Fanfic: Amigos.... Só que não! - Ponny - Adaptada | Tema: RBD, AyA, Ponny

Alfonso e eu não éramos exatamente amigos. Eu o ignorava e ele não falava comigo, simples assim. E quando nos esbarrávamos, geralmente era para dizer o que pensávamos um do outro de forma bastante hostil.

 – Bem, se você não tem nada para fazer eu tenho! E se eu fosse você não ficaria muito perto de mim.– Eu disse começando a desligar meu notebook. Não fazia ideia do porquê ele estava falando comigo e não queria ficar para descobrir. – Se não percebeu, você está acabando com sua reputação sentado aqui comigo! – Ele fez uma careta e logo em seguida sorriu com desdém.

 – Não que eu me importe, mas minha reputação permanece intacta! – Ele respondeu passando a mão no cabelo. – Além disso, meus amigos não são tão esnobes a ponto de me renegarem por conversar com a rainha de gelo! – Lá estava aquela expressão novamente e eu estava confusa sobre aquele apelido ridículo. Eu pensei que apenas Angelique me chamava de rainha, mas parece que era algo bem conhecido pelo pessoal do campus.

 – O que quer dizer quando me chama de rainha de gelo? – Perguntei curiosa. Ele sorriu e então tirando uma sujeira imaginária das unhas respondeu.

 – Por que você parece uma pedra de gelo antissocial? – Ele respondeu com um sorriso brincalhão.

Eu bufei e comecei a recolher meus livros e colocar dentro da mochila.

 Já estava cansada de ouvir tantos desaforos e mataria alguém se continuasse. Por isso eu mataria  as duas próximas aulas e iria para casa, onde ninguém me perturbaria.

 – Espere! – Alfonso disse segurando minhas mãos para que eu não colocasse o notebook na mochila. Eu respirei fundo ao sentir suas mãos ásperas tocando minha pele. – Eu não vim aqui para fazer a sua vida piorar. Pelo contrário, eu gostaria de ajudar você a sair desse inferno astral! – Ele disse enquanto eu puxava as mãos e cruzava sob o peito. Tentava ignorar o fato de que o local formigava.

 – Como assim? – Perguntei tentando acabar com aquela conversa idiota. Ele suspirou e pediu que eu me sentasse novamente fazendo um gesto com as mãos. Eu estava curiosa demais para saber o que ele tinha em mente, então olhei de um lado para o outro e me sentei novamente

 – Eu posso fazer com que você se torne popular novamente e as pessoas parem de te encher o saco! – Ele disse sorrindo com arrogância. Eu franzi a testa e sorri com sarcasmo.

 – Por que eu iria querer isso? – Perguntei com desdém.

 – Porque é muito mais fácil esnobar as pessoas quando você é popular! – Ele respondeu fazendo com que eu risse genuinamente pela primeira vez desde sexta-feira. Ele tinha razão sobre isso, mas eu preferia comer terra a ter toda aquela atenção voltada para mim novamente.

 Se bem que seria bem melhor receber a atenção de antes, do que ficar sofrendo bullying como se eu estivesse no ginásio. Mas era o Alfonso e com certeza ele não faria aquilo de graça!

 – Certo, digamos que por um momento de falta de insanidade eu queira sua ajuda! – Eu digo recostando na cadeira. – O que você ganha em troca dessa bondade? – Perguntei com curiosidade. Ele sorriu com desdém.

 – Nada de mais, só algo que você tem de sobra e ao me dar um pouco nem te fará falta! – Ele respondeu com sorriso debochado no Eu bufei batendo na mesa e peguei a mochila, pronta para levantar.

 Eu sabia! Alfonso sempre tinha uma conotação sexual por trás de suas ações!

 Ele agarrou meu pulso me puxando de volta e me fazendo sentar. Eu olhei em volta e vi que todos nos olhavam com curiosidade. Eu estava cansada daqueles olhares que transmitiam os pensamentos sobre o que as pessoas estavam bolando uma boa historia para fazer de mim alvo de suas fofocas.

 – Calma princesa! Acredite em mim, você é a última pessoa em quem eu pensaria transar. Além disso, quem pensaria em transar com alguém que se veste desse jeito? – Ele perguntou apontando de cima para baixo. Eu olhei para minha saia de flanela xadrez que ia até um pouco acima dos joelhos e meu cardigã cor pastel e franzi a testa.

 – O que tem minha roupa? Sinto-me muito confortável com ela! – Perguntei ajeitando o cardigã Alfonso fez uma careta e um gesto de quem vai

 – Tirando o fato de que você está ridícula e sem atração alguma, além de parecer com a filha de um político... – Ele disse passando a mão no queixo e sorrindo com desdém. – Eu diria que tudo! – Eu bufei revirando os olhos para sua argumentação. Eu não me vestia para os outros, eu gostava de me vestir confortavelmente, mas tinha que concordar que eu não tinha muita noção de moda.

 – Ok, então se já terminou de justificar seu súbito interesse de forma bastante direta no meu estilo de me vestir, eu vou embora! – Disse fazendo menção de me levantar, mas ele me parou novamente.

 Aquilo já estava ficando chato!

 – O senhor Keller quer me reprovar por excesso de faltas, mas me deu a chance de recuperar a nota se eu apresentar uma tese até o fim do semestre. – Ele explicou em tom desanimado. – Ele disse que eu poderia ter um tutor para me ajudar a aprontar o projeto e ele me indicou você! – Eu prendi a respiração.