Fanfic: Doce Coisinha - Trendy, Vondy (finalizada/adaptada) | Tema: Triangulo Amoroso

Dulce

Antes que eu tivesse um ataque de pânico completo, a porta da frente se abriu.

"CHRISTOPHER!” O rugido de Alfonso ecoou pela casa. Eu pulei, sacudindo a cabeça para vê-lo dando longos passos rápidos para a sala com uma expressão furiosa. Eu nunca vi ele mostrar esse tipo de emoção. Por um momento, eu tirei do colapso completo que eu estava tendo sobre a minha irmã.

Seu olhar se virou para mim e sua expressão se suavizou. "Você está bem?" Ele perguntou seu tom ainda duro.

Eu consegui assentir porque eu não tinha certeza se estava bem, e eu estava com medo de lhe dizer o contrário.

“Não, ela está muito chateada. Ela não estava nem respirando. É tudo culpa minha. Eu o deixei entrar. Eu esqueci. Eu pensei que ele veio me visitar,” Geraldine estava chateada e eu tinha falhado em mantê-la calma. Eu esqueci a minha determinação em manter isso fácil e inofensivo para ela quando ele disse que queria testar o DNA da Heidi.

Minha respiração engatou novamente, lembrando-me o que poderia acontecer. Quão facilmente meu mundo poderia ser levado embora. Heidi era tudo que eu tinha.

"Jesus, você ficou branca", disse Alfonso enquanto caminhava para mim em três passos rápidos e me estudou. Sua expressão feroz não era suficiente para impedir que minhas lágrimas se derretem nos meus olhos.

"Fora! Agora! FORA!” Alfonso rugiu novamente quando ele se virou para Christopher. Ele avançando em direção a Christopher tão rapidamente que eu estava com medo do que ele iria fazer.

Christopher não discutiu, mas ele encontrou o olhar de Alfonso com um de seus próprios enquanto passava por ele e se dirigiu para as portas da frente. Alfonso tocou o ombro de Geraldine. "Agradeço por me ligar. Nada disso é culpa sua. Lamento que ele tenha trazido isso para sua casa.” Seu tom era terno.

Ela balançou a cabeça e olhou para mim. “Não, não, não, eu deveria ter me lembrado. Eu deveria ter..."

"Você fez exatamente o que deveria ter feito", ele assegurou, então olhou para mim. “Tome Dulce e tome um chá para ela. Ela ficará bem. Ela é dura.”

Era como se ele estivesse falando comigo ao invés dela. Eu até assenti de acordo. Eu ficaria bem. Eu poderia fazer isso. Eu não ia quebrar.

Ele deve ter precisado dessa garantia. Um leve aceno confirmou que ele concordou, então ele nos deixou lá e seguiu onde Christopher tinha saído. Eu assisti ele ir, cada um dos seus passos tinha propósito. Christopher não era fraco nem era pequeno. Eles eram semelhantes em tamanho. Mas algo sobre Alfonso era mais intimidante. Ele era mais duro que Christopher e tinha pensamentos mais sombrios. Como se o instinto de sobrevivência fosse mais forte nele do que as outras pessoas. Eu me perguntei se a infância dele tinha algo a ver com isso.

"Christopher deveria ter esperado isso", disse Geraldine com uma sacudida de cabeça como se estivesse desapontada com suas escolhas. “Venha agora, querida. Vamos tomar um chá. É bom acalmar os nervos. Sua linda pele ficou pálida.”

Deixei Geraldine me levar de volta para a cozinha, mas me senti culpada. Esta não foi a batalha de Alfonso. “Eu deveria ir lá e conversar com eles. Ele e Christopher estão muito próximos.”

Geraldine riu então. Foi um som divertido, e ela continuou a rir enquanto entrava na cozinha. "Sente-se", ela ordenou-me com um ponto de seu dedo em direção à mesa. “Alfonso pode lidar com isso. Christopher veio à minha casa quando ele sabia melhor. Este é o problema de Alfonso, não o seu. Você precisa de um pouco de distância. Pelo que ouvi dizer, você está lidando com problemas familiares que são terrivelmente perturbadores. Eu imagino que os Uckermann fizeram algo horrível. E a partir da conversa que ouvi agora...” ela fez uma pausa e olhou para mim com o bule de chá na mão “...Aquela menininha deles não morreu.” Ela parecia estar esperando a minha confirmação. Eu não consegui responder. Se Geraldine soubesse da verdadeira identidade de Heidi, quem mais se lembrava do bebê que Uckermann enterrou?

Ela franziu a testa. “O pior tipo. Só o pior poderia fazer algo assim,” sua voz estava um pouco acima de um sussurro.

"Ela é a melhor pessoa que conheço", eu soltei de repente, precisando que Geraldine soubesse que Heidi não era nada parecido com os pais dela.

“A maneira como você a ama é um testemunho disso. Conte-me. O que foi que eles estavam descontentes para dar o filho de maneira tão enganosa?”

Alfonso confiava em Geraldine. Ela obviamente conhecia os Uckermann e por um longo tempo se lembrou do nascimento de Heidi. Espero que isso se torne meu trabalho. Eu estaria aqui por anos para vir com ela.

"Heidi tem síndrome de Down", eu disse sabendo que, eventualmente, Geraldine iria descobrir de qualquer maneira.

Ela assentiu. “Eu deveria ter adivinhado quando você falou sobre ela antes. Esse tipo de alma bonita muitas vezes vem de tal criança. Fico feliz que a mãe que você amava tão carinhosamente era dela também. Portia Uckermann é uma...", ela fez uma careta e disse: "...Semente ruim ".

"Ela é a irmã da minha mãe", expliquei.

Geraldine olhou para mim um momento antes de sua expressão se suavizar. “Duas irmãs são completamente opostas. A maneira que eu vejo é que Deus deu ao mundo duas lindas garotas e queria que fossem criadas por uma mulher digna de chamá-las de mãe. Heidi deveria estar com sua mãe. Em seu coração e Heidi, ela sempre será. Não importa o que os Uckermann escolham fazer ou dizer.”

Ela se virou para fazer o nosso chá e eu olhei para suas costas sentindo um pouco de paz de suas palavras. Geraldine era uma dama única. Eu queria me levantar e abraçá-la e agradecê-la por dizer isso. Por me ouvir. Por me dar esse trabalho.

Ela se virou com um olhar surpreso no rosto. “A entrega da árvore de Natal deve ser hoje! Eu ainda não fiz a cidra ainda. Você acha que podemos amarrar pipoca em seguida? Eu não quero ter uma árvore vazia. Victor precisará pegar os enfeites do sótão. Tenho antiguidades que você conhece - minha mãe tinha lindos enfeites que são feitos à mão. Exquisite eu te digo. Glorioso. Você terá que lidar com eles com cuidado. Mas você vai ver,” ela continuou a tagarelar enquanto deixava o chá esquecido no balcão e foi começar a procurar na despensa por suprimentos de sidra.

“Não temos nada! Eu não estou pronto para as férias! Claudia terá que me levar para a cidade. O que é uma árvore sem o cheiro de cranberry no forno?” ela soou em pânico enquanto corria da cozinha.

Eu pulei e fui atrás dela, sem saber onde ela estava indo em seguida.

A grande porta da frente se abriu e Alfonso entrou andando com uma carranca no rosto. Ele parou quando viu Geraldine vindo apressado. “Oh Alfonso! Você está aqui. Bom, bom, você pode pegar os enfeites. Eles estão no sótão, onde os empacotamos no ano passado. A árvore estará aqui em breve. Claudia está me levando para pegar os suprimentos de cidra e torta de cranberry na cidade. Nós seremos festivos em pouco tempo! Apenas espere e veja!” Ela bateu palmas e deu um pequeno salto.

Os olhos de Alfonso se levantaram dela para mim. "Parece que é dezembro", ele demorou.

Eu balancei a cabeça.

"Você está bem?" Ele perguntou.

"Sim. Eu tenho tudo juntos agora. Me desculpe por ter quebrado.”

Ele não pareceu satisfeito com a minha resposta. "Christopher não vai voltar. Não haverá testes de DNA.”

O suspiro que eu soltei me deu muito conforto. "Obrigada."

"Quando você estiver pronto para falar com ele, me avise."

"OK."

"Vamos, Claudia, querida, temos que chegar à cidade", disse Geraldine, girando em círculos à procura de alguma coisa. “Onde está o cabide? Eu tinha um só ali perto da porta. Não podemos sair naquele tempo sem nossos casacos, cachecóis e chapéus.” Ela estava ficando angustiada de novo.

“Gerry, é o final de julho e noventa graus lá fora. Você não precisa de um casaco, nem precisa ir à cidade para tomar cidra.”

Ela parecia confusa. “Oh. Acho que devo contar a Claudia,” ela murmurou e se virou para ir embora. Quando ela se transformou na biblioteca, Alfonso desviou o olhar para mim. "Claudia faleceu de câncer em 1983. Ela era sua irmã mais nova."

Eu olhei de volta para a porta em que ela desapareceu. "Ela vai se lembrar disso?" Eu perguntei a ele.

“Não até ela voltar. Eu nunca lembro a ela que Claudia e Victor se foram quando ela está nesse estado. Não há sentido. Ela se lembra de um momento mais feliz, do qual ela sente falta.”