Fanfic: Amigos.... Só que não! - Ponny - Adaptada | Tema: RBD, AyA, Ponny

– Anahí? – Ouvi Aarón me chamar após alguns cochichos. Eu suspirei e me virei sorrindo. – Sim?– Respondi como quem não se lembrava da voz que me chamava. Ele soltou Angelique que estava com os olhos arregalados me olhando de cima em baixo. – É você mesma? – Ele perguntou se aproximando como se não acreditasse no que via e eu respirei fundo.

 – Sim, algum problema em me ter como orientadora hoje? Se houver é só falar com o senhor Keller! – Perguntei fingindo não entender sua pergunta.

 – Não, de maneira alguma... – Ele fez uma pausa e respirou fundo. – Você está diferente, só isso! – Eu encolhi os ombros fazendo pouco caso. Ouvi quando Angelique bufou e cochichou algo em seu ouvido.

 – Engano seu, ainda sou a mesma pessoa senhor Diaz! – Eu disse virando para pegar alguns dos papéis que estava arrumando. Ouvi aplausos por trás de mim.

 – Que palhaçada é essa? Por acaso você não está tentando imitar a mim, está? – Angelique perguntou chegando perto. Eu sorri para ela com desdém.

 – Não, para imitar você eu teria que passar semanas em uma clínica de estética e sabe como é... – Disse sorrindo com deboche. – Eu tenho pavor de agulhas e bisturis! Por essa razão fique tranquila, o seu exemplar é único! – Toda a sala caiu em uma sonora gargalhada, incluindo seu séquito de Barbies geneticamente modificadas, enquanto Angelique me olhava com fúria. Ela sorriu para mim e com audácia agarrou Aarón enfiando a língua em sua boca com vontade. Eu os olhei com nojo e abaixei a cabeça com desconforto enquanto ele agarrava sua bunda em público.

 Eles dois faziam um par perfeito de idiotas!

 Balancei a cabeça quando ela soltou Aarón e sorrindo eles foram se sentar. Angelique sabia como humilhar as pessoas e aquilo era bastante constrangedor. Estava quase saindo da sala para chorar de ódio quando ouvi um assovio.

 – Caramba, se eu soubesse que essa aula era ministrada por uma professora tão gostosa eu já teria vindo a mais tempo! – Alfonso disse sorrindo e parando na soleira da porta. Eu sorri genuinamente para ele. Estava cada vez mais fácil sorrir para Alfonso depois do dia de ontem. Ele se mostrava um completo idiota que não se importava com nada, mas, no fundo, ele era como eu. Apenas fugindo do mundo que tentava se impor a nós.

 Eu havia pesquisado sobre a família Rodrigues ontem quando cheguei ao meu apartamento. Ruth foi casada com Charles até Alfonso completar 18 anos e eles se divorciarem. Os jornais não divulgavam fotos da nova esposa de Charles, acredito porque ela seja uma pessoa discreta. O que se sabe é que ela é bem mais nova que Ruth.

Havia fotos de Alfonso com uma garota loira ao lado. Ela tinha os cabelos loiros bem lisos até a cintura e traços latinos. Seus olhos eram cor de mel e seu sorriso era perfeito. Era magra e quase da altura de Alfonso. Devia ter uns 18 anos na época e pelo que entendi  era namorada  de Alfonso. A partir dos 19 anos dele, não havia mais nenhuma  informação sobre eles, apenas o pai  que constantemente aparecia por causa da empresa e a mãe, que era artista e vivia aparecendo em exposições.

 Alfonso veio entrando na sala e me abraçou pela cintura me dando um beijo. Embora tenha sido rápido, ele fez questão de mostrar como beijava bem.

 Idiota!

–  Oi raio de sol! – Ele disse enquanto me levantava em seu colo. Eu gargalhei quando ele começou a me balançar de um lado para o outro.

 – Pare Poncho ou farei xixi de tanto rir! – Eu disse por que ele estava fazendo cócegas em mim. Parecia que éramos os melhores amigos. – O que está fazendo aqui? Pensei que odiasse direito empresarial! – Ele sorriu antes de me colocar no chão e me deu um beijo no queixo.

 – Hey, você concordou em me ajudar, embora eu ainda acredite que seja só pelo meu charme... – Ele começou a rir quando eu dei vários tapas nele. – Calma aí estou sendo realista. Decidi colaborar um pouco! – Eu continuei dando tapas nele enquanto ele gargalhava.

 – Você é presunçoso, isso sim! – Foi minha vez de rir quando ele segurou meus pulsos e fez cocega. Eu me contorci até que ele parou quando o senhor Keller pigarreou e veio entrando. Ele acompanharia a aula caso eu precisasse de ajuda.

 – Fico feliz que o senhor tenha decidido se juntar a nós e que tenha feito amizade com a senhorita Portilla! – Ele disse se aproximando de nós. – Mas tentem não exagerar nesse afeto todo dentro da minha sala de aula! – Nós dois começamos a gargalhar. Alfonso então foi se sentar e pude ouvir o burburinho.

 Todas as meninas cochichavam enquanto me fuzilavam com os olhos. Não fazia ideia do porque, afinal de contas ele não era propriedade privada. Aarón não parava de me olhar, o que estava fazendo com que eu me sentisse desconfortável. Todas as vezes que Alfonso percebia ele fazia uma careta e eu começava a rir.

No fim da aula todos saíram deixando-me sozinha para desligar os equipamentos. Estava distraída com meus fones no ouvido quando senti uma mão em meu ombro e eu me assustei.

 – Me desculpe! Posso falar com você? – Aarón perguntou colocando as mãos nos bolsos. Eu suspirei e recostei na mesa.

 – Sim, claro! É algo sobre a matéria? – Perguntei cruzando os braços. Ele sorriu para mim aquele sorriso que eu costumava amar e que agora, parecia apenas um sorriso.

Claudia Alvarez, ex namorada de Alfonso, um dos motivos de ele não querer mais saber de relacionamento serio. Capaz de uma traição que deixou grandes cicatrizes até hoje.