Fanfic: Doce Coisinha - Trendy, Vondy (finalizada/adaptada) | Tema: Triangulo Amoroso

O barulho do grupo de festa foi abafado dentro da casa. Quanto mais eu me afastava e quanto mais me aproximava das escadas dos fundos, o caos era mais silencioso.

Meu quarto ficava no andar de baixo, ao lado da lavanderia, da adega e do depósito. A cama que eu dormi era de tamanho normal e estava no canto do mesmo quarto que a máquina de lavar e secar roupa. Sua localização tornou conveniente para fazer lavanderia à noite. Antes que Christopher e seus amigos viessem, havia pouca roupa lavada. Agora as pilhas seriam infinitas, principalmente as toalhas que eu suspeitava.

Eu tinha aberto a porta que levava ao meu quarto, mas o barulho dos saltos me impediu de ir mais longe. Portia apareceu ao virar da esquina. Outro copo do líquido âmbar que ela estava bebendo o dia todo estava em sua mão. Ela parecia irritada e preocupada ao mesmo tempo.

“Eu vi Christopher falando com você não uma vez, mas várias vezes. E ele estava olhando para você. Torne-se menos atraente. Ele vai se livrar de você e eu não vou poder fazer nada sobre isso. Se você quer este trabalho e cuidar da sua irmã, então não chame a atenção dele.” A última palavra saiu em um assobio furioso, então ela se virou e foi embora rapidamente. Seus saltos altos no chão de mármore foram lentamente abafados pelo som da festa.

Eu desci as escadas devagar. Em parte, porque estava cansado, em parte porque estava frustrado e em parte porque estava com medo. Desde que cheguei aqui, eu estava preocupado que o que eu tinha pudesse terminar. Aquela Portia ficaria brava comigo. Assim que comecei a confiar que estava segura, Christopher apareceu e duas pessoas me disseram que ele se livraria de mim.

Por que Christopher conseguiu tomar essa decisão? Quem era ele que ele poderia dizer a sua mãe o que fazer? E como ela esperava que eu me tornasse menos atraente?

Eu não tinha espelho aqui embaixo, mas eu podia olhar para baixo e ver os shorts cáqui na altura do joelho e a camisa polo branca que Portia tinha me dado para o meu trabalho. Nada sobre essa roupa era atraente. Eu estendi a mão, tocando meu cabelo que estava puxado para trás com força em um rabo de cavalo. Algumas das garotas à beira da piscina pareciam que um estilista havia feito seus updos confusos. As garotas não estavam mais vestidas, mas quando elas estavam, seus biquínis eram sexy e caros. Eu não poderia me destacar em uma multidão como essa. Eles me viram e sabiam que eu era a ajuda. Não havia como me tornar menos atraente.

Suspirando, afundei na beira da cama e tirei meus tênis. Meus pés doíam todas as noites porque os sapatos que Portia tinha me dado eram do tamanho seis e eu usava um oito. Depois de correr o dia todo e nem sequer fazer uma pausa para o almoço, meus dedos estavam tão apertados que a dor de libertá-los me tirou o fôlego.

Meu estômago roncou e olhei para as escadas, sabendo que não havia como eu conseguir comida e passar despercebida. Meus pés doíam mais do que o meu estômago. Eu tomaria o café da manhã antes de começar o dia de amanhã.

Era quase meia noite. Eu estaria de novo em seis horas. O chuveiro estava ao lado da máquina de lavar roupa. Foi dentro de uma banheira com pés que tinha uma cortina envolvente. Levantando-me, estremeci e manquei meus pés doloridos para ligar a água morna. Um bom choro me faria sentir melhor, e a água quente seria maravilhosa em meus pés.

Quando finalmente me deitei na cama, o sono veio rápido. Mais rápido que o normal.

Por sorte, eu não estava tão exausto que dormi depois das seis, quando deveria estar acordado. Meu estômago estava roncando quando eu abri meus olhos e percebi que era o que tinha me acordado. Com um bom longo trecho, mexi meus pés. Ainda estavam doloridos, mas melhor depois do descanso. A ideia de colocar os sapatos muito pequenos de volta me fez uma careta. Era cedo e ninguém estaria acordado até pelo menos nove. Eu poderia subir as minhas meias. Meu café da manhã seria muito mais agradável se meus pés não fossem apertados.

Vesti-me rapidamente, puxei meu cabelo para trás em um rabo de cavalo, escovei os dentes e me dirigi para as escadas. Esta foi a minha hora favorita do dia. Foi a única vez que tive para mim mesma que eu poderia aproveitar. Agora que Christopher e seus amigos estavam aqui no verão, eu esperava ansiosamente pelas minhas manhãs. Especialmente se ontem fosse qualquer indicação de como ele planejava passar o verão.

Portia tinha se gabado de Christopher para suas amigas que visitavam, e agia como se ele estivesse em casa era uma coisa maravilhosa. Então ele chegou e tudo mudou. Ela mudou completamente. A mulher que era distante e insensível parecia assustada com o filho. Isso não fazia sentido para mim. Eu estava faltando alguma coisa e queria saber o que.

Antes de entrar na cozinha, ouvi um armário fechar. Quem diabos estava lá tão cedo? Portia não se mexeu até depois das dez horas na maioria dos dias. Eu duvidava que ela tivesse visto seis da manhã. Sempre. Na vida dela.

Eu espiei ao virar da esquina para encontrar uma garota com cabelos castanhos escuros bagunçados. Uma camiseta grande de caras era a única coisa cobrindo seu corpo. Ela estava na ponta dos pés olhando nos armários. Eu assumi que ela era uma das convidadas de Christopher da noite passada. O que significava que eu tinha que ajudá-la. Ela estava arruinando minha manhã tranquila.

"Posso pegar algo para você?" Perguntei enquanto andava até a cozinha.

Ela caiu no chão e se virou para olhar para mim. “Oh. É você. Sim, preciso de café e comida. Eu tenho trabalho em uma hora. Você sabe chamar um táxi por aqui?”

Trabalhos? Ela trabalhou? "Uh, eu não sei sobre um táxi, mas você pode usar o Google no seu telefone. Tenho certeza de que você também pode usar um aplicativo para um serviço de carro. Aqueles vêm aqui.”

Ela suspirou. "Sim, isso seria ótimo se eu tivesse um telefone com um aplicativo e esses serviços de carro exigissem cartões de banco anexados a eles, e eu também não tenho um desses. Eu tenho dez dólares. E esses dez dólares têm que me levar ao meu apartamento para que eu possa me vestir.”

Essa garota não parecia um dos amigos de Christopher. Pelo menos, não um dos tipos de fundo fiduciário que eu conheci até agora. Foi interessante que ela estivesse aqui.

Incapaz de me ajudar, perguntei: "Onde você trabalha?"

Ela andou até a geladeira. “Eu sou babá dos irmãos mais novos de Auden Elswood. A segunda esposa de seu pai tem vinte e sete anos e tem dois terrores gêmeos de dois anos de idade. Um menino e uma menina. É assim que conheço essa multidão, já que obviamente você está tentando me entender. Agora você poderia me indicar comida?”

"Oh sim. Eu ia fazer alguns ovos e bacon. Você quer algum?"

Ela balançou a cabeça. "Não tenho tempo. Um muffin talvez? E uma xícara de café para ir?”

Fui até a despensa e encontrei os bolinhos de padaria que Portia às vezes mordiscava com o café pela manhã. Saindo, entreguei a ela e fui fazer o café.

"Obrigada. Estou com muita fome.”

"Você é bem-vindo", eu respondi.

"Eu sou Shay pelo caminho. Eu vi você trabalhando ontem à noite. Pensei que parecia tão ruim quanto o meu trabalho. Mas então você começa a ver Christopher todos os dias, então isso é um privilégio. Ouvi dizer que ele é uma foda incrível.

Abrindo o armário onde havia xícaras de café mais baratas, entrei e tirei uma delas. Não havia copos descartáveis ​​aqui, mas este não seria perdido. Eu realmente não queria discutir Christopher ou sua vida sexual. Eu preferi ignorar esse comentário.

"Você tem um nome?"

Eu estava sendo rude e ela era a pessoa mais amigável que eu conheci aqui ainda. "Dulce."

Shay franziu o nariz. "Nome esquisito."

Eu assenti. Porque eu concordei. Eu nunca me importei muito com o meu nome. Mas agora minha mãe se foi e eu não reclamei mais. Era algo que ninguém poderia tirar de mim.

"Isso foi rude. Desculpa. Eu apenas digo coisas. Eu não tenho filtro,” Shay disse calmamente.

"Não, está tudo bem. É um nome estranho. Minha mãe deu para mim, e agora que ela se foi, eu aprecio isso.”

Shay estremeceu. “Droga, eu realmente sinto muito. Eu deveria trabalhar nisso. Eu não conhecia minha mãe. Ou meu pai. G-maw me criou - era o que chamamos de senhora mais velha no lar adotivo onde eu morava por doze anos. Ela faleceu pouco antes de eu completar dezoito anos. Câncer pegou ela. Ela fumava todos os dias.”

"Oh, me desculpe por ouvir isso."

Shay sorriu. "Sobre minha vida ruim ou passagem de G-maw?"

"Ambos", eu respondi honestamente.

"Eu também. Mas não pareça que sua vida também é pêssego. Estamos fazendo isso bem o suficiente. Poderia ser pior. Sempre poderia ser pior. De qualquer forma, tenho que ir. Eu andarei até descobrir a coisa do táxi. Alguém pode me dar uma carona. Bom conversar com você e obrigado pelo café e bolinho.”

Então ela foi para a porta. Em uma camiseta. Apenas uma camiseta.