porta.

Os saltos clicaram no chão de mármore e foram em direção à cozinha. Não havia como escapar dela. Me preparando, peguei minha mochila e fiquei de frente para a porta no momento em que Presley entrou na cozinha.

Ela estava com as mesmas roupas que usava na noite passada. Seu rosto estava lavado de maquiagem e seus olhos pareciam vermelhos. Ela passou por mim. "Deixando já?" Ela perguntou em um tom entediado.

Eu não queria responder, mas não podia simplesmente sair do quarto sem reconhecê-la. Isso seria rude. “Não, não indo embora ainda. Eu estava, mas não estou agora. Eu estarei em breve.” Eu adicionei o último para evitar um ataque de gritos.

“Por que há doces aqui? Jesus, que come essas calorias de manhã?” Ela se virou e olhou para mim com horror. "Seus quadris só vão ficar maiores comendo assim."

Ela não comeu os doces. O que significava que ela não os encomendou.

"Eu não, quero dizer, aqueles não são..." Eu não tinha certeza de como responder a ela.

Ela revirou os olhos. "Bem, eles não são de Alfonso. Ele só come claras de ovos e torradas de trigo integral no café da manhã. Eu faço isso por ele.”

O fato de ela ter falado comigo como se eu fosse uma criança pega em uma mentira não foi o que me deixou sem palavras. Era essa a única explicação que deveria ser... Alfonso pediu os doces.

Para mim.