Fanfic: Doce Coisinha - Trendy, Vondy (finalizada/adaptada) | Tema: Triangulo Amoroso

Alfonso

Coloquei meu telefone no bolso depois de falar com meu pai. Ele ainda não sabia de nada e estava atualmente em Londres lidando com a loja de departamentos de lá. Essa loja específica era mais nova e exigia mais tempo. Garantir que ele se foi e marcar uma data em seu retorno foi o meu primeiro passo.

Marianna me deixou entrar e me direcionou para onde eu poderia encontrar Wills. Marianna era a mais nova governanta/babá. Ela estava na casa dos sessenta e estava um pouco acima do peso. Obviamente, minha madrasta a havia escolhido. Eu tinha que admitir que ela era mais esperta que as madrastas. Se ela tivesse deixado para ele, Marianna teria um nome de stripper e seria mais jovem que ela, com seios maiores e moral mais fraca.

Um bônus foi que eu gostei de Marianna e Wills também. Ela não era maternal, mas era gentil. Ele precisava disso neste lugar. Especialmente agora que ele era considerado velho o suficiente para ser atingido pelo homem que achava que tinha o direito.

Bati na porta da sala de jogos uma vez e abri-a lentamente. Wills estava sentado de pernas cruzadas no sofá com um controle remoto na mão. Um videogame jogava na tela grande à sua frente - eram corridas de moto. A música estava alta no jogo e ele não me ouviu bater ou entrar.

"Não!", Ele gritou com o jogo. "Agora não!"

Eu assisti o pneu da motocicleta explodir e girar fora de controle.

"Filho da puta!" Ele jogou o controle remoto no chão.

Limpei minha garganta e ele virou a cabeça. Quando ele viu que era eu, sua primeira expressão foi surpresa que rapidamente se transformou em um sorriso assumindo seu rosto. Tudo sobre vê-lo hoje era mais. Não achei que pudesse amá-lo mais do que já o amava. Mas parado ali, olhando para ele e sabendo que ele era meu, percebi que estava segurando um pedaço de mim. Protegendo para o caso de eu descobrir que ele não era meu filho. Agora meu peito parecia que ia explodir enquanto eu caminhava em direção a ele.

"Alfonso!" Ele pulou e correu em minha direção. Seus braços estavam no ar e a boca que falara em um tom muito antigo para sua idade se foi. O garoto de seis anos estava se jogando em meus braços, completamente confiante de que eu o pegaria.

"Hey amigo." Eu o peguei e o abracei com força. Emoção entupindo minha garganta. Fechei os olhos por um momento para controlar mentalmente. Eu queria levá-lo e fugir. Salve-o deste lugar. Esconda-o da feiura que ele já testemunhou.

Saber que eu não podia levá-lo agora tornou tão difícil ficar aqui e não chorar. Ele era apenas um garotinho. Uma criança. E aquele bastardo o machucou. Assustei-o. Tirou um pedaço de sua inocência de que nunca mais voltaria. Nenhuma quantidade de amor que eu poderia dar a ele apagaria esse momento. Aquele terror. Estava lá e sempre estaria em seus pesadelos. Nos pensamentos dele. Moldaria o homem que ele se tornaria e eu odiava o fato de não ser capaz de salvá-lo disso.

Eu me culparia por não me mover mais rápido. Por esperar e ser paciente como os advogados sugeriram que eu faça. Eu sabia que o dia em que meu pai começaria a bater nele chegaria e eu queria tirá-lo daqui antes dele. Mas eu não consegui.

"Você veio! Você não ligou hoje de manhã e eu pensei que você não estava vindo.” A alegria e o alívio nos olhos dele quase me colocaram de joelhos.

"Você não falou com sua mãe ontem?" Perguntei a ele. Hilda havia dito que diria que eu estava indo. Eu já tinha garantido que sim, mas pedi que ela o lembrasse. Eu sabia que as ligações dele eram monitoradas e não queria que meu pai fosse alertado de que conversara com Wills duas vezes tão cedo. Ele ficaria desconfiado. Eu não precisava disso. Agora não.

Ele assentiu. "Ela ligou, mas não me contou. Ela disse que estava visitando você. Mas é isso."

Ele não perguntou se ela tinha vindo. Ele não perguntou se ela estava vindo. Ele tinha seis anos e não se importava se sua mãe estava indo vê-lo. Eu pedi para ela vir comigo, mas ela recebeu uma ligação do namorado casado e saiu chorando. Eu não tinha certeza se iria voltar para ela na minha casa ou se ela foi para Chicago.

“Ela deveria. Eu sinto muito. Eu deveria ter ligado,” eu disse a ele. Ele precisava ser tranquilizado. Ele não conseguiu isso em nenhum outro lugar do mundo. Hilda deveria ter pensado nisso. Mas ela raramente pensava além de suas necessidades e desejos.

"Posso ir a Savannah com você?" Ele me perguntou muito isso. Ele queria ficar comigo. Meu pai nunca permitiu. Ele disse que eu estava ocupado demais para brincar com o garoto. E ele disse isso na frente de Wills.

"Em breve. Eu prometo,” respondi. “Mas hoje vamos à loja da M&M para comprar uma sacola grande das azuis que você ama com a palavra que quiser sobre elas dessa vez. Então pensei em visitar o zoológico e jogar futebol.”

"Eu não tenho bola de futebol", disse ele com seriedade.

"Oh, está certo. Esqueci a parte em que compramos uma na Nike Town”, acrescentei.

Ele estava sorrindo agora. Ele me disse na última vez que visitei que ele não tinha bola de futebol e queria aprender a jogar uma.

"Podemos sair agora?" Ele meneou para descer dos meus braços.

"Absolutamente. Preciso de alguns desses M&M amarelos. "

Ele sorriu. Naquele momento, eu me vi. Uma foto da minha juventude. Era diferente agora que eu sabia. Eu não estava imaginando as semelhanças - elas estavam lá e eram reais. Ele era meu filho

"Amarelo é da cor das meninas", ele me disse como se eu soubesse disso.

"Como diabos é", argumentei.

"Você deveria ficar azul ou verde", disse ele com autoridade. "Até o vermelho é melhor que o amarelo."

"Não me intimide. Ficarei cor de rosa se você o fizer - avisei.

Os olhos dele se arregalaram. "Realmente?"

“Inferno, sim, eu irei. É preciso um homem de verdade para comer os rosados,” eu disse a ele.

Ele franziu a testa. "Você não pode encontrar os cor-de-rosa em qualquer lugar, exceto na loja M&M. Eles nem colocam na bolsa.” Ele disse isso como se fosse muito importante.

Dei de ombros. "Que pena."

"Você acha que podemos ir ao zoológico assistir os leões-marinhos serem alimentados?" Ele mudou de assunto mais uma vez.

"Vou verificar o horário no meu telefone e garantiremos que ele esteja lá".

"Nos próximos meses, eles começarão a comer mais do que o normal. Eles fazem isso para se preparar para o inverno. Torna-os mais gordos e a gordura os torna mais quentes.”

Fiquei impressionado que ele sabia disso. "Você aprendeu sobre isso na escola?" Perguntei a ele.

"Não, eu li sobre isso."

"Você recebeu um livro sobre animais?" Perguntei-lhe, imaginando quem o havia comprado.

"Eu pesquisei no Google", foi sua resposta.

"Gostaria de um livro sobre animais?" Perguntei, já que ele estava interessado o suficiente para pesquisar no Google.

Ele assentiu. "Sim, isso seria legal."

Eu compraria para ele todos os livros que eles tinham na loja, se ele os quisesse.