Fanfic: Aparências | Vondy | Hot | Tema: RBD

Christopher

A verdade é que joguei toda a minha raiva para cima de Dulce sem nem pensar, meu maior medo em me afastar dela completamente consiste em perdê-la para Rafael que em algum momento pode perceber o que perdeu por essa besteira dele de irmã. Estou sentado na sala de estar com os pensamentos perdidos desde que cheguei, mas no momento a campainha me interrompe. Abro a porta e nem tenho tempo de dizer nada, vejo uma Dulce toda suja e descabelada que desata a falar.

— Eu percebi, finalmente percebi que sinto algo por você. Daí conversei com Livia que me disse para vir até aqui, estava no táxi, mas ficamos parados porque tinha uma manifestação. Fiz o restante do caminho a pé, um cachorro começou a avançar em mim, corri olhando para trás, quebrei o salto e caí sobre aqueles galhos ali. Ainda bem que me atendeu! — ela diz pulando em meus braços.

— Espera aí, um cachorro correu atrás de você e isso causou essa confusão toda? — questiono risonho.

— Foi nisso que prestou atenção, seu idiota? — ela adverte saindo do abraço.

— Idiota? Depois do que você disse eu esperava um tratamento melhor! — repreendo a fazendo perceber que estava apenas provocando.

— Que bom, então estamos resolvidos! — ela fala aliviada.

— E tudo que me disse antes? — pergunto confuso, preciso ter certeza do que ela está dizendo.

— Esquece, eu estava sendo uma boboca — ela admite.

— Então... — indago.

— Então o que? — ela não entende.

— Você... — dou a dica.

— Vim até aqui — ela completa.

— Para? — insisto.

— Para dizer que gosto de você — ela enfim diz o que eu queria ouvir.

— Boa garota! — elogio provocante.

— Vou me tornar uma garota péssima se eu não me limpar e desinfetar os meus ferimentos — ela ordena em tom ameaçador.

— Já que me pediu com tanto carinho, não posso fazer outra coisa que não seja aceitar — concordo ao me lembrar do estado dela e faço sinal para que ela entre, quando ela o faz fecho a porta atrás dela.

...

Chego no banheiro com uma maleta de primeiros socorros, uma camiseta para ela vestir e digo para ela tomar um banho antes de fazermos os curativos e desinfetar alguns raspões.

— Sabe que posso me virar sozinha — ela afirma.

— Pode, mas estou aqui para te ajudar — falo e saio do banheiro para dar privacidade a ela, não seria nada mal ver aqueles seios novamente, mas não quero correr com isso que acabamos de começar.

...

Ouço o barulho do chuveiro sendo desligado e um tempo depois ela me chama, mas quando entro no banheiro tenho uma visão que me causa um suspiro.

— Vai ter que ser assim — ela explica em voz baixa, está corada de lingerie branca.

— Me perdi aqui, mas é melhor mesmo, você está toda arranhada — argumento e penso no que queria há uns minutos atrás, ir devagar né? Mas e essa tentação?

— Vai começar logo? — ela pergunta ansiosa depois de eu ficar uns longos minutos a observando.

— Claro, claro — respondo ficando tímido e isso me surpreende, eu não lembro quando foi a última vez que fiquei tímido perante a uma mulher. Desinfeto todos seus machucados, nos mais graves faço um curativo e é claro que aproveito a situação para deixar minha mão tempo demais em algumas partes do seu corpo. Seus braços, pernas, barriga e costas estavam arranhados, nas pernas estavam os ferimentos um pouquinho mais graves e foi enquanto eu desinfetava eles que ela fechou os olhos de dor, o último foi um pequeno arranhão na sua bochecha.

— Quem manda eu ser tão desastrada! — ela exclama.

— É o seu charme, mas essa queda foi bem feia né? — questiono tentando imaginar ela caindo nos galhos que apontou quando chegou aqui.

— Já tive piores, mas com o tempo me acostumei — ela dá de ombros e veste a camisa que deixei na pia.

— Ficou muito bem em você — elogio e ela sorri.

— Obrigada, por tudo, inclusive por estar aqui — ela agradece.

— Como assim por estar aqui? — pergunto ao não entender e ela me explica que não tinha meios de ir embora e teria que ir andando manca com um dos saltos quebrado. Rimos e comentamos toda a sua trajetória para vir se declarar achando muito cómico, ofereço algo para comer, ela aceita e vamos para a cozinha.

...

Decido fazer guacamole, enquanto pico o abacate, a cebola e o tomate ela se senta na bancada me observando.

— Um homem que cozinha, levei sorte — ela fala e percebo que é uma das raras vezes em que ela me elogiou.

— Muita sorte! — uso o tom convencido que sei que ela detesta e dou um sorriso, mas a campainha toca e franzo a testa estranhando. Quem será a essa hora?

— Eu atendo — ela logo se dispõe e vejo que alguém passou por sua cabeça. Dulce vai até a sala de estar, escuto ela abrir a porta e ao ouví-la dizer:

— Altaír querida, quer entrar? — ao escutar isso tiro a blusa e a calça que visto apenas para completar a cena, só quero me livrar dessa maluca logo.

— Não, cadê o bombom? — ela questiona.

— Dulce, amor, estava demorando — falo qualquer coisa, abraçando Dulce por trás, percebo que Altaír nos olha de cima abaixo avaliando nossos trajes.

— Interrompi? — ela interroga.

— E muito — Dulce afirma, me dá um beijo na bochecha e volta a encarar Altaír com uma cara de desafio.

— Bom, não posso ficar quando não sou querida né? Tchau, tchau — Altaír se despede e acho isso fácil demais, ela não é assim. Porém, decido aproveitar minha paz enquanto a tiver.

— Tchau — Dulce responde e bate a porta na cara dela.

— Que namorada mais ciumenta — comento sem perceber do que a chamei.

— Namorada? Que eu saiba não teve nenhum pedido — ela retruca.

— Você já está comigo querida, vai falar sim de qualquer forma — digo convencido.

— Hum, sei não hein — ela provoca e sai correndo.

— Como assim não sei? — saio correndo atrás dela.

— Vai ter que me pegar primeiro! — ela desafia.

— Vou te dizer, adoro brincar de gato e rato — a provoco de volta e corremos por um tempo, até que consigo pegá-la quando tenta correr em volta do sofá. Ela cai no chão e caio sobre ela com o impacto. Rimos como malucos, mas assim que paramos de rir uma atmosfera diferente toma conta do lugar e de nós, aproximo nossos rostos e inicio um beijo. Nossas bocas se tocam lentamente, quase se reconhecendo por fazer um bom tempo desde a última vez que nos beijamos. O beijo lento se torna mais rápido depois que ela suga meu lábio inferior e lança um olhar bem provocante para mim. Quer jogar Dulce? Faremos exatamente isso!

...

Não revisei ainda, mas o que acham que vai acontecer com esses dois no próximo capítulo? Acho que eles estão tensos demais, está na hora de acabar com isso  Beijos, beijos e obrigada a todas que estão acompanhando e comentando