Fanfic: Amigos.... Só que não! - Ponny - Adaptada | Tema: RBD, AyA, Ponny

– Anahí? Anahí... Espere! – Ele gritou vindo em minha direção e eu saí correndo pelo corredor não para a sala de aula, mas sim para fora, para a rua. Eu tinha que sair dali de qualquer jeito. Sabia que não era uma boa ideia vir hoje aqui e mesmo assim me arrisquei a sair da cama. – Anahí! – Ele gritou novamente quando eu não o respondi e nem mesmo parei para lhe dar ouvidos. Ele me alcançou do lado de fora pegando meu braço para me parar.

– Deus do céu! – Ele disse inspirando com força para recuperar o fôlego. – Uau... Você está correndo ainda mais que eu! – Ele disse sorrindo ao me parar. Eu não tinha mais tempo para os sorrisos de Alfonso... Eu não tinha mais tempo para me encantar por ele! – Estou tentando falar com você há dias! Por que não me atende? – Ele perguntou sacudindo meu ombro com força. Eu estava mortificada para responder, então apenas puxei meu braço.

– Me deixe em paz Alfonso! – Eu disse dando um passo atrás e fazendo sinal para tentar pegar um táxi. – Por que não pega a sua morena e volta para onde você veio! – Eu disse alto apontando a  garota que vinha atrás dele com as mãos na cintura.

 – Pare Anahí! – Ele disse pegando minha mão e tentando evitar que eu acenasse para o táxi. – Não é nada do que você está pensando... – Eu franzi a testa e bufei. – Quer dizer... É, mas não como você imagina! – Eu puxei minha mão e rosnei com raiva então dando um tapa no braço dele.

 – Não toque em mim! – Eu gritei pondo o dedo em sua cara e depois acenando novamente para outro táxi.

 Diabos! Por que não vim de carro?

 – Pare! Deixe-me levá-la! – Ele disse tirando meus livros de minhas mãos.

– Não precisa, irei de táxi mesmo! – Disse puxando o livro novamente. Alfonso bufou e jogou as mãos para o ar.

 – Por que está agindo assim comigo? Eu preciso conversar com você! – Ele disse, mas eu não tinha a mínima intenção de ficar e ouvir o que ele tinha a dizer. Eu estava com muita raiva por me deixar seduzir por ele, quando minha intenção era apenas tirar os olhares das pessoas de mim. Agora eu era o centro das atenções novamente.

 – Para que Alfonso? – Eu perguntei fechando meus olhos. – Acho que seu tempo foi e já passou, não é mesmo? – Eu disse empurrando ele para o lado e andando até a outra extremidade da calçada.

 – Alfonso? O que está havendo? – A bendita da morena se aproximou perguntando com olhos confusos. Ela era alta e tinha longos cabelos negros. Seus olhos castanhos brilhavam com fúria em minha direção. Eu franzi a testa e olhei dela para ele.

 – Morenas... – Eu sussurrei suspirando. – É assim que psicologicamente você se vinga de Belinda? Saindo com morenas e depois as descartando? – Ele veio até a mim balançando a cabeça. – Você é um doente e isso só me leva a crer ainda mais, que comigo foi apenas uma diversão ridícula de alguém que estava ali disponível! – Eu desabafei com as lágrimas já rolando pelo meu rosto.

 – Não diga o que você não sabe! – Ele disse entre os dentes. – Eu não me lembro de quase nada por isso...

 – Por isso você é um imbecil? – Eu perguntei com uma risada histérica. Eu tinha perdido o controle e queria bater nele. Alfonso bufou jogando as mãos para o ar e então se aproximou tentando segurar-me pelo braço. – Vou dizer a você o que sei! – Disse rindo com tristeza. – Eu sei que você é um idiota sem coração! Eu sei que você gosta de pisar nas pessoas só porque já foi pisado, o que deveria servir para você não agir da mesma forma! – Disse entre os dentes esbravejando. As lágrimas caíam tamanha era a raiva que eu estava sentindo. Ele recuou um passo quando fui para cima dele com o dedo apontado para o seu rosto.

– Anahí, vamos sair daqui para podermos conversar! – Ele disse entre os dentes. Seus punhos fechados em um gesto de impaciência. – Eu não quero uma plateia... – Ele tentava justificar, mas eu o cortei. Aquelas palavras me irritaram.

 Ele e Aarón eram iguais, não admitiam estar errados na frente das pessoas!

– Você é um covarde que se esconde atrás de um sentimento de amargura para ter que evitar dar explicações! Você prefere pisar nas pessoas a ter que conhecê-las de verdade, porque você tem  medo de se afeiçoar a elas. – Eu o acusei. Alfonso engasgou com a minha declaração e ficou parado sem ação. Seus ombros caíram e ele abaixou a cabeça. Então eu suspirei fazendo sinal para um táxi que vinha passando. – Deixei as anotações com Christian... – Disse suspirando. – Aqui, acaba nosso trato! Boa sorte na sua apresentação! – Dito isso, entrei no táxi e segui para casa. Fui chorando  para o meu apartamento  onde Maite estava a me esperar sentada no meu sofá com um enorme pote de sorvete de chocolates.

– Bem... Eu não sei o que está acontecendo, mas... – Ela ergueu o pote de sorvete nas mãos. – E tenho um anestésico e um ombro quentinho que você pode molhar de baba e lágrimas que não importarei! – Eu suspirei e fui até a cozinha pegar um par de colheres. Então me sentei no sofá a seu lado e antes de enfiar a colher no sorvete eu caí no choro em seu ombro.

 Eu aproveitei para chorar e muito em seu ombro. Maite me segurou por quase quarenta minutos apenas tentando acalmar minha lágrimas. Ela suspirava para cada soluço meu. Depois de me acalmar eu comecei a contar o que houve e ela ficou chocada com os acontecimentos. Eu também ficaria se não tivesse consentido com aquilo.