Fanfic: Amigos.... Só que não! - Ponny - Adaptada | Tema: RBD, AyA, Ponny

– Então você nem sequer o ouviu? – Maite perguntou colocando uma colher de sorvete na boca. Eu suspirei deitada em seu colo e fiz uma careta.

–  Para que? Ele mesmo disse que não se lembra! Ouvi-lo é perda de tempo! – Eu disse em tom resignado cruzando meus braços.

 – Anahí, você não pode ficar se martirizando assim e deveria dar uma chance para que ele possa decidir o que fazer! – Ela disse empurrando meu ombro. – Talvez ele nem quisesse agir da forma que ele agiu e você está negando a possibilidade dele se desculpar! – Eu bufei e dei uma colherada nela.

 – Se desculpar pelo que? Por me tratar feito uma prostituta? – Eu perguntei levantando. – Isso é degradante sabia? Ele era meu amigo e deveria ter no mínimo um pouco mais de consideração, mesmo que não levasse isso a frente! – Eu disse suspirando. Maite levantou e veio até a mim sorrindo.

 – Você já parou para pensar que ele pode estar confuso justamente por isso? – Ela me perguntou dando um abraço. Eu me virei franzindo a testa. – Cara, ele transou com a amiga dele e ainda por cima bêbado e para piorar ele foi um canalha com ela! – Ela disse jogando os braços para o ar e depois colocando as mãos na cintura.

 Eu suspirei porque não havia pensado nisso!

 – E se ele gostar mesmo de você? Por que, se eu fosse um canalha completo e tivesse me tocado que fiz uma burrada dessas, não importaria em deixar como está. Ao invés disso ele vem tentando falar com você! – Eu franzi a testa para Maite e ri com frieza.

–  O dia em que Alfonso gostar de alguém sem ser ele... Porcos voarão! – Eu disse fazendo uma careta. Então fui para a cozinha pegar mais sorvete que era algo que eu tinha de sobra. – Eu não ficarei lamentando por causa disso! Já me apaixonei por dois canalhas e agora já chega! Darei a volta por cima e começarei agora! – Maite franziu a testa para mim quando atravessei a sala e peguei meu celular e comecei a discar.

 Derrick James me convidou para sair na sexta-feira. Eu tinha ficado de pensar e nem lembro por qual motivo, mas agora estava determinada a considerar. Pelo menos Derrick parecia ser legal!

 – Derrick? É a Anahí! – Eu disse quando Derrick atendeu.– Estou ligando para saber se o convite de sexta ainda está de pé?

Alfonso

–  Sente-se! – Disse Christian me parando pela oitava vez segurando meu braço. Estávamos sentados à sombra de uma árvore como de costume. – Se você se levantar mais uma vez, eu te darei um soco que fará seu cérebro voltar para o lugar! – Christian fechou os punhos enquanto fazia uma careta. Eu voltei a me sentar no gramado cruzando os braços e pegando um cigarro.

Fazia tempo que eu não fumava, mas estava nervoso por ver Anahí rindo e se jogando para cima de Derrick como a merda de uma qualquer. Ela estava fazendo isso a semana toda e quando não era Derrick, era outro rapaz. Ela estava flertando com todo mundo e fazia questão de agarrá-los quando eu estava por perto.

 Minha vontade era de dar uma surra neles e levá-la comigo para ver se eu colocava algum juízo em sua cabeça!

Ela não era uma qualquer e pensar que eu possa ter contribuído para que ela agisse dessa forma só me fazia sentir pior. Eu queria ir até lá e arrebentar a cara de Derrick por facilitar o comportamento de Anahí!

Uma semana atrás quando acordei na minha sala eu queria pular pela janela!

 Não porque minha cabeça martelava, a garganta parecia o deserto do Saara ou meus olhos ardiam como se eu tivesse mergulhado em sal, mas porque me dei conta de que tinha feito a maior merda da minha vida!

Quando vi sangue no sofá branco eu olhei em volta e procurei por ferimentos em mim. Havia duas garrafas de cerveja quebradas no chão da sala e eu olhei meus pés descalços sem encontrar nenhum corte. Foi então que vi a merda da camisa branca que eu usava, também com sangue. Não havia ferimentos no Abdome e nem na barriga, mas minha cueca também estava ensanguentada. Era um sangue rosado, como se o machucado fosse pequeno, mas ainda assim, era sangue.

Sentei-me no sofá tentando lembrar com quem briguei para ter sangue em minhas roupas e no meu sofá. Mas a única imagem que me veio a cabeça foi a de Anahí ainda em seu vestido de festa dançando de forma sensual e eu soltando as garrafas que se espatifaram.

Lembrei que fui até ela e dancei sentindo uma vontade louca de beijá-la. Era para ser apenas um beijo, mas daí tudo foi saindo do controle e nós acabamos fodendo no sofá. Foi então que me dei  conta de que havia tirado a virgindade de Anahí de forma estúpida e irracional.

Neste instante é que me veio à parte mais estúpida que minha memória poderia lembrar:  Se  Anahí era virgem e tinha transado comigo, porque ela não ficou?

Essa era a pergunta que eu não conseguia responder até me levantar do sofá e ir a cozinha pegar  um copo de água. Naquele momento eu havia feito o mesmo trajeto de minutos depois de ter transado com ela e quase me joguei pela janela ao me dar conta de que fiz o que fazia com as meninas em geral, a mandei ir embora.