Fanfic: Doce Coisinha - Trendy, Vondy (finalizada/adaptada) | Tema: Triangulo Amoroso

Dulce

O GOSTO DO vinho fresco parecia bom na minha língua. Ele lavou a deliciosa refeição perfeitamente. Alfonso explicou que os bolinhos recheados eram populares na Europa Oriental. Ele também me contou sobre o processo para fazê-las. Geraldine fora ensinada por uma amiga polonesa quando era jovem. Eu comi e escutei ele falar. Quando o vinho me relaxou, o som da voz de Alfonso se tornou mais rico, mais grosso e mais atraente.

Isso não foi bom. Eu sabia, e lutei contra isso até que meu terceiro copo de vinho me fez simplesmente não me importar. Não foi minha culpa que Alfonso tivesse uma voz agradável. Eu tive que aceitar e continuar com a minha vida. No momento, gostaria de ouvir ele falando. Não estava machucando ninguém.

Uma vez que a comida foi tirada do meu prato e meu terceiro copo estava quase vazio, a dor que veio com os pensamentos de Christopher se foi, assim como o meu medo constante de perder a minha irmã. Eu confiei em Alfonso. Ele disse que eu não a perderia e acreditei nele. Eu não tinha motivos para achar que ele estivesse sendo desonesto. Ele era um bom homem. Ele era um bastardo às vezes também. Mas no fundo ele era bom.

"Não, eu não sou, Dulce", ele respondeu.

Eu franzi a testa perguntando o que ele estava falando. Eu tinha dito alguma coisa em voz alta? "Huh?" Eu perguntei precisando de esclarecimento.

“No fundo eu sou o mesmo. Frio, duro, indiferente. Não confunda minhas ações para mais nada.”

Eu tinha dito isso em voz alta. Ele não mencionou o bastardo, então aparentemente eu não disse isso. Palavras continuaram a derramar sem minha licitação. "Discordo. Eu vi você com Geraldine. Eu sei que você tem um coração. Você a protege e cuida dela. Você dá a ela aquele sorriso que outras mulheres nunca recebem. Então há o jeito que você protege Christopher de si mesmo. Você tem seus problemas, mas ninguém te ajuda ou parece se importar”.

Eu bati minha boca, percebendo que estava dizendo demais e o vinho era o motivo.

“Eles precisam de mim. Eu não preciso deles. Eu não preciso de ninguém.”

"Todo mundo precisa de alguém", respondi.

“Não, Dulce. Eles não. Alguns de nós são fortes o suficiente.”

Ninguém era forte o suficiente para não precisar de ninguém. “Você precisa ser necessário. Você precisa que Geraldine e Christopher precisem de você. Isso é o que te dá paz. Isso te dá um propósito. Talvez você não seja fraco precisando ser resgatado da maneira tradicional. Mas você precisa ser forte. Isso é o que você salva.”

Quando ouvi as palavras saindo da minha boca, eu o entendi melhor. Estranho como um pouco de vinho pode fazer você ver coisas que estavam perdendo.

Alfonso se levantou e pegou nossos dois pratos. “Acredito que isso seja suficiente para nós dois. Boa noite, Dulce. Espero que você tenha gostado do jantar e durma bem,” disse Alfonso enquanto entrava com os pratos vazios. Eu olhei para a porta quando ela se fechou atrás dele. Minha bunda ainda estava firmemente plantada na cadeira. Eu fiz uma observação muito boa e ele foi embora. Bem desse jeito. Isso o enfureceu? Por que ele conseguiu dizer o que quisesse e depois saiu quando algo de que ele não gostava foi dito?

Ele não estava autorizado a ter uma fraqueza? Mesmo que ele precisasse ser forte para outra pessoa? Ainda era uma necessidade. Todos nós tivemos necessidades.

Levantei-me rapidamente empurrando minha cadeira para trás quando fiz isso. Meu saldo estava um pouco, mas eu ignorei isso. Eu tive uma missão. Eu ia dizer isso a Alfonso.

A cozinha era meu destino e eu segui em frente com determinação. Atacando dentro da minha expressão feroz. Pronto para fazer Alfonso me ouvir eu mal tinha entrado quando eu disse em voz alta. “É humano precisar de algo. Você é um humano. Precisando ser necessário é PERMITIDO!” Eu terminei com minhas mãos firmemente plantadas em meus quadris enquanto eu consegui me concentrar em Alfonso

Ele estava na pia do outro lado do balcão, onde ele estava enxaguando pratos. Nós ficamos ali. Seus olhos se encontraram nos meus. Ninguém disse uma palavra e o tempo pareceu passar lentamente e Alfonso nunca iria falar. Mas seu olhar me segurou lá. Imóvel. Preocupado, eu deveria ter ido para a cama e não estar tão determinado a provar um ponto. O vinho. Um copo teria sido suficiente.

Apenas quando comecei a pensar que ficaríamos ali a noite toda nessa competição de olhar fixamente esperando o outro quebrar, ele se moveu. Ele andou pelo bar e andou na minha direção. Eu não achava que ele ia me machucar, embora a carranca em seu rosto me preocupasse quanto mais perto ele chegasse de mim.

Quando eu pensei que ele iria passar por mim ainda com cara feia, ele parou a centímetros dos nossos corpos se tocando. Eu inalei bruscamente, preparando-me para todas as coisas difíceis e possivelmente cruéis que ele estava prestes a soltar.

"Você está certo. É humano precisar. Isso é parte da nossa falha. Ou fraqueza,” começou ele. Sua voz era profunda e sombria. Eu tremi, mas não queria me afastar. “Mas isso não é uma necessidade do caralho. Faz parte da minha vida. Uma parte eu aceitei há muito tempo atrás. Eu preciso. Sim. Eu preciso de algo que não posso ter. Isso é o que eu preciso, Dulce. O que eu preciso e quero são duas coisas diferentes”.

Suas palavras eram como um enigma, mas ele cheirava tão bem e o calor de seu corpo estava tão perto que eu não me importava no momento. Ele poderia continuar falando em enigmas, eu continuaria escutando.

Alfonso fechou ainda mais o pequeno espaço deixado entre nós. "Agora, eu preciso de você para ir ao seu quarto e trancar a porta." Seu tom era ameaçador, e eu tremi novamente.

Ele se inclinou até que sua boca estava no meu ouvido. Fechei meus olhos e levei-o para dentro. Sua presença. Sua força Seu perfume. “Vá para a porra do seu quarto. Agora.” Embora suas palavras não fossem um grito. Eles eram uma demanda. Eu me afastei e olhei para ele.

Ele fechou os olhos com força. “Eu pedi pouco de você, Dulce. Faça essa porra de uma coisa pra mim. Por favor."

Essas foram as palavras que me enviaram para o meu quarto. As palavras que eu não pude discutir porque ele tinha feito muito por mim. Ele não pediu nada de mim. Ele estava sempre lá para salvar as pessoas ao seu redor. Então, em vez de empurrar, esperar ou esperar pelo nome, recuei até estar suficientemente longe dele para poder tirar os olhos dos seus quase pretos e caminhar para o meu quarto. Quando me afastei de Alfonso, meu coração batia mais rápido, e minha necessidade de escapar era clara.

O desconhecido estava lá beliscando meus calcanhares. A ameaça de algo que me quebraria diferente de qualquer outra coisa estava perto demais. Eu sabia que tinha que fugir para me salvar.