Fanfic: Amigos.... Só que não! - Ponny - Adaptada | Tema: RBD, AyA, Ponny

Eu não sabia e estava em pânico por achar que Aarón tenha ido até o fim, embora eu não sentisse nenhuma dor entre as pernas. Afastei os lençóis e constatei que não havia nenhuma lesão ou marcas  de dedos nas minhas pernas. 

Se eles tivessem feito algo, acredito que estaria toda roxa! 

A porta se abriu e um médico entrou. Ele sorriu para mim e me examinou verificando pressão e também o que eu achava ser uma concussão, porque a cabeça doía bastante. Ele explicou que eu tinha um corte e um galo na testa, escoriações nos braços, um corte no lábio, mas nada mais sério.

Disse que eu havia sido vítima de uma tentativa de abuso, que não chegou a ser concluída graças ao meu amigo que chegou a tempo. Eu fiquei confusa então ele chamou meus pais que estavam no corredor. Eles entraram junto com Alfonso que tinha o braço direito enfaixado. 

Ele estava vestindo uma camiseta sem mangas e calças jeans com sua tradicional bota de combate.

Havia um corte em seu lábio superior, mas, em geral, ele continuava sexy. 

– E aí raio de sol? – Alfonso perguntou pegando minha mão depois que minha mãe me abraçou e chorou. – Como se sente? – Eu tentei sorrir, mas o corte não deixou e eu levei minha mão á boca. 

– Como se tivesse sido atropelada! – Respondi. – Como foi que descobriu onde eu estava? – Perguntei curiosa. O médico disse que ele chegou bem a tempo, então de alguma forma ele descobriu onde eu estava. Alfonso se abaixou para ficar a altura dos meus olhos e suspirou. 

– Eiza, uma garota com quem já saí, apareceu no meu apartamento e me seduziu! – Ele começou a explicar e fez uma careta. Isso significava que ela tinha conseguido o que queria.

– Foi por isso que você não me atendeu? Fiquei um tempão tentando avisar que o jogo foi remarcado e você sumiu! – Eu perguntei fazendo um gesto de puf com as mãos. 

Por que tudo em Alfonso girava em torno de transar com alguém? 

– Não, eu havia dormido depois de ter ficado horas tentando decifrar aquele quebra-cabeças que você me mandou. E... Hum... – Ele explicou com tom desgostoso e fazendo uma careta. 

– Você transou com ela não é mesmo? – Perguntei já sabendo a resposta. Ele encolheu os ombros e assentiu. Eu fiz uma careta de desgosto.

– Mas não vem ao caso, o que importa é que eu achei estranho ela aparecer de repente e para piorar sem saber meu endereço. Mais estranho ainda é que depois ela queria mais, mesmo sabendo que eu não costumava repetir, ela insistiu! – Ele disse passando as mãos pelo cabelo. Eu suspirei com um olhar reprovador. 

– Eu sei que já disse isso, mas vou repetir... Você é nojento! – Eu disse balançando a cabeça e pedi que ele continuasse.

– Eu sei! Mas, o fato é que estranhei a forma insistente com que ela estava querendo ficar e então a pressionei. Eiza confessou que Aarón havia mandado que ela me distraísse para que eu não fosse ao jogo e assim ter a oportunidade de agarrar você. – Ele suspirou soltando o ar com raiva. Alfonso parecia arrependido de ter caído no golpe de Eiza, mesmo que houvesse tido tempo de ele me salvar. 

– Então você a mandou embora e correu para o estádio? – Perguntei tentando entender. Ele assentiu e pegou minha mão com um olhar tristonho. 

– Quando cheguei, Christian já havia entregado o bilhete e me disse para onde você estava indo. Então fui atrás e quando cheguei ao vestiário, você já estava desmaiada. Lutei com Shane e Bruce, e consegui derrubar Aarón. Eles foram presos em flagrante e eu a trouxe para cá! – Ele contou em resumo tudo o que ocorreu. Eu arregalei meus olhos. 

Se Alfonso não tivesse essas regras estupidas para transar com as garotas e tivesse caído nos braços de Eiza, eu poderia estar internada a essa altura com sérios problemas.

Aarón me contou em detalhes o que faria comigo e Shane fez questão de acrescentar outras coisas também. Eles eram bastante pervertidos e estavam ao mesmo tempo me amedrontando. 

– Meu Deus! Apesar de não concordar com essas suas regras ridículas, dou graças a Deus que você as possui! – Eu disse com voz embargada e respirando de alívio. Alfonso podia muito bem ter ficado a noite toda com Eiza, mas optou por me salvar e isso, eu não esqueceria nunca.

Ele podia ser a maior puto do campus, mas ainda sim tinha discernimento e integridade! 

– Está tudo bem agora! Eles estão presos. – Alfonso disse beijando minha testa em um gesto para me acalmar. Meu pai fazia caretas ao ouvir o que Alfonso contava, mas não aprovou ou reprovou nada.  Ele não tinha mania de fazer julgamentos.

– Bem querida, o médico disse que você está bem e que sairá ainda esta noite! – Minha mãe disse segurando minha mão. – Nós teremos que ir a uma conferência em Boston, acha que consegue ficar sozinha? – O sorriso que eu carregava nos lábios sumiu de repente e logo deu espaço a uma carranca.

Minha mãe tinha essas manias, as conferências sempre foram mais importantes do que eu. Já houve aniversários meus em que ela viajou para outra cidade somente porque havia alguma celebridade dando uma palestra de etiqueta. Aquilo sempre me incomodou, mas achei mais educado não retaliar  ou reclamar. 

– Tudo bem senhora Portilla! Pode ir tranquila eu me encarrego de cuidar de Anahí! – Alfonso disse percebendo meu desconforto.

– Não, eu me viro bem no meu apartamento! Sempre me virei! – Eu disse suspirando. Minha mãe franziu a testa para mim e começou a dizer algo, mas Alfonso foi mais rápido.