Fanfic: Doce Coisinha - Trendy, Vondy (finalizada/adaptada) | Tema: Triangulo Amoroso

Alfonso

Eu não acordei quando finalmente cheguei em casa. Eu não planejava chegar tão atrasado, mas meu voo estava atrasado por três horas.

Quando entrei à meia-noite, ela estava enrolada na cama no quarto que eu tinha dado a ela em vez do meu. Não queria me arriscar a mover e acordá-la, então subi na cama com ela. Enquanto dormia, ela se enrolou contra mim e murmurou algo que eu não entendi.

Ela esperaria uma explicação esta manhã. Também deveria. Eu tinha planejado recapitular minha noite quando chegasse em casa. No entanto, o atraso do voo me impediu de conversar até esta manhã.

O café se animou e o cheiro encheu a cozinha enquanto eu observava o sol subir lentamente pelas janelas. Era algo que eu estava acostumado. De pé em uma cozinha, bebendo meu café enquanto o sol nasce. A diferença era que eu tinha uma mulher que amava na cama. Eu deveria estar na cama com ela ainda.

Meus olhos mal se fecharam a noite toda. Em vez disso, eu estava passando por todos os diferentes cenários que poderiam acontecer quando os resultados do teste de DNA chegassem. Desde o momento em que Wills chegou do hospital, ele se sentiu meu irmão. Mas sempre senti nos meus ombros o peso que ele poderia ser meu filho. A realidade que fui forçada a aceitar foi que Hilda decidiu que meu pai seria o pai de Wills. Mesmo depois que ele bateu na bunda dela quando ela o confrontou sobre dormir com a filha em idade universitária de um de seus clientes.

A linha de roupas de grife que enchia nossas lojas deveria ter sido mais importante do que uma merda de vagina. Virginia era tão vazia quanto uma herdeira mimada, mas meu pai não conseguiu tirar as mãos dela. Agora ela era minha madrasta. Hilda tinha 37 anos e, no que dizia respeito a meu pai, ela estava do outro lado da colina.

Eu esperava que ela ao menos se vingasse quando ele se divorciasse dela. Ela não tinha. Ela levou suas ameaças ao coração e desistiu de ser mãe de Wills. Desgostosa com minha linha de pensamento, peguei uma xícara mais agressivamente do que o necessário e servi minha primeira xícara de café.

Eu não consegui mudar Hilda. Não pude voltar antes de dormir com ela. Isso foi feito. E Wills estava aqui.

"A que horas você chegou em casa?" A voz de Dulce ainda estava rouca de sono. Eu estava tão envolvida em meus pensamentos que não a ouvi na cozinha atrás de mim. Isso não era como eu. Eu normalmente estava muito atento a tudo ao meu redor. Eu me virei para vê-la ali de pijama rosa desbotado e gasto. Sua mãe os dera e ela os usava por segurança. Percebi que ela devia ter precisado deles ontem à noite e sabia que era minha culpa.

Sentei minha xícara e caminhei até ela. “Meia-noite. Não sabia que seria tão tarde ou teria telefonado."

Ela não relaxou. Havia tensão em seus ombros. Como se ela precisasse se proteger. Deslizei uma mão em volta da cintura dela e a puxei para mim antes de pressionar um beijo no topo de sua cabeça. Ainda a rigidez permaneceu.

“Fui ver Hilda. Meu voo atrasou três horas. Eu esperava estar em casa às nove. Eu ia contar tudo sobre você quando chegasse em casa, mas não foi assim que aconteceu.”

Ela inclinou a cabeça para trás e olhou para mim. "Ela vai ajudar?" Embora seu corpo permanecesse tenso, ela estava realmente preocupada. Seus olhos eram tão expressivos que ela não precisava falar para eu saber o que estava pensando.

"Não", respondi. "Ela não vai."

Dulce suspirou e sua carranca se aprofundou. "Eu sinto muito."

"Eu também. Eu não esperava que ela esperasse, mas tive que tentar mais uma vez."

"O que você vai fazer?"

Eu estava esperando os resultados do DNA. Pensei que sabia o que faria a seguir, mas também não tinha certeza de como reagiria se me dissessem que Wills era meu filho. Eu não poderia deixá-lo com meu pai outro dia. Sabendo que levá-lo seria a pior jogada em que meu pai estava preocupado, eu temia que tivesse que encontrar outra maneira de executar meu plano.

"Quero dizer que conheço essa resposta, mas não conheço. Eu terei de esperar e ver."

"Quando você vai saber?"

"Qualquer dia. Possivelmente hoje.”

Dulce deitou a cabeça no meu peito por um momento. Algo ainda a estava incomodando. Mas ela estava segurando perto. Não querendo dizer nada, eu daria a ela tempo para me dizer o que estava pensando por conta própria. Se ela não publicou logo, eu pressionaria até que ela me dissesse.

"Eu não entendo mães como Hilda."

Ela não iria. Ela teve uma excelente mãe. Um altruísta. Era mais raro no meu mundo do que ela percebia. Eu gostaria que toda criança pudesse ter uma mãe como a dela. Uma mãe como eu sabia que um dia seria.

“Ele merece mais que Hilda. Ela é melhor da vida dele do que nela.” E eu quis dizer isso.

"Toda criança precisa de uma mãe", respondeu Dulce.

"Eu concordo, mas nem toda mãe merece um filho." Eu já vi isso muitas vezes.

Dulce se afastou e começou a dizer alguma coisa quando meu celular começou a tocar. Ela fechou a boca e arregalou os olhos. Era cedo. Muito cedo para chamadas. Enfiei a mão no bolso da calça de pijama de flanela e a tirei. Olhando para o pânico da tela definido como o nome de Wills, acendeu a tela.

"Ei, amigo." Afastei-me de Dulce porque a ansiedade me fez querer andar.

“Eu te acordei?” Ele perguntou com preocupação muito além de seus anos. Viver com meu pai e sem mãe para cuidar de você fez você crescer rápido. Wills já era mais reservado que as outras crianças da idade dele. A tristeza em seus olhos espelhava o que eu já vi nos meus quando encarava meu reflexo. Eu odiei isso. Eu não queria isso para ele.

"De modo nenhum. Você sabe que eu me levanto antes do sol.” Tentei parecer alegre. Ele não me ligava frequentemente. Eu o verifiquei mais do que ele me alcançou. Quando o telefonei, ele raramente falava. Foi mais uma conversa restrita, se não completamente unilateral. Eu sempre tive que forçá-lo a conversar, fazendo perguntas.

"Mamãe está chegando hoje." Ele parecia infeliz por vê-la. Meu aperto no telefone aumentou. Hilda não mencionou isso ontem. Eu me perguntei se minha visita tinha algo a ver com isso.

"Você está ansioso para vê-la?" Perguntei, sabendo que ele não estava. Ele desejou que fosse e eu também entendi esse sentimento. Eu queria aproveitar as visitas de minha mãe, mas tinha medo de desejá-la. Com medo de se importar, porque ela iria embora e não voltaria por muito tempo. Doeu e eu não queria doer. Wills estava aprendendo tão jovem como eu.

"Não." Ele parecia culpado por dizer isso. Ele precisava lembrar que a visita de Hilda era passageira, ela só estava passando. Ele não precisava se apegar muito a ela ou esperar mais? Parecia impossível transmitir isso a uma criança de seis anos.

"Ela sente sua falta", eu disse.

Ele resmungou.

Ficamos em silêncio por um momento enquanto eu tentava pensar nas palavras certas.

"Quando você vai voltar?" Ele perguntou.

"Eu posso estar lá quando você precisar de mim", eu disse a ele.

Ele não disse nada e eu esperei. Ele estava tentando ser duro.

"Talvez na próxima semana, em algum momento, quero dizer, se você tiver tempo extra e puder." Eu conhecia esse tom. Eu li nas entrelinhas facilmente.

"Vejo você em dois dias", disse a ele.

"Ok." E houve o primeiro sorriso em sua voz. Por enquanto, eu teria que ser bom com isso. Em dois dias, eu saberia o que ia fazer. Eu saberia se Wills era legalmente meu filho ou meu irmão.

De qualquer maneira, eu estava salvando-o. Eu simplesmente não sabia como.