Fanfic: Amigos.... Só que não! - Ponny - Adaptada | Tema: RBD, AyA, Ponny

ANAHÍ

 Meu segundo dia nesta maldita faculdade estava sendo pior do que eu havia imaginado. Como eu havia pensado todos já sabiam do que aconteceu no restaurante e para piorar Angelique estava levando  a fama de coitadinha. Eu saí como a vilã por ter dado um banho de vinho nela e um tapa na cara de Aarón.

Todos os amigos de Aarón pararam de falar comigo, não que eu me importasse, e para piorar estavam desdenhando e me hostilizando como se eu fosse uma caloura do primeiro ano.

 Voltei a estaca zero da sociedade acadêmica!

 A parte ruim disso tudo é que eu amava Aarón e nunca imaginei que ele me fizesse passar por esse tipo de humilhação em um restaurante depois de tantos anos de amizade. O pior de tudo foi ouvi-lo dizer que eu era sem graça e que não valia a atenção dele. Aquilo magoou bastante, me trocar por um par de peitos e um decote. A parte boa é que agora eu sabia quem ele era de verdade e dei graças a Deus por nosso relacionamento ter terminado.

 Respirei fundo quando entrei no refeitório e todos pararam para me olhar. O ambiente caiu em um silêncio pavoroso, para em seguida se encher de cochichos. Eu peguei a bandeja e atravessei o salão me sentando em uma mesa ao fundo de apenas dois lugares. Não havia porque sentar em uma  maior, já que Maite não me encontraria hoje e ninguém falaria comigo mesmo. Eu estava começando a prezar o silêncio que era meu melhor amigo nesse momento. Dava graças a Deus por ninguém querer falar comigo já que me tratavam de forma arrogante e com muito desprezo. Eu estava grata por aquele silêncio.

 Peguei meu livro de direito para passar as anotações para o notebook. Eu teria muito tempo hoje,  já que no fim da tarde de ontem fui demitida da Starbucks por xingar meu chefe.

Eu estava desolada e por isso cheguei atrasada pela primeira vez desde que comecei a trabalhar há três anos. Não satisfeito em brigar comigo ele passou o dia me diminuindo. Depois de aguentar horas com ele me rebaixando a tudo que há de ruim no mundo, eu o mandei para o inferno para comer capim. Acho que ele não gostou muito dessa ideia e me mandou embora sob os aplausos dos meus colegas de trabalho. Não que eles estivessem do lado dele, pelo contrário, os aplausos foram para mim!

 Agora eu precisava de outro emprego!

 – Oi! – Alfonso se sentou na cadeira á minha frente me tirando dos pensamentos. Ele pegou um livro que eu havia posto de lado e fez uma careta. – Você não se diverte não? – Ele perguntou folheando o livro. Eu suspirei retomando o fôlego que perdi com o susto que ele me deu.

 – Depende do que você chama de diversão! – Eu disse em tom debochado. – Se trepar com as garotas em um armário cheio de vassouras for considerado diversão, então eu dispenso! – Eu disse entre os dentes puxando o livro de suas mãos. Alfonso soltou uma risada que me fez arrepiar os pelos da nuca.

 – Alguém está de ovo virado! – Ele disse sarcasticamente enquanto colocava as mãos atrás da cabeça e se esticava na cadeira que era pequena demais para ele. A barra da camisa que ele usava levantou mostrando parte de seu abdome definido. Eu respirei desviando o olhar e voltei minha atenção ao que estava fazendo. Ignorar Alfonso era fácil já que ele era idiota o bastante para isso. – Sabe do que você precisa? Transar! – Ele disse sorrindo. Eu suspirei parando o que fazia e olhei para ele.

 – Sério! – Disse com um sorriso sarcástico. – E por acaso você está se candidatando a resolver esse problema? – Alfonso soltou uma gargalhada sem se importar com a minha provocação. Não era bem a reação que eu queria dele, pelo contrário, queria que ele caísse fora e me deixasse em paz com meus pensamentos!

 – Se você me permitir, posso levá-la a graus inimagináveis de diversão! – Eu engasguei perante sua arrogância. Quando olhei para ele, Alfonso estava balançando as sobrancelhas de forma divertida.

 Aquele bastardo idiota sabia que me afetava, mas não havia possibilidade no mundo que me  fizesse ir para cama com Alfonso!

 – Você é um porco sabia? – Disse em tom sério. – Nem por todo o dinheiro do mundo eu transaria com você! Você é arrogante, idiota e não gosto nem um pouco de você. Agora se me der licença eu gostaria de ficar sozinho pelos próximos seis meses! - Ele fez uma careta e um gesto de faca enfiada no peito.

 – Cara é por isso que não tem amigos! – Ele diz cruzando os braços. – Você é chata pra caralho e muito estressada. Já pensou em tentar ser legal com as pessoas? Se bem que pela altura do campeonato você só vai conseguir pedradas mesmo!

 Ah, então Alfonso já sabia da minha condição no campus! Que ótimo!

 – Sabe, eu estava aqui em silêncio me perguntando quem seria o próximo da fila a vir aqui zombar de mim porque o cara mais popular terminou comigo! – Eu disse recostando na cadeira e cruzando os braços. – Vai, fique a vontade! Nada do que disser me ofenderá, pois acredito que as piores frases já foram ditas! – Ele se esticou para frente e apoiou ambas as mãos na mesa.

 – Primeiro, eu não costumo chutar cachorro morto! – Ele disse levantando um dedo e fazendo cara de desdém. – Segundo, o cara mais popular do campus sou eu e não esse merdinha que todo mundo aplaude. E se quer saber, você fica melhor sem ele! – Ele disse, me surpreendendo com sua declaração e então sorriu.

 Aquele maldito sorriso era sua marca registrada. Qualquer garota se derretia perante aqueles dentes perfeitos e brancos que revelavam também aquela maldita covinha em seu queixo. Tive que respirar fundo para não ficar hipnotizada pela perfeição de seu rosto.

Mas se ele não estava ali para zombar de mim, o que ele queria então?