Fanfic: Aparências | Vondy | Hot | Tema: RBD

Dulce

Em frente ao espelho penteio meu cabelo, confiro a maquiagem básica que passei e depois de terminar o meu cabelo borrifo um pouco de perfume em mim. Olho para as opções de roupa que escolhi e me decido por um vestido branco largo curto com mangas médias e um cinto bege na cintura, pego minha bolsa também na cor bege e coloco o que preciso dentro dela, meus documentos, carteira de trabalho, um óculos de sol e minha nécessaire de maquiagens caso precise me retocar. Quando estou prestes a sair Livia aparece.

— Dul, espera! — Livia grita vindo correndo do corredor.

— Que foi? — pergunto.

— Antes de você ir preciso te contar algo — ela diz numa cara nada boa.

— Pela sua cara... Me diz logo, o que foi que você aprontou? — pergunto mais uma vez sabendo que não vou ouvir algo bom.

— Eu mandei uma caixa de bombons para Rafael, com um bilhete combinando um jantar. É para você ir, eu prometi que iria resolver essa situação — ela revela.

— Oh meus deuses! Me diz que você não assinou com meu nome! — digo no meu tom superagudo de raiva.

— Não, qualquer coisa basta fingir que nada aconteceu — ela propõe.

— Está louca e o Rafael? Como será que ele vai reagir a isso? — questiono.

— Eu que sei, vai que ele pense que é alguma das mulheres com que ele sai — ela pondera.

— Não, nem pensar. Ele não pode ver essa caixa de bombons — falo perdida, tentando ter alguma ideia.

— Vai fugir mais uma vez de confessar o que sente por ele, mas não quer que ele volte a sair com alguma das mulheres com quem sai? — ela supõe.

— Acertou em cheio — confesso.

— Se é por isso... Olha eu ia até te ajudar, mas suas razões são tão bobas que não vou fazer nada — ela desafia.

— Não importa, vou dar meu jeito e não tente bancar a cupido mais — repreendo e pego o elevador, ando correndo pela entrada do apartamento e entro no táxi que pedi. Para esse endereço, rápido! Digo depois de estender o papel para o taxista.

...

Correndo atravesso a rua e chego à entrada da Amaya Models, penso em como é difícil correr de saltos e por causa desse minuto de distração tropeço em algo que estava no meu caminho e logo percebo ser um homem que estava amarrando seu cadarço.

— Olhe por onde anda! — resmunga e reconheço a voz.

— Christopher? — digo surpresa, me levantando.

— Ai — meus joelhos e cotovelos doem, ao olhar para eles percebo que me ralei.

— Dulce, tudo bem? — ele pergunta preocupado.

— Tudo, só um pouco do caos de sempre. Onde é a sala do Rafael Amaya? — peço a informação.

—Te levo até lá, não pode ir sozinha desse jeito — ele sugere e aceito o seguindo. No elevador ele tenta puxar assunto.

— O que quer com o dono da Amaya Models? — ele questiona curioso.

— Conversar, é meu amigo — minto tentando convencer e agradeço por ele não me conhecer tão bem o suficiente.

— Só isso? — ele continua perguntando.

— Não, também vim para uma entrevista. Pretendo ser modelo — conto e ele sorri, continuamos o caminho até a frente da sala de Rafael em silêncio.

— Te espero aqui fora — ele avisa e entro na sala, após ter sido anunciada pela secretaria. Droga, com ele aí não tinha nem como eu inventar uma desculpa, invadir sua sala, pegar a caixa de bombons e fugir pacificamente.

...

— Dulce, que bom que apareceu por aqui. Estava querendo perguntar algo relativo a isso aqui — Rafael diz apontando para a caixa de bombons bem na sua frente. Eita! Será que ele está pensando que fui eu? Estou ferrada!

— Bem eu... — antes que eu possa inventar uma desculpa ele me interrompe.

— Jesus, Dulce! Você passou por um furacão? — ele pergunta após me observar melhor.

— Só o caos de sempre — repito a resposta que usei para Ucker.

— E que caos né? Te deixou descabelada, de joelhos e cotovelos ralados — ele zomba.

— Além de tudo ainda estou descabelada? — questiono mesmo sem querer saber a resposta. Já desisti do meu jeito desastrado.

— Sim, além de tudo, seu vestido tem uma mancha aqui — ele diz apontando para a parte do vestido localizada nas minhas coxas e olhando vejo uma mancha marrom.

— Droga — murmuro.

— Você é bem desajeitada, mas não se preocupe irmã. Pode se ajeitar depois, agora preciso saber de algo importante — ele continua.

— Sobre o que? — pergunto, a ansiedade me consome. Será que ele pensa que fui eu? É óbvio que eu negaria, mas ficaria feliz por ele ao menos suspeitar...

— Foi a Livia que me mandou isso? — e quando ele me responde mostrando que ele suspeitava que fosse minha amiga fico surpresa e decepcionada, parece que ele não me vê mesmo.

— Não posso dizer nada — falo em um tom baixo, talvez isso diminua as suspeitas dele. Não teve como eu tirar a caixa antes que ele visse, vamos ver como ele vai reagir tendo visto ela e suspeitando da minha amiga. Será que ele está gostando dela? Saio da sala com isso martelando na minha cabeça, mas resolvo me concentrar na minha entrevista, preciso me arrumar para chegar nela a tempo.

***

Rafael

Olho mais uma vez para a caixa de bombons e penso na mulher estonteante que conheci na festa da Amaya, é amiga de Dulce e isso prova que é boa pessoa. E Dulce me dizendo que não pode dizer nada me faz suspeitar ainda mais, vou ter que conseguir ajeitar isso.

...

A caixa que a Livia mandou, o cartão. Como acham que essa história vai terminar? Até o próximo capítulo