Fanfic: Doce Coisinha - Trendy, Vondy (finalizada/adaptada) | Tema: Triangulo Amoroso

Dulce

MEUS OLHOS ESTÃO ABERTOS. A escuridão do lado de fora ainda lançava a luz da lua através da minha janela e do outro lado do meu quarto. Alcançando meu telefone, vi que eram apenas duas da manhã. Eu só estava dormindo por três horas. Sentando-me, olhei em volta para ver se algo me acordou. Eu estava sonhando, mas no meu sonho, houve um som. Um que me fez parar e acordar.

Eu estava no último andar de um prédio muito seguro. Alguém invadindo era incrivelmente improvável. E mesmo que um intruso invadisse o prédio, Mack e Marty teriam ouvido e interceptado no térreo. Eu me senti segura aqui, mas eu tinha certeza que um som me acordou.

Passos no corredor não eram o que eu esperava ouvir em seguida. Pulando da cama, corri até a porta do quarto e a abri sem pensar em quem poderia ser ou se deveria pedir ajuda. Eu sempre fui a única a carregar a cabeça primeiro em perigo para proteger a Heidi. Foi o instinto que me levou.

Nada disso importava porque era Alfonso que estava no corredor escuro. Eu fiquei aliviada. Era altamente improvável que alguém tivesse invadido, eu não estava esperando por ele de volta por alguns dias, de acordo com Marty.

"Você está em casa", eu disse quando nossos olhos se encontraram.

"Sim", sua resposta foi profunda. Como se ele estivesse dormindo. O que ele não poderia ter desde que acabara de chegar. Ou pelo menos eu pensei que ele tinha.

"Eu não sabia que você saiu da cidade até hoje." Porque eu disse isso, eu não sei. Ele estava voltando para casa e aqui eu estava empurrando-o. Eu temia que ele fosse embora de novo. Eu queria cobrir minha boca e correr e me esconder no quarto.

"Eu precisava pensar", ele disse ainda me observando. Ele estava procurando por algo nos meus olhos, minha expressão - eu não tinha certeza. Eu me senti quase nua de sua intensa leitura. Exposta.

"Você fez?" Eu perguntei a ele. Minha voz estava um pouco ofegante. Eu percebi que meu coração estava batendo. Tudo isso de seu olhar examinador?

"Você fez?" Ele jogou minhas palavras de volta para mim.

"Eu fiz o que?" Eu estava confusa com o caminho que a conversa tinha tomado.

Ele deu um passo para perto de mim. "Você já pensou?"

Eu pensei? Sobre sair? Obtendo meu próprio lugar? Sobre a estupidez de muito vinho? Sim. Eu pensei sobre tudo isso. Mas eu não sabia o que ele queria dizer. "Eu pensei sobre o que?"

"Eu."

Minha respiração se tornou um pouco difícil e errática. Mas o tom de sua voz quando ele disse que uma palavra fez parar completamente. Meu corpo ficou tenso. A escuridão não mascara a incerteza em seus olhos. Ele estava perguntando, embora eu pudesse ver que ele estava com medo da verdade. Eu nunca vi medo nos olhos de Alfonso antes. Não até este momento. Foi quase humilhante.

"Sim". Dizer qualquer outra coisa teria sido uma mentira.

Ele engoliu em seco, inalou profundamente pelo nariz e parecia estar internamente lutando contra o próximo movimento. Minhas mãos tremiam e eu as agarrei na minha frente. Nenhum de nós falou. O silêncio me deixou desconfortável.

Cada respiração que tomamos parecia mais alta e mais dramática do que realmente eram. Eu sabia que os pensamentos que passavam por nossas cabeças - os fatos, as mentiras e as verdades - tornavam tudo mais difícil e simples de uma só vez.

Mesmo que meu coração disparasse, meu corpo formigasse e minhas mãos parecessem incapazes de ficar paradas, eu sabia que a única verdade não deixaria esse momento ser nada mais do que era. Alfonso amava Christopher como se eles fossem irmãos. Se por alguma chance que a exibição de emoção que eu nunca vi em seus olhos ou em suas ações fosse o que meu coração queria que fosse, isso não importaria. Porque a atração não superou o amor.

Esse lembrete me ajudou a me acalmar. Pegar-se nesse momento tinha sido fraco e um erro. Eu poderia me machucar novamente. Não, eu ficaria magoado de novo se achasse que havia mais uma chance com Alfonso. Uma chance de conhecer o homem que eu havia julgado mal, incompreendido e não gostava tão ferozmente.

Voltando para o quarto, alcancei a porta para fechá-la. Eu queria que isso acabasse... O que quer que fosse.

"Ele veio aqui antes de sair", disse Alfonso me parando.

Eu apenas assenti.

“E ele ainda foi embora. Fechei o escritório de Savannah e fui embora”, ele disse isso como se fosse importante.

Eu balancei a cabeça novamente. Um breve aceno de cabeça. Não há necessidade de mais.

Alfonso fechou o espaço entre nós até que eu tive que inclinar a cabeça para trás para ver seu rosto, seus olhos. Eu procurei sua expressão, tentando entendê-lo. Meu coração estava mais uma vez batendo como se sua proximidade atingisse a eletricidade. Por que Alfonso teve que causar tal reação em meu órgão mais importante?

“Um homem que mereceu você. Isso entendeu o que você é e o que ele tinha. O que ele perdeu. Ele não sairia. Mesmo que fosse uma impossibilidade de te abraçar novamente. Ele queria te proteger. Mesmo que ele não pudesse ter você. Se ter você significava dor para os outros. Mesmo que seu peito filho da puta parecesse explodir da sua vista. Ele não sairia porque não seria capaz. Sua segurança, proteção, felicidade seria tudo em que ele poderia se concentrar. A única maneira que ele poderia sobreviver.”

Quando ele disse dessa maneira, naquelas palavras bruscas, percebi que ele estava certo. O amor de Christopher por mim não era o que deveria ter sido. Amor significava nunca sair, nunca correr. Isso significava que você nunca poderia estar muito longe. Para ser justo, eu fiz todos os três para ele. A dor e a perda haviam desaparecido com rapidez suficiente. O que eu pensava ser uma alma despedaçada, era apenas um coração machucado.

"Nós não nos conhecíamos há tanto tempo", eu disse em nossa defesa. Eu não podia culpar Christopher quando eu corri primeiro.

Sua boca quase formou uma carranca. "Se é real, isso importa?"

Eu pensei que sim. O amor não foi instantâneo. O amor verdadeiro veio de conhecer alguém. “O amor leva tempo, sim. Você precisa ganhar respeito, descobrir as coisas que o outro gosta, rir juntos. Se o amor é para sempre, como pode acontecer sem tempo?”

As pontas dos dedos de Alfonso roçaram minha bochecha enquanto ele passava uma ponta do dedo ao longo do meu queixo. Eu tremi e lutei contra o desejo de me inclinar para ele. Estar aqui com ele não parecia real. Foi mais como um sonho. Uma fantasia. O tipo de fantasia que eu estava tendo com mais frequência enquanto tentava afastá-las de mim.

“Você estava usando aquele maldito uniforme que Portia lhe deu. Seu cabelo foi puxado para cima em um rabo de cavalo. O elástico que o segurava estava preto e ligeiramente desfiado. Eu me perguntei se era o único que você tinha e se estava quase quebrando. Havia uma ligeira mancha no colarinho, mas era do tamanho de um alfinete. Você não usava maquiagem, exceto para brilho labial - era rosa pálido. Mas isso era tudo o que você precisava...” Ele fez uma pausa e olhou para os meus pés descalços. “Você teve um ligeiro mancar. Nada muito perceptível, mas estava lá. Eu me perguntei se era permanente. Não tirou a sua beleza. Nada poderia,” ele ergueu o olhar de volta para o meu.

“Você trabalhou para um monstro como Portia. Eu pensei que você queria o trabalho porque você sabia sobre Christopher Uckermann. Apenas por um momento, eu observei você de perto, em silêncio, e finalmente vi seus olhos. Havia estresse, dor, ansiedade, mas acima de tudo, o medo estragando sua beleza. Aquele momento. Quando nossos olhos se encontraram e eu te vi. Não a aparência exterior, mas a sua alma que você compartilhou tão claramente em seus olhos, se alguém teve tempo para olhar, eu sabia que eu amaria você. Havia tristeza dentro de você. Eu queria curar e temia que eu quisesse apagar. Dor que eu queria aliviar.” Ele parou e segurou meu queixo. Não duramente, mas com pressão para inclinar minha cabeça para trás, enquanto seus olhos escuros se misturavam com os meus. “Comecei a investigar, pesquisar, proteger você. Entenda isso, Dulce. Eu fiz tudo para proteger... Você."