Fanfic: Amigos.... Só que não! - Ponny - Adaptada | Tema: RBD, AyA, Ponny

Anahí

 Eu te amo!

Foi assim que acordei esta manhã quando aportamos em Miami. Estávamos há algumas horas das Bahamas e decidimos passear pela cidade. A noite anterior foi mágica e eu nunca imaginaria que Alfonso pudesse se apaixonar verdadeiramente por mim. Não depois de saber o que Belinda havia feito com ele há alguns anos. Para mim, Alfonso seria para sempre um coração de pedra ambulante com bom humor!

Eu o havia convencido a falar com o pai sobre o que estava ocorrendo, até mesmo porque minha paciência com essa garota já estava se esgotando. Havia algo muito errado naquela caçada que ela estava armando!

Depois de quase três anos essa doida decide vir atrás do cara de quem eu gosto? Mas nunquinha!

Se Belinda decidir infernizar a vida de Alfonso por qualquer motivo, eu a matarei por isso!

Eu sorri quando vi Alfonso fazendo caretas segurando o telefone. Ele estava falando com meu pai, que acho eu, estava tentando convencê-lo a trabalhar administrando a liga. Estávamos na praia aproveitando o sol da manhã. Alfonso desligou o telefone e discou outro número, que presumo seja o  de Ruth. Parecíamos um casal em lua de mel e tudo estava perfeito!

Estava distraída com algumas crianças que brincavam na beira da água que mal  notei  a mudança de humor de Alfonso. Sua face mudou de alegre para um enorme carranca de preocupação.

– O que houve? – Perguntei quando Alfonso terminou de falar com Ruth. Ele suspirou sentando no banco ao meu lado.

– Dulce Maria sofreu um acidente de carro! – Ele disse em um lamento. Eu prendi a respiração ao receber aquela notícia. – Ela está em observação no hospital e Mike está tentando vê-la, mas minha tia não deixa! – Ele soltou um longo suspiro e apoiou a cabeça nas mãos.

Meu Deus! Dulce Maria ficará arrasada quando souber que o amigo não pode vê-la.

Dulce Maria é a prima mais nova de Alfonso e Mike é seu melhor amigo. Mike é homossexual e a tia de Alfonso não aceita nem mesmo a amizade entre ele e sua filha.

– Você quer voltar? – Perguntei abaixando na frente de Alfonso.Ele levantou os olhos cheios de lágrimas.

– Mas nós não fomos as Bahamas ainda! Eu prometi levá-la até as Bahamas! – Eu sorri para Alfonso, peguei suas mãos ficando de pé e colocando em minha cintura.

– É a sua prima Alfonso! As Bahamas não vão fugir de onde estão. Nós podemos voltar a qualquer hora, mas neste momento Dulce Maria é mais importante! – Eu disse suspirando para ele que puxou uma das mãos para secar as lágrimas.

– Você é um anjo sabia? – Ele disse ficando de pé e me beijando.

Sabia o quanto Alfonso amava Dulce Maria!

Ela era tipo a irmã mais nova que ele nunca teve e devia estar em uma enorme agonia por dentro. Ele pegou o celular avisando que estávamos subindo a bordo para pegar nossas coisas e depois eles poderiam partir de volta para o estaleiro.

Nós voltamos a NY de avião pousando algumas horas depois no mesmo dia em que recebemos a notícia. Alfonso passou em seu apartamento para deixar nossas coisas e de lá fomos direto para o hospital.

Encontramos Mike sentado no corredor com uma faixa no braço e com a cabeça apoiada nos joelhos. Ele parecia chorar quando ergueu a cabeça e estava em desespero.

– Alfonso... Juro... Não foi minha culpa! – Ele disse ficando de pé e vindo em nossa direção. – O outro carro entrou na contramão e eu tentei desviar. Dulce Maria bateu a cabeça na janela da porta e nosso carro capotou! Eu juro que não tive culpa! – Ele disse soluçando. Alfonso abraçou Mike com força pedindo que ele se acalmasse.

– Fique calmo! Eu sei que você é cuidadoso. Sei que foi um acidente, então se acalme! – Ele pediu. Mike tinha dezenove anos e dirigia muito bem. Ele treinava direção desde os dezesseis em um estacionamento com o pai.

– Como você está? – Perguntei passando a mão em suas costas e entregando um copo de água a ele.

– Estou bem! Só cortei o braço. O médico deu alguns pontos e me liberou! Eu fui até a delegacia e prestei depoimento. O delegado sabe quem era o motorista do outro carro e vai tomar o depoimento dele quando sair do hospital. Ele estava bêbado!

Esse era o meu medo!

Alguém estar bêbado e causar um acidente. Eu já havia visto muito isso durante as madrugadas pela janela do meu apartamento. Eram rachas e pegas que os alunos realizavam nas ruas próximas. Quase sempre alguém morria atropelado ou na batida de algum carro por estar bêbado.