Fanfic: Doce Coisinha - Trendy, Vondy (finalizada/adaptada) | Tema: Triangulo Amoroso

Dulce

Eu esperei, sem saber se era capaz de ficar.

Depois de dez minutos e ele não sair do quarto, decidi que não poderia ficar com Alfonso. Eu sabia que ele estava sofrendo - Christopher o cortou profundamente. Mas ele me deixou em paz quando precisávamos conversar.

Meu quarto parecia tão longe agora. Tudo o que eu possuía ainda estava lá, embora eu estivesse dormindo no quarto dele. Eu não conseguia nem andar até o meu quarto. Eu precisava sair para poder me enrolar em particular. Eu tive que encontrar uma maneira de controlar a angústia completa que havia me superado. Fazer isso aqui, tão perto de Alfonso, me fez sentir vulnerável.

Eu não tinha para onde ir, mas tinha um carro.

Minha bolsa ainda estava em cima da mesa perto da entrada. Meu coração estava pesado enquanto eu pesava minhas opções. Eu tinha plena consciência de que se eu deixasse, poderia significar o fim com Alfonso. Eu posso nunca mais voltar para dentro deste apartamento. O homem no corredor ainda segurava meu coração, mesmo depois de aprender seu segredo. Não me importava se Alfonso tivesse mais segredos obscuros para desvendar. Fechei meus olhos com força enquanto eles queimavam em lágrimas. A percepção de que Alfonso poderia estar escondendo um lado feio e torcido para si mesmo ainda não diminuiu meu amor por ele. O que me deixou igualmente distorcido.

Andando até a porta, peguei minha bolsa e saí. O peso da porta se fechando atrás de mim tinha tanto significado. O desespero pesou em mim, dificultando a partida. Cada passo longe dele, da felicidade que encontrei lá, rasgou meu coração. O que eu queria e o que era certo eram duas coisas diferentes.

Parei no degrau mais alto e olhei para trás. Memórias, tantas doces lembranças estavam lá dentro. Como eu os deixei para trás? Eu tive que ir embora e esquecer que meu coração ficou com ele. Quando finalmente comecei a descer as escadas, encontrei uma maneira de respirar através da tristeza. Seria uma coisa constante. Algo que não me deixaria facilmente. Se alguma vez.

Quando cheguei ao segundo andar, a porta estava aberta e Fiona ficou lá. O quadril dela descansava contra o batente da porta, os braços cruzados sobre o peito. Ela estava vestindo uma de suas roupas de corrida. Mas ela não parecia estar saindo para correr. Os olhos dela estavam em mim. Me assistindo. A simpatia estava lá como se ela soubesse.

"Onde você está indo?", Ela me perguntou.

"Não tenho certeza." Meu carro era o único lugar que eu tinha descoberto até agora.

Ela largou os braços e deu um passo para trás para limpar o caminho para o apartamento. "Entre."

O apartamento de Fiona era muito perto de Alfonso. Olhei para cima e pensei por um momento que, se eu estivesse longe o suficiente, meu coração poderia doer menos. Eu sabia que isso não era verdade. Nada iria aliviar essa dor, mas ficar perto dele pode ser mais fácil.

Era difícil aceitar que ele tivesse escolhido ficar sozinho hoje à noite quando eu sabia que ele precisava de mim.

“Ele pode querer que eu saia do prédio.” Por mais que isso doesse dizer a Fiona, eu sabia que Alfonso podia ser muito cortante. Além disso, ele se afastou de mim. A última vez que olhei para o rosto dele, estava tão vazio. Como se eu tivesse morrido para ele. As memórias se foram. Nada resta.

Fiona suspirou. “Quem você acha que me ligou e me disse para pegá-la antes que você pudesse sair? Eu não estava aqui por acidente enquanto você estava fugindo.”

A pequena fatia de esperança que me atravessou não foi suficiente para aliviar completamente minha dor. Mas havia algo. "Alfonso ligou para você?" Eu precisava de confirmação.

Ela assentiu. "Sim. Ele disse que você não tinha para onde ir e não queria que você dormisse no seu carro. Ele me pediu para interceptar você. E se você ainda saiu e se recusou a ficar, devo ligar para ele. Ele precisa saber.”

Porque ele me queria em segurança. Lágrimas brotaram nos meus olhos novamente. Eu queria me deitar no chão e chorar até a dor acabar ou ficar dormente. O que veio primeiro.

“Você vem antes de desmoronar? Porque se Mack e Marty te ouvirem aqui chorando, eles se envolverão. Não tenho certeza se você quer isso.”

Eu não os queria envolvidos. Explicar isso para outras pessoas não era uma opção. Além disso, não era meu segredo contar. Embora fosse horrível, eu não poderia trair Alfonso compartilhando-o. Ele abandonou o filho quando era apenas uma criança. A única coisa que impedia que isso fosse uma desculpa era que Alfonso era um homem agora. Um bem-sucedido.

Fiona ficou lá me olhando. Sair pode ser a coisa mais inteligente para eu fazer. Traria um fim a este dia doloroso. Mas eu não consegui. Eu precisava que Alfonso falasse comigo. Ele tem que me ajudar a entender. Eu precisava de um motivo para acreditar que ele era bom por dentro. Eu queria tanto acreditar nisso. Eu não podia acreditar que ele pudesse ser tão cruel com seu filho. Tinha que haver mais.

Por isso eu não iria embora. Alfonso merecia uma chance de corrigir isso. Era possível que Christopher não soubesse dos fatos.

Quando comecei a caminhar em sua direção, Fiona suspirou com alívio no rosto.

"Graças a Deus. Estou cansado demais para o drama que se seguiu se você tivesse saído deste edifício.”

Eu parei. "O que você quer dizer?"

Fiona fechou a porta e virou-se para caminhar ao meu redor. “Alfonso viria atrás de você como um homem enlouquecido. Não sei o que está acontecendo com vocês dois. Mas aquele homem parecia mais desesperado do que eu já ouvi. Não, deixe-me esclarecer. Eu nunca o ouvi desesperado. Ele não mostra emoção."

Esse era o homem que eu conhecia. As coisas altruístas que eu o tinha visto fazer. Eles não se encaixavam no homem que tinha um filho e o deixaram com um pai abusivo. Estava faltando um pedaço. Eu sabia. Eu tinha que estar.

"Você está com fome?" Ela perguntou.

Eu duvidava que voltaria a comer se em breve. Meu estômago não suportava comida no estado em que estava.

Eu segurei o rosto feio que eu queria fazer. "Não, eu estou bem."

"Você quer falar sobre isso ou ficar sozinha para poder chorar?"

"Eu acho que preciso ficar sozinha", eu disse a ela honestamente.

Ela inclinou o queixo para mim. "Pensei isso. Vem por aqui."

Eu a segui pela sala de estar, virando à esquerda para parar na frente de uma porta fechada. "Esse é o quarto que Shay usa. Já está longe o suficiente do quarto de Chantel, ela não ouve você chorar quando chega em casa e começa a fazer perguntas curiosas. Compreendo que você não queira falar sobre isso. Aliviado, na verdade. Mas ela adora drama.”

Ela abriu a porta e o quarto era menor do que os dois que eu tinha visto no apartamento de Alfonso. Eu me perguntava se era assim que o quarto de Presley era.

"Obrigada por isso." Suspirei enquanto caminhava para dentro.

"Não se preocupe. Fique à vontade. Esse lugar é semelhante ao de Alfonso, para que você possa encontrar a cozinha se sentir fome.”

Eu sorri em reconhecimento e Fiona fechou a porta sem dizer mais nada. Eu esperei um momento, então deixei minhas pernas cederem enquanto eu afundava no chão e passei meus braços em volta das minhas pernas. Balançando para frente e para trás eu chorei. Não aliviou a dor. Nada além de Alfonso poderia fazer isso. O simples fato de ele estar preocupado comigo só fez as lágrimas ficarem mais fortes.

Eu não conseguia parar de amá-lo. Mesmo que ele tenha sido danificado desde a infância. Mesmo que ele não fosse capaz de amar verdadeiramente alguém. Não vi como ele poderia me amar se não pudesse amar o filho. Havia uma desconexão que eu temia que estivesse sempre lá.