Fanfic: Amigos.... Só que não! - Ponny - Adaptada | Tema: RBD, AyA, Ponny

Anahí

Dor...

Uma dor imensa invadiu meu coração quando eu acordei na manhã seguinte. Em algum momento do meu estúpido caminho, eu me apaixonei por Alfonso e por pura estupidez ou ilusão, achei que ele poderia se apaixonar por mim também.

Eu o beijei no MET, a princípio para ajudá-lo com Belinda. Mas Alfonso correspondeu ao beijo com a mesma paixão e o que era para ser encenação acabou ficando real demais.

A forma como Alfonso me beijou a primeira vez no clube me deixou confusa, mas ontem ele me fez derreter em seus braços. Ele me beijou com tanta paixão que pensei que ele havia sentido a mesma coisa. Quando ele me pegou nos braços e fez amor comigo, eu me entreguei sem me importar com nada, mesmo sabendo como ele era eu tinha esperanças de que ele fosse agir diferente comigo.

 Mas no momento seguinte fui tratada como nada!

Eu passei a noite chorando pela maneira com Alfonso me tratou como se eu fosse uma das garotas que ele tinha mania de sair trepando por aí. Estava magoada demais para falar com ele e preferia  nem olhar na cara dele.

Fazia vinte minutos que eu havia parado de chorar. Maite não parava de me ligar e toda vez que eu atendia começava a soluçar, e não conseguia parar mais. Faltava apenas um mês para o fim do semestre e decidi não ir às aulas que eu já passara. Quanto menos visse Alfonso, menos doloroso seria.

Levantei apenas para desligar a decima quinta chamada de Alfonso, que também não parava de me ligar. Aquele idiota deve ter acordado sem se lembrar de nada e deveria querer as anotações do resumo. Suspirei quando decidi enviar uma mensagem para ele e dizer que enviaria as notas por correio e-mail.

Preciso falar com você! Ligue-me, por favor!

Eu ignorei aquela mensagem porque aquele porco idiota não deve nem lembrar que aconteceu na noite anterior. Fui até a cozinha e peguei um enorme pote de sorvete de chocolate que eu adorava. Fui para a sala e liguei o som colocando um CD de músicas de fossa. A primeira delas foi All By My Self – (Celine Dion).

Depois de dançar, cantar e ficar bêbada o suficiente para ficar entorpecida, decidi secar as lágrimas e dormir o suficiente para que nos próximos dias eu erguesse minha cabeça.

Voltei às aulas uma semana depois. O coração ainda doía e apertou ainda mais quando pisei no corredor. Fui até meu armário e coloquei minha mochila pegando os livros que eu precisaria. Estava terminando de fechar meu armário quando me deparei com o sorriso brilhante e acolhedor de Christian.

Ele era o melhor amigo de Alfonso e eu gostava muito dele porque ele era muito simpático, carismático e muito inteligente. Tinha uma namorada linda, Amanda que correspondia no mesmo nível. Os dois formavam um casal muito bonito!

– Oi lindeza! – Ele disse pegando minha mão e beijando. Eu gostava de Christian porque ele era a coisa mais fofa desse mundo. O mundo ia desabar e ele daria a notícia da forma mais doce do mundo.

 – Oi estranho! – Respondi forçando um sorriso enquanto ele me abraçava. Christian era sempre muito gentil.

– Como você está? – Ele perguntou em tom preocupado. Na certa Alfonso disse a ele que não conseguia falar comigo e o mandou sondar. Eu fiz um gesto de mais ou menos com a mãos e suspirei. – Ele está preocupado com você! Têm procurado por você que nem um louco! – Disse ele recostando no armário. Eu fechei meus olhos com força e respirei – Eu não sei o que aconteceu para vocês brigarem, mas converse com ele! – Ele pediu suavemente.

– Ele não te contou? – Perguntei suspirando com surpresa. Christian franziu a testa de forma curiosa e fez que não. – Nós transamos no apartamento dele há uma semana, depois da exposição no MET. Nós estávamos bêbados e acabou acontecendo! – Eu disse suspirando. Christian pigarreou.

 – Eu sabia que isso aconteceria mais dia, menos dia! – Christian disse cruzando os braços. – Agora entendo o desespero dele! – Eu franzi a testa.

 – Alfonso me pôs para fora cinco minutos depois que tudo acabou, ele nem deve se lembrar do que aconteceu! – Eu disse piscando para que lágrimas não caíssem pelo meu rosto.

– Ele fez o quê? – Ele perguntou atônito. – Isso não é possível, ele não teria agido assim com você. Ele sabe que você é diferente! – Ele disse pegando em meus ombros quando eu funguei.

– Ele estava bêbado e eu também! Sabia que ele nem se lembraria do que fez! – Eu disse encolhendo os ombros porque em parte era minha culpa e eu poderia ter evitado. – A culpa é minha por não tê-lo impedido, mas não tem problema... – Eu sequei a lágrima que caiu com um sorriso triste e vi Christian arquear a sobrancelha para algo atrás de mim. Virei-me a tempo de ver Alfonso vindo em nossa direção com uma morena apoiada em seu ombro beijando seu pescoço.

Olhei para aquela cena com desgosto porque sabia que eles estavam vindo do armário de vassouras. Eu fechei meus olhos e engoli em seco com raiva.

– Pode fazer um favor para mim? – Perguntei tirando uma folha de dentro do livro maior. – Pode entregar isso ao bastardo do seu amigo? – Christian pegou a folha e eu me virei para dar a volta pelo outro corredor para chegar a minha sala. Os olhos de Alfonso brilharam quando encontraram os meus e ele pareceu sentir alívio por me ver. Eu balancei a cabeça e comecei a me mover.