Fanfic: Amigos.... Só que não! - Ponny - Adaptada | Tema: RBD, AyA, Ponny

Maite apertou a campainha da porta e eu parei atrás dela tapando meu rosto com o pacote de sopa que eu havia comprado. Anahí abriu a porta sem olhar para ver quem entrava. Ela estava falando ao celular e vestia uma calça jeans, camisa de seda com mangas longas e estava descalça. Os cabelos estavam presos em um emaranhado de cachinhos caindo por todos os lados.

 Eu entrei seguindo Maite e fechei a porta ficando parado com a cara mais séria que eu possuía. Anahí ainda não havia virado e por isso não vi seu rosto. Ela terminou de falar se virou sorrindo para cumprimentar Maite, mas seu sorriso morreu imediatamente quando ela me viu. Fechei  meus olhos com força para o que eu vi.

 O rosto de Anahí estava bastante machucado, mas as marcas já sumiam. Havia um pequeno roxo na parte de baixo do olho esquerdo e alguns cortes no supercílio direito, nos lábios e na maçã direita. Ela respirou rápido começando a hiperventilar e então me aproximei.

 – Alguém me disse que estava gripada! Então trouxe sopa e também... – Parei sorrindo e coloquei o pacote em cima da bancada enquanto ela me olhava retorcendo as mãos. – Um presente! – Terminei puxando o relógio do bolso. Ela arregalou os olhos com surpresa.

 – Meu relógio! – Anahí disse extasiada, mas franziu a testa olhando feio para Maite. – Maite? – May suspirou e encolheu os ombros em gesto de defesa. Então fez uma careta levantando as mãos.

 – Não olhe para mim! – Ela disse dando um passo à frente e abrindo o pacote. – Você disse para eu sair correndo e foi o que fiz! Não tenho culpa se ele é rápido demais! – Ela disse pegando um dos potes de sopa e abrindo.

 – Por que não me contou? – Perguntei pegando seu pulso para colocar o relógio novamente. Aquele relógio havia sido um presente de minha mãe, mas a sugestão fora minha. Ela suspirou quando coloquei minha mão no seu queixo e puxei para o lado.

 – Não queria que fosse atrás de Aarón e se machucasse! – Eu sorri para ela então e com arrogância disse em seu ouvido.

 – Se esqueceu do que já me viu fazer? Sou capaz de quebrar os ossos de um por um e te garanto, eles seriam os únicos machucados! – Ela engasgou e se arrepiou ao som da minha voz. Então sorriu para mim com o sorriso que eu adorava e que não via há dois dias. – Assim é melhor! E não se preocupa, só não estão arrebentados na emergência, por sua causa! – Disse soltando sua mão e caminhando para o balcão. Maite me olhava com um sorriso admirado.

 – Então estão vivos? – Ela perguntou em tom divertido. Eu gargalhei sonoramente. – Sim, mas garanto que não mexerão mais com você ou então, não respondo por mim! – Respondi sem esconder o prazer de ter ameaçado aquele bando de desgraçados. Ela franziu a testa sem entender e eu ia explicar quando meu telefone tocou. Era uma mensagem da minha mãe perguntando se eu já estava a caminho do jogo de Dulce Maria.

 Dulce Maria era minha prima, filha da irmã caçula da minha mãe. Ela tinha 17 anos e nós nos adorávamos desde muito pequenos. Ela jogava beisebol e era a única da minha família que sabia sobre as lutas. Muitas das vezes ela vinha me assistir e depois saiamos para alguma boate, cujo amigo do pai dela era dono. Isso me garantia algumas bebidas e a ela, diversão de gente grande.

Dulce Maria era muito responsável, apesar da pouca idade. Era como eu na verdade, longe dos pais ela podia ser mais como ela, mas perto deles ela tinha que agir como os convinha. Eu já não aceitava ou seguia aquelas etiquetas, mas ela ainda não se libertara. Ela faria 18 anos esse ano e estava sendo treinada na Liga de Yale para debutar no fim do ano.

– Era minha mãe! – Eu disse levantando a cabeça com um suspiro. – Gostaria de ir a um jogo de beisebol? – Perguntei sorrindo para ela. Maite pigarreou e eu sorri para ela também. – Sim Maite, você está convidada também! – Eu disse fazendo com que ela pulasse de alegria.

 – Jogo de beisebol? – Anahí perguntou curiosa.

 – Sim, minha prima joga hoje e eu tenho que estar lá. Haverá uma festa logo mais com direito a fogueira. Meus amigos irão, se quiserem ir! – Expliquei fazendo uma careta. – Eles querem conhecer você! São um bando de loucos, mas são legais! – Eu disse sorrindo. Ela sorriu suspirando para mim mas assentiu. Nós saímos em direção a Kingsborough Athletics Field para assistir a partida de beisebol de Dulce Maria.

 Eu sorri internamente porque estava a cada dia mais gostando da ideia de ter Anahí como amiga e tinha a impressão de que Dulce Maria e os outros gostariam dela também. O idiota do Aarón não soube valorizar a amiga que tinha, mas eu estava determinado a protegê-la, pois tinha a desconfiança de que poderia contar com ela em qualquer situação.

 Eu respirei fundo, pois seria a primeira vez que eu poderia ser eu mesmo na frente de uma garota sem dar nada em troca.