Fanfic: Aparências | Vondy | Hot | Tema: RBD

Dulce

Me espreguiço na cama, já acordada me ajoelho e abro a janela que fica na frente da minha cama. Livia e eu passamos a morar juntas recentemente, precisávamos de um lugar próximo aos nossos empregos e também queríamos um pouco de independência das nossas famílias. É um apartamento pequeno e bem simples, mas é o que nosso dinheiro pode pagar. Cantarolando uma canção qualquer que devo ter ouvido em qualquer comercial da TV vou até a cozinha.

— Amiga às vezes você parece uma criancinha. Principalmente quando se veste assim — Livia opina sobre meu pijama rosa de panda.

— Claro e aí eu me vestiria como você — retruco falando da camisola em microfibra e renda que ela veste.

— E porque não? Estou fatal — ela diz fazendo uma pose para demonstrar o que diz.

— Não, me sinto bem com as minhas roupas — insisto e pego uma xícara de café que ela preparou e um prato com torrada e ovos mexidos.

— Os homens gostam de mulheres mais maduras — ela aconselha.

— Atitude é o que importa — contesto.

— Já viu o tipo de mulher com quem seu queridinho Rafael costuma sair? — ela questiona.

— Sim, já e ele é só meu amigo — fujo do assunto.

— Me dê mais crédito, Dul. Sou sua melhor amiga — ela persiste.

— Vamos falar de outra coisa, por exemplo, seu novo emprego — mudo de assunto.

— Algo parecido com aquele que eu tinha antes, vendedora em uma loja. Só que dessa vez é num lugar frequentado por granfinos — ela explica.

— Acho que você vai se dar super bem nesse — comento empolgada.

— Sou boa de lábia, estou esperançosa e você? — ela pergunta.

— Garçonete em um bar — conto e ela me olha com uma expressão que não consigo identificar.

— Tem certeza, Dul? Os homens que frequentam esses bares costumam ser uns brutos e além de tudo abusivos — ela argumenta.

— Foi a proposta de maior salário que recebi, a gente está precisando de dinheiro — lembro.

— Tudo bem, mas qualquer coisa é só me chamar e caso aconteça algo muito sério não exite em pedir demissão — ela pede em tom preocupado.

— Ok — concordo e tomo mais um gole de café.

— Bom, tenho que me arrumar para ir pro trabalho — ela fala se levantando e indo na direção do seu quarto.

...

Mais tarde quando já saí de casa para resolver alguns problemas chamados contas e a compra de algumas coisas que faltam no apartamento, me deparo com um pug correndo em minha direção, me abaixo, acaricio o cachorrinho.

— Ai, mas como você está lindo! — elogio depois de perceber que é macho, em um momento olho para o lado e vejo um homem com uma câmera apontada na minha direção.

— Está tirando fotos minhas? — pergunto ao homem que até o momento sorria, mas para quando percebe que estou me aproximando dele.

— Jamais, estava fotografando o cachorro — ele explica.

— Se for assim, tudo bem. Ele é fofo não é? — estendo o cachorro na direção dele para que pegue.

— Desculpe, mas esse cachorro é meu. Vem Thomas — outro homem pede e o pequeno dá um latido e se mexe bastante nos meus braços como sinal para que eu o solte.

— Tchau, Thomas — me despeço do cachorro e o entrego ao dono.

— Sou Carlos, estava passeando com ele sem guia e fugiu, deve ter se assustado. Enfim, obrigada — Carlos agradece e some de vista.

— Me mostre as fotos que tirou dele — peço ao homem que segura a câmera.

— Não, pra que quer vê-las? — questiona e nem respondo, simplesmente pego a câmera das mãos dele já que ele não a segurava tão forte assim e quando vejo as fotos quero gritar.

— Isso porque você disse não estar tirando fotos minhas — ironizo passando por pelo menos umas dez fotos minhas com o pug.

— É fácil de resolver, só te cortar das fotos — ele retruca.

— Sim, claro — retruco de volta.

— Ok, sou fotógrafo e gosto desses momentos simples. Você com o cachorro me inspirou e decidi fotografar — ele confessa.

— Se não for fazer nada demais com elas, tudo bem — esclareço sorrindo.

— O que esse “fazer nada” inclui? — ele pergunta curioso.

— Algo do tipo feitiçaria, sei lá? — respondo fazendo-o rir.

— Não farei nada disso — ele fala.

— Ah não! — digo olhando a hora no meu celular.

— O que foi? — ele pergunta.

— Preciso ir, tenho tantas coisas para fazer e me distraí. Sou muito cabeça de vento, mas que coisa! Foi bom falar com você, tchau! — digo tudo tão depressa que nem sei se ele entende e vou resolver as coisas que tinha planejado ao sair de casa.

...

Sobre esse fotógrafo  O próximo capítulo sai em breve e obrigada por todas que estão aqui para acompanhar essa história, beijos!