Fanfic: Amigos.... Só que não! - Ponny - Adaptada | Tema: RBD, AyA, Ponny

Anahí

Era manhã de segunda-feira e o dia estava frio. Eu coloquei minha calça jeans, botas uma blusa de lã rosa e um sobretudo. Não falava com Alfonso desde a noite anterior quando ele me beijou para impedir que nenhum dos lutadores ou qualquer um se aproximasse de mim. Eu fiquei com raiva quando percebi que ele me beijou apenas para impedir que qualquer um se aproximasse.

O beijo me pegou de surpresa e foi algo que eu jamais experimentei. Teria rido se Alfonso não tivesse feito aquilo por um capricho egoísta e machista. Não era para minha segurança e sim para inflar seu ego ridiculamente idiota.

Fora que ele conseguiu tirar toda a diversão da noite!

 Eu tinha planos de me divertir aquela noite e quem sabe flertar um pouco, mas o idiota tinha que estragar tudo com aquele maldito beijo. E para piorar eu tinha gostado de beijar Alfonso!

 O que estava acontecendo comigo? Nós erramos amigos ou assim eu achava!

 Pedi a Maite que levasse as anotações para a biblioteca e entregasse a Alfonso. Não queria falar com ele, pois ainda estava sentindo muita raiva.

 Parei na Starbucks e comprei um café, então fui caminhar no parque ali perto. As aulas de hoje eram minhas opcionais e por isso escolhi faltar. Parei em frente a uma das lojas de vestido de gala e entrei. Quinta a noite era a exposição de Ruth e ela me convidou. Claro que meus pais iriam também mas eu os veria lá.

 A loja não tinha muitas variedades e decidi esticar até a BCBG, muito famosa por seus muito estilistas. Peguei um táxi e parti para a Quinta Avenida com a Vinte e Dois.

A loja estava bastante cheia, acho que todo mundo teve a mesma ideia que eu. Uma vendedora se aproximou de mim e me olhou de cima em baixo fazendo uma careta. Eu sorri para ela e descrevi a ocasião, então ela me conduziu até um dos cubículos e começou a trazer vestidos.

 Depois de quase uma hora olhando vestidos eu me deparei com um Valentino lindo. Ele era negro de mangas até os cotovelos. A parte do corpete e manga  era feita em tela transparente com bordados e desciam até a cintura de onde saía uma saia de duas camadas solta e bem rodada que ia até o meio das coxas. As costas tinham um leve decote em V que ia até a metade. Como o clima de NY era frio nesta época do ano aquele vestido era a melhor pedida. E eu tinha os sapatos perfeitos para isso. Tratava-se de um Louboutin cor da pele bordado com motivos de borboletas. Era lindo e eu nunca o havia usado.

Estava prestes a sair da loja quando meu celular tocou e era Maite. Havia uma mensagem dela. “Senhor perfeito não apareceu na biblioteca e nem no campus hoje. Deixei seus livros em seu apartamento. Beijos!”

Que estranho! Por que Alfonso não foi ao campus hoje?

 Nós havíamos combinado de ir a biblioteca para terminar de montar a tese e escrever um resumo.

Ele ficou de me passar algumas anotações de direito penal.

 Algo estava errado!

 Peguei um táxi e fui direto para o apartamento de Alfonso. Chegando lá os funcionários sorriram e houve aqueles que tentaram impedir que eu subisse. Mas disse que fiquei de deixar um embrulho na porta do apartamento e eles me deixaram passar quando apontei a sacola. Cheguei ao apartamento e toquei a campainha. Ouvi passos e logo a voz rouca de Alfonso soou lá de dentro.

–  Quem é? – Ele perguntou vindo em direção a porta.

– Arrumadeira! – Respondi com uma voz esganiçada. Ele destrancou a porta e abriu de pronto.

– Acho que você se enganou porque, hoje não é dia de arrumadeira… – Ele respondeu com a frase morrendo em seus lábios ao abrir a porta.

– Meu Deus Alfonso o que houve com você? – Perguntei assustada com os ferimentos em seu rosto. Ele estava com um corte no supercílio, um no lábio inferior e outro acima do nariz.  Seu olho direito estava inchado e roxo. Ele suspirou e fez uma careta colocando a mão direita sob a costela esquerda. Eu me aproximei dele colocando a sacola no chão e tirei a mão dele de cima de sua costela.

 Ele fechou os olhos quando levantei a camiseta e vi seu abdome roxo. Alfonso encolheu a barriga e sorriu quando passei a mão nas costelas.

 – Cuidado! Isso faz cócegas! – Eu o olhei franzindo a testa com uma cara feia. – Você foi ao hospital? – Ele respirou fundo e baixou a camisa se Suas calças de moletom pendiam na cintura e seus pés estavam descalços. Ele se jogou no sofá fazendo uma careta de dor.

 – Sim! Disseram que vou viver, embora eu duvide muito disso! – Ele disse colocando o braço sobre os olhos. – O que está fazendo aqui? Pensei que nunca mais quisesse falar comigo! – Eu suspirei e me sentei ao seu lado.

– E não ia mesmo! – Respondi recostando e cruzando os braços. – Maite disse que você não apareceu na biblioteca e nem mesmo no campus. Fiquei preocupada, pois deixei as anotações com ela para te entregar! – Expliquei olhando para o teto.

 – Ah, é mesmo! – Ele disse estalando a língua. – Nós estudaríamos hoje na biblioteca. Eu estava sentindo muita dor, por isso não fui à aula! - Disse ele colocando as mãos atrás da cabeça e inclinando o rosto para me olhar.

 – Como foi que apanhou deste jeito? – Perguntei curiosa, Alfonso tinha um autocontrole e habilidade inacreditável, por isso estranhei o fato de ele ter apanhado tanto. Ele sorriu para mim.