Fanfic: Aparências | Vondy | Hot | Tema: RBD

Dulce

A mão de Christopher ainda está sobre meu peito esquerdo e ele está muito próximo de mim, a coisa que eu queria entender é porque fico tão perdida com sua proximidade. Mas não tenho nem tempo de fazer isso porque a porta é aberta, estourando nossa bolha.

— Opa, podem continuar — a mãe de Christopher, Berna, que foi quem abriu a porta diz isso e volta a fechá-la.

— Mãe, não comece com suas maluquices! — Christopher diz batendo na porta após termos nos separado constrangidos.

— Me desculpem pela interrupção, queridos. Podem continuar — ela insiste e quero rir da careta que ele faz para as provocações de sua mãe, mas me seguro.

— Mãe, porque você está na frente da porta desse jeito? — uma outra voz feminina pergunta.

— Seu irmão, está aí com a minha nora — Berna responde em um tom empolgado, é perceptível que ela é daquelas que quando põe algo na cabeça ninguém tira.

— Mãe! — a irmã de Christopher diz em tom de repreensão e abre a porta.

— Maninho! — a irmã diz contente pulando nos braços de Christopher.

— Alicia! — ele responde com a mesma alegria e a envolve em seus braços, penso sobre não saber que ele tinha uma irmã. Mas me lembro que nossos assuntos ultimamente estavam voltados a minha mudança de personalidade repentina.

— Uau! Finalmente uma que me agrada, parece que o dedo podre não afetou dessa vez — Alicia diz nem me dando tempo de me apresentar, me abraçando.

— Prazer, sou... — tento me apresentar, mas sou interrompida.

— Dulce, eu sei. Hoje só escutamos seu nome nessa casa, mas fico feliz que você honra os elogios. Porque as amigas com quem ele andava antes eram umas soberbas raquíticas — Alicia começa a me falar várias coisas sobre o irmão, obviamente querendo envergonhá-lo. Dirijo um olhar para ele que dá de ombros como se dissesse “Fazer o que, essa é minha família”.

...

Depois de conhecer o pai de Christopher, Estevan, a pessoa que faltava eu conhecer, tivemos um jantar animado em meio a revelações embaraçosas sobre a infância de Christopher. Até tentei puxar o assunto de eu não ser namorada de Christopher, mas não adiantou porque ninguém me ouviu, fui interrompida por Berna que dava uma bronca em seu filho por não visitá-los com frequência.

— Bom, agora que a sessão envergonhando o Christopher terminou vou ir ao banheiro — ele diz se levantando.

— Vá tranquilo, Ucker, irmãozinho — sua irmã diz o chamando de Ucker, então esse é o apelido dele. Mas o olhar que ela e Berna dirigem a mim me assusta, tenho certeza de que enquanto ele estiver longe elas irão me devorar como tubarões.

— Querida, nós sabemos que não está namorando meu filho, mas pedimos que perdoe a lerdeza dele — Berna comenta assim que Ucker se afasta e fico sem entender, ela está querendo dizer que...

— Lerdeza? — pergunto para obter a resposta que está na minha cabeça, ele gosta de mim?

— Não me diga que não notou? É só ver a maneira que ele olha para você! — Alicia questiona exasperada.

— Não... — murmuro confusa, elas estão muito enganadas. Trocamos algumas provocações, mas isso de se gostar... Nunca pensei sobre isso.

— E você hein? Também notamos seus olhares para ele — Alicia fala e sorri maliciosamente.

— Eu não... Olhar? Não... — balbucio tentando formar uma frase convincente, mas não consigo e elas trocam de assunto quando Ucker volta a se sentar na mesa.

***

Christopher

Estamos todos sentados na sala, quando Dulce e eu estávamos prontos para ir embora começou uma chuva de cair o mundo e acabamos tendo que esperar a chuva se acalmar um pouco. No entanto, já se passou um bom tempo e a chuva continua forte.

— Teremos que ir assim mesmo — Dulce insiste, percebo que está incomodada com algo há um tempo e está querendo sair fugida daqui. Não esperava menos, tenho certeza que isso é obra de Alicia e da minha mãe.

— Não me ofendam! Temos quarto aqui para que fiquem, não precisam enfrentar o mundo caindo lá fora — minha mãe sugere ainda mais insistente que Dulce, quero rir porque sei muito bem o que ela está tentando fazer. Apesar da casa ser bem moderna e luxuosa, é diferente da que morávamos antes e é pequena, ou seja, além dos quartos dos meus pais e o de Alicia só resta apenas mais um que é o de visitas.

— Isso, venha Dul. Vou te emprestar um pijama enquanto o quarto é preparado para vocês — minha irmã diz já muito íntima de Dulce e vejo que ela não percebeu que dormiremos no mesmo quarto, sorrio travesso.      

...

A porta do quarto é aberta e vejo que é Dulce que se assusta com a minha presença no quarto.

— O que faz aqui? — ela pergunta tapando os olhos ao perceber que estou apenas de cueca.

— Só tem esse quarto sobrando, iremos dormir juntos. Mas se for demais para o seu coração aguentar pedirei para dormir no quarto da minha irmã. Ela irá me rejeitar e me colocarão para dormir na sala e realmente não quero isso — conto toda a história que provavelmente aconteceria se ela me expulsasse daqui.

— Estamos na sua casa, não vou te expulsar daqui. Mas acho melhor vestir algo — ela esclarece.

— Me vestir? Então é por isso que está tapando os olhos? Estou tão feio assim? — pergunto sorrindo ao perceber o que meu corpo desnudo provoca nela, mas digo tudo isso em um tom inocente. Tiro as mãos dela de cima de seus olhos.

— Feio, quem disser isso vai ter o nariz crescendo que nem o do Pinóquio — ela murmura, mas consigo escutar. Ela encara meu peito nu por um bom tempo, até eu decidir provocá-la.

— Vou me vestir, tenho certeza de que prefere ver o Rafael dessa forma... — provoco com um pouco de medo do que ela vai responder, não quero voltar a sentir o incomodo.

— Rafael? Que Rafael? — ela fala hesitante e dá uma boa conferida no conteúdo da minha cueca, enquanto me olha de cima a baixo.

— Por favor — peço que ela se retire, queria deixá-la tão doida a ponto de que ela esquecesse a existência de Rafael e consegui. Agora é o momento de dar um pouco de paz para ela.

— Calor, calor! Pode se trocar a vontade, vou ir lá pra fora — ela sai do quarto se abanando e rio.

...

Visto a camisa que vim usando, não vestirei a calça jeans porque ninguém merece dormir usando algo tão incômodo. Abro a porta do quarto para convidá-la a voltar a entrar.

— Meu Deus, Meu Deus! — a ouço sussurrar repetidamente sem notar a minha presença.

— Amém, Dulce. Amém! — zombo e ela me dá um olhar furioso passando por mim e se jogando no colchão de ar que está no chão.

— Nem pensar, você na cama. Eu fico aí — repreendo.

— Pra que isso? É a casa dos seus pais, pode ficar na cama — ela insiste.

— Nada disso senhorita, vamos escute pelo menos uma vez um pedido meu — retruco e ela bufa indo para a cama.

— Inclusive, adorei o pijama — elogio, ela está vestindo um pijama com blusa de alcinha branca estampada por três gatos e um short curto rosa estampado com patinhas completa o par.

— É da sua irmã — ela responde simplesmente entrando debaixo das cobertas e desligando o abajour.

— Ficou muito melhor em você, aliás quando fomos nos conhecendo te imaginava dormindo com roupas assim. Mas não importa se é com pijama, camisola sexy ou com uma blusa larga e velha que você dorme. Tenho certeza que fica linda de todos os jeitos — as palavras saem automaticamente da minha boca e quero arrancar minha língua, porque sempre que estou perto dela não consigo segurar essas coisas só para mim.

— Rum rum — ela grunhe constrangida e meu modo provocador resolve voltar a dar as caras.

— Não vai ter nenhum elogio para mim não? — questiono.

— Ah! Cala a boca e dorme Ucker! — ela adverte em um tom enraivecido e seguro um riso me deitando debaixo das cobertas. A possibilidade dela elogiar a visão que teve anteriormente de mim com certeza a fez ficar ainda mais constrangida.

...

Me desculpem de verdade pelo sumiço, mas eu estive doente e não estava podendo nem postar nada aqui. Enfim, não espero nada menos que broncas e sei que mereço. Mas jamais abandonarei a fanfic! Saudades