Fanfic: Amigos.... Só que não! - Ponny - Adaptada | Tema: RBD, AyA, Ponny

Foi mal meninas tinha postado pelo celular e nem vi q era o capitulo errado agr ta certinho!

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Dulce Maria falava de um Alfonso que eu nunca imaginei ver na minha vida. Lembro que quando o vi pela primeira vez na faculdade ele tinha cabelos mais compridos e flertava com todas as garotas do corredor. Eu só escapei porque o chamei de idiota e ele riu. Ele fazia pouco todas as vezes que eu o xingava.

 – Um mês depois de entrar para a faculdade, ele decidiu cortar o cabelo e manter a barba mais rente, mas aí começou a aparecer com várias garotas diferentes, uma para cada dia da semana, ele dizia! – Ela sorriu fazendo careta – Depois de um ano mais ou menos, ele diminuiu o fumo e a bebida, mas não o sexo e as lutas. Constantemente ele vive naquele maldito clube e acredito que seja para extravasar sua raiva! – Ela disse terminando de beber o restante do líquido amargo. – Agora, o vejo sorrir com vontade e isto vem ocorrendo desde que se conheceram! – Ela disse olhando para mim e pegando minha mão. – Seja lá o que vocês forem um do outro, eu nunca vi meu primo ser tão ele quando está perto de você. – Eu suspirei olhando para ela e sorri.

 – Nós somos só amigos. Eu sei o que é estar oprimida, por isso o deixo ser quem é, mesmo que seja um idiota arrogante! – Dulce Maria gargalhou para mim chamando a atenção de Alfonso que acenou. Ela confirmou com um olhar cúmplice de quem responde a uma pergunta silenciosa e ele voltou a conversar com a garota.

 – Você já debutou? – Ela perguntou de repente. Eu fiz uma careta para a mudança repentina de assunto.

– Não em uma festa como as da Liga de Yale, mas isso ocorrerá no fim do ano, segundo minha mãe! – Eu suspirei em um gesto de desagrado. Dulce Maria colocou o queixo sob os joelhos de encontro ao peito e suspirou com ar tristonho.  – Você não parece muito feliz também! – Eu disse avaliando suas feições. – Eu fiz dezenove anos esse ano e minha mãe quer me enfiar em um vestido bufante para desfilar para a alta sociedade. Eu odeio isso, mas farei só para deixá-la contente! – Eu desabafei. Dulce Maria me olhou sorrindo.

 – Vestir um vestido bufante não é nada, o problema é não poder entrar com Mike como acompanhante! – Ela disse jogando os braços para o ar e eu franzi a testa.

– Ele é seu namorado? – Perguntei curiosa. Ela gargalhou para mim colocando a mão no peito.

 – Quem me dera! Ele é meu melhor amigo na verdade e é... – Ela olhou de um lado para o outro e colocou a mão na boca – Homossexual! – Eu arregalei os olhos. Aquilo era muito comum em nosso meio.

 Os homossexuais não eram muito bem-vistos, mesmo se tivessem dinheiro. Minha mãe os aceitava perfeitamente, mas havia quem não aceitasse, como era o caso da família de Dulce Maria.

 – Quer saber? Eu se fosse você, falava com a minha mãe e aposto que ela substitui ele como seu par sem dizer nada! – Eu disse e seu rosto se iluminou – Diga que você é minha amiga e tenho certeza que ela a ajudará! – Dulce Maria se jogou em meus braços sem pensar e me abraçou com felicidade.

 – Obrigada! Você é um anjo! – Ela disse antes de me soltar e sair correndo em direção a um rapaz lourinho, que eu presumo, seja Mike. Ela disse alguma coisa apontando na minha direção e os dois começaram a saltitar de felicidade.

 Com certeza aquele era o Mike!

 Fazia tempo que minha mãe queria acabar com aquela estupidez das famílias proibirem suas filhas de serem acompanhadas por um rapaz só porque era homossexual. E apesar de ser muito tradicional, ela estava começando a mudar em algumas questões.

– O que disse para ela sair pulando tão contente? – Perguntou Alfonso se aproximando de mim. Eu o olhei de cima em baixo me perguntando onde estava a garota.

– Nada, só dei um pouquinho de esperanças a ela! – Eu disse sorrindo enquanto ele me entregava uma garrafa de cerveja. – Não, eu não bebo! – Respondi recuando.

– Ah, mas hoje é o dia da libertação! Você vai beber até cair e depois te levo para casa! – Eu gargalhei franzindo a testa para ele. Eu peguei a garrafa de cerveja da mão dele e fiz uma careta.

 – Ok! Eu aceito se você me responder a duas perguntas! – Eu disse e Alfonso arqueou a sobrancelha quando fiquei de pé me aproximando para pegar a garrafa.

 – Primeira, você me ensina autodefesa? – Ele me avaliou e então suspirou

– Não, o que eu luto é muito perigoso para uma garota! – Ele respondeu cruzando os braços. Eu sabia que ele responderia isso então parti para algo mais pesado, do tipo chantagem.

 – Ok, então neste caso... – Disse rodeando ele e na ponta dos pés eu sussurrei em seu ouvido. – Eu não ajudo mais! – Alfonso engoliu em seco no primeiro momento e eu não sabia se ele estava zangado ou era outra coisa. Então ele fechou os olhos e gargalhou.

 – Uma negociadora... E das boas! – Ele disse se virando para mim e suspirando. – Feito, mas com uma condição, você nunca usará o que aprender com imprudência! – Eu assenti e ele continuou. – E a segunda pergunta? – Ele disse enquanto eu dava pulinhos de alegria.

 – O que houve com a morena? Pensei que você sairia daqui com ela! – Perguntei tomando um gole daquele treco Ele riu da minha careta.

 – A intenção era essa, mas ela tem namorado! – Ele respondeu e eu me engasguei.

 – Espere! Você não saiu com ela porque ela tem namorado? Pensei que você não se importasse com isso! – Eu disse abismada com a revelação dele. Ele fez uma careta e tomou um gole da sua garrafa

– Eu sei o que é ter um coração partido, então só saio com garotas solteiras! – Ele disse fazendo com que eu gargalhasse.