Fanfic: Aparências | Vondy | Hot | Tema: RBD

Livia

Não há outra palavra para definir o jantar na casa dos Amaya a não ser estranho. Rafael me apresentou como amiga e ainda deixou claro que só temos esse status porque eu quis assim. A coisa fica ainda mais estranha quando ele sai acompanhado da madrasta Ivana e me deixa ali com seus irmãos Jaime e Nina.

...

Já está tarde e nada de Rafael aparecer, decido ir atrás dele para dizer que vou ir embora. Porém mudo de ideia quando vejo que estão tendo uma conversa tensa, a curiosidade me vence e decido escutar.

— Por que acha que venho aqui? Só venho por causa dos meus irmãos — Rafael esbraveja.

— Depois da morte do seu pai eu sou a única pessoa que restou para cuidar deles — Ivana afirma.

— Claro e você sempre tem que voltar nesse assunto né? — ele questiona num tom de desgosto.

— Você fica se fazendo, mas sabe que temos que resolver esses assuntos — ela insiste.

— Me fazendo? Desde que você apareceu parece que caiu uma maldição sobre essa casa. Primeiro minha mãe, depois meu pai — ele lembra.

— Lembre-se que você foi o culpado por sua mãe ter morrido — ela culpa.

— Não tenho dúvidas de que você tenha matado meu pai — ele acusa.

— Ele morreu de desgosto ao descobrir que o queridinho filho certinho estava se metendo em coisas ilegais, lutas clandestinas! — ela brada.

— Eu me lembro bem, descobri que você era a amante do meu pai e contei para minha mãe. Ela ficou triste e logo de tanta tristeza ficou doente, morreu logo depois. Mas eu também me lembro de um dia que ela saiu e não me disse o que foi fazer... A segui e vi ela pegando vocês dois em flagrante e foi depois disso que ela começou a ficar mal — ele diz se lembrando.

— Se você não tivesse contado a ela nada disso teria acontecido — ela contesta.

— Você é uma desgraçada! Como pode dissimular tanto? — ele pergunta muito irritado.

— Não quer que dissimule? Tudo bem, vou te contar agora tudo que aconteceu com seu pai. Não é o único que gosta de coisas ilegais, tinha umas dívidas e seu pai era tão apaixonado por mim que resolveu se meter nesse assunto. Eu só sei que ele morreu logo depois de procurar pelos bandidos. Não sou assassina, mas assumo que a culpa é minha! Era isso que queria ouvir? — ela vocifera. O silêncio toma a sala, mas resolvo quebrá-lo ao sentir uma oportunidade. Entro ali batendo palmas, assustando a ambos.

— Uau! Que história... Será que alguém mais sabe disso? — ironizo, sabendo que tenho uma grande informação em mãos.

— Livia, querida. Não é nada disso que está pensando — ela tenta me convencer.

— As coincidências da vida... Como eu podia imaginar que descobriria algo assim, tão fácil? — questiono rindo.

— Livia... — Rafael murmura surpreso com a revelação da minha personalidade real.

— Só quero avisar, meu silêncio tem um preço — ameaço.

***

Christopher

Me sento em um banco esperando por Dulce e quando a vejo atravessando a rua meus olhos se perdem nela que usa uma blusa transparente, que me dá uma boa visão de seus seios e barriga e uma short curto que mostra suas pernas torneadas. Quando ela se movimenta para se sentar ao meu lado percebo sua bunda muito bem demarcada, essa Dulce fatal quer me enfartar?

— Boa noite — ela cumprimenta.

— Boa — é a única coisa que consigo responder, por que ela tem que parecer tão macia de tocar?

— Como descobriu? — ela é direta ao perguntar.

— Descobri? — pergunto distraído com o cruzar de pernas dela.

— Sobre Rafael... — ela continua.

— O jeito que você olhou para ele — confesso.

— Por isso. Olha... A verdade é que eu já o amei muito, mas agora eu resolvi desistir disso e... — ela começa a explicar.

— Então essa sua mudança de personalidade é por isso? O amou tanto assim? — continuo meu interrogatório, mas agora algo me incomoda. Ela mudou de personalidade só para esquecê-lo? É tão difícil assim deixar de amá-lo?

— Sim e não — ela diz.

— Como assim? — questiono.

— Fiquei tanto tempo amando Rafael secretamente que não estava mais sabendo quem era eu, então para matar essa Dulce resolvi “invocar” a Dulce fatal como forma de descobrir quem eu sou — ela conta.

— Entendo — falo sabendo que uma hora ela vai perceber que não precisa ser fatal, só precisa ser ela mesma. Passamos mais um tempo ali falando desse amor que ela diz que sentia pelo Rafael, mas não é o que parece. Ela parece gostar muito dele realmente e o sorriso que tem enquanto me conta histórias dos dois de quando eram crianças me faz sentir inadequado. Mas fico ali a ouvindo até vermos que já é tarde e eu decidir ir embora.

...

Olho para o teto, não consigo dormir. Memórias desde o momento que conheci Dulce vem a minha cabeça, ela sorrindo, ela brava, ela se machucando, ela provando as roupas e é aí que acontece algo típico de desenhos animados. A verdade surge, como se uma lâmpada se acendesse sobre a minha cabeça e é assim que percebo que me apaixonei por ela. Mas como se para me desanimar, as lembranças da cara triste dela olhando Rafael, dos dois conversando e seu sorriso contando histórias deles. O incomodo de antes está de volta e identifico que isso só pode ser ciúme. Estou com ciúme de Dulce, sei que estou ferrado.

...

Tem mais hoje, estou escrevendo correndo por ter deixado vocês tanto tempo sem capítulo. Então revisarei depois. Beijos!