Fanfic: Amigos.... Só que não! - Ponny - Adaptada | Tema: RBD, AyA, Ponny

– Pronta? – Ela assentiu e saímos. Quando entramos no corredor, o som alto da festa de Aarón invadiu o ambiente. De repente a porta se abriu com Aarón caindo no chão agarrado a uma loira peituda.

 Anahí arregalou os olhos quando ele a olhou, então balançou a cabeça para ele fazendo gesto de desprezo. Ele ficou nos olhando ainda no chão, então eu bati continência sorrindo e para a minha surpresa, Anahí deu o dedo do meio para ele deixando Aarón chocado. Eu gargalhei quando a porta se fechou e o elevador se pôs em movimento.

 Os funcionários cumprimentaram Anahí que acenou sorrindo da mesma forma como fez quando estava bêbada. Ela não parecia confusa, então algo me dizia que daquilo ela lembrava. Peguei a Hayabusa que estava na garagem e partimos para o local do clube. Eu fui  todo o caminho esquematizando como faria para os lutadores não a incomodarem como Luke fez. Só havia duas escolhas e eu pretendia pôr em prática as duas, mesmo que isso fizesse minha sanidade ir pelo ralo.

 – Ouça, você virá comigo para os bastidores! – Eu disse quando descemos da moto e entramos no beco. – Desta forma nenhum dos lutadores perturbará você. Mas ainda assim, você corre o risco de alguns deles não respeitarem e tentarem alguma gracinha. – Eu respondi passando pelas pessoas enquanto ela caminhava à minha frente.

 – Então esse seu plano de me colar em você literalmente é meio que idiota! – Ela respondeu sorrindo enquanto as pessoas a cumprimentavam como se ela fosse a grande estrela. O fato é que ela estava comigo e aquilo fazia dela praticamente uma celebridade.

 – Por isso pretendo executar o plano B! – Antes que ela pudesse pensar eu segurei seu braço e a encostei na parede pressionando com meu corpo. Sem pensar em mais nada ou dar chances para ela reagir agarrei seu cabelo e a beijei.

 No início ela tentou empurrar e eu precisava que ela se entregasse para que aquilo ficasse verdadeiro. Aos poucos ela foi se entregando ao beijo e soltei seu cabelo e pegando sua bunda eu a ergui em meu colo contra a parede. Fui intensificando o beijo e ela foi correspondendo da mesma forma. Ouvi gritos e aplausos das pessoas na entrada do clube e essa era a minha deixa.  Fui diminuído o beijo e encostei a testa na sua com meus olhos fechados para recuperar o fôlego.

 – Pronto, agora ficou claro que você me pertence e ninguém vai perturbá-la! – Eu disse Anahí abriu os olhos respirando fundo e franziu a testa.

– Espere! Você me beijou porque não quer que ninguém se aproxime de mim? – Ela perguntou se soltando. Eu franzi a testa para ela e cruzei meus braços.

 – Pensei que não quisesse ser perturbada! – Eu disse levantando uma das sobrancelhas. – E isso me deixará mais tranquilo sabendo que ninguém tocará em você. Eu poderei perder a luta se perder a concentração! – Eu disse sorrindo para ela, mas Anahí não parecia contente. Ela estava zangada pra caralho.

 Mas por que ela estava zangada?

 – Você achou? – Ela perguntou fechando o punho. – Você notou quantas vezes disse a palavra eu? Por que todo mundo faz as coisas sem me consultar? Já parou para pensar que eu poderia querer ser incomodada? Que eu poderia querer sair daqui com alguém? – Ela perguntou empurrando meu peito. – Não acredito que você me beijou só para marcar território Alfonso, sabendo que somos amigos e que possivelmente irei para casa sozinha! – Ela disse esbravejando.Seus olhos ardiam com ódio e eu podia sentir a minha pele ser queimada por eles.

 Eu não estava entendendo sua reação! Por que ela estava tão brava?

 – Hey, que eu saiba você me beijou de volta! – Eu disse entre os dentes com sarcasmo.

 – Ah, .. Eu esqueci disso! O gostoso e arrogante Alfonso! Irresistível para qualquer garota! – Ela disse dando um soco no meio do meu olho fazendo com que eu desse um passo para trás. – Só para constar, não foi o beijo e sim o motivo que o levou a fazer isso, já que você não entende nada seu estúpido arrogante! – Ela deu um passo e começou a andar na direção da saída do beco.

 – O que está fazendo? Aonde você vai? – Eu gritei vendo ela se afastar.

 – Para casa porque ninguém me diz o que fazer! – Ela respondeu sem olhar em meus olhos - Meu pai tenta, mas não me diz o que fazer; Minha mãe ainda leva alguns pontos, mas também não me diz o que fazer, não será um idiota arrogante com um motivo mesquinho que me dirá o que fazer! – Ela respondeu sem se virar e sumiu dobrando a esquina.

 Eu fiquei olhando abismado para a garota rebelde que em nada lembrava a menina com roupas de mulher de político que eu conheci no campus. Aquilo era tudo o que ela queria, liberdade, e eu fui mais um idiota que tentou tirar isso dela. Eu recostei na parede com a mão no olho que doía. O soco de direita dela foi perfeito e ela bateu como se soubesse daquilo há anos.

 Mas eu tive que assumir que sua boca era macia e quente, talvez aquele tenha sido o melhor beijo da minha vida. Eu suspirei para os motivos egoísta que me fizeram fazer aquilo.

 Eu estava com ciúmes e isso era claro, só não entendia o por quê!

 Anahí era minha única amiga. Rezava para que eu não a tenha perdido e que ela estivesse mais calma amanhã, então eu pediria desculpas, pois tive que concordar que a privei de se divertir com alguém essa noite.

Mas, porque diabos eu fiz isso?