Fanfic: Amigos.... Só que não! - Ponny - Adaptada | Tema: RBD, AyA, Ponny

– Você já viu Dulce Maria? – Alfonso perguntou enquanto Mike o seguia. Ele negou com tristeza balançando a cabeça de um lado para o outro.

– Eu não consigo entrar! A senhora Saviñón fez um escândalo. Ela nem ao menos diz como Dulce Maria está! – Mike diz em tom desesperado. – Por favor, você vai vê-la, pode dizer como ela está? – Ele pergunta com olhos brilhando de esperança. Alfonso suspirou segurando os ombros de Mike.

– Não, você vai entrar comigo para vê-la! – Alfonso diz dando um tapa em seu ombro. Mike se desmancha em um sorriso e mal contem sua alegria. Nós seguimos pelo corredor até o quarto onde a mãe de Dul estava conversando com um médico.

– O que esse elemento está fazendo aqui? – Ela perguntou apontando o dedo para Mike. Eu odie seu tom de voz desdenhoso. Mike encolheu os ombros com tristeza.

– Ele está aqui para visitar a melhor amiga dele! – Alfonso disse com rispidez cruzando os braços.

– Alfonso... Querido... Esse rapaz quase matou sua prima... – Mike deu um passo á frente e com raiva cortou Blanca.

– Eu não causei o acidente! Já disse que foi um louco que jogou o carro na contramão e acertou o nosso carro! – Ele disse em sua defesa. Blanca fez uma careta de desgosto.

– Sua mãe não lhe ensinou que não é educado interromper as pessoas? – Ela perguntou em tom sarcástico. – Sabendo o tipo de pessoa que é, acredito que não tenha um pingo de educação! – Eu prendi a respiração com sua declaração. Aquelas palavras fizeram meu sangue ferver.

– Senhora Saviñon, Mike é um grande amigo de Dulce Maria e todos os amigos de Dulce Maria são meus amigos também! – Eu comecei dando um passo a frente. – Eu não gosto quando os meus amigos são tratados com discriminação! A senhora sendo tão bem-educada deveria saber que esse tipo de preconceito pode levar a prisão. – Eu disse com olhos flamejantes.

– Hum... Uma defensora dessas coisinhas pervertidas! – Blanca disse com desdém. – Quem você acha que é para me recriminar dizendo o que devo ou não aceitar? Esse rapaz não é nada além de um pervertido que só está contaminando minha filha. Prefiro vê-la no inferno a ter que aceitar ela convivendo com esse tipo de gente. – Eu engasguei fechando os punhos. Alfonso arregalou os olhos em desaprovação e passou a mão em minha cintura.

Eu queria tanto avançar nela e dar um tapa naquela cara de botox, mesmo sabendo que era uma pobre coitada sem coração. Estava tentando controlar a raiva quando ouvimos uma voz rouca sussurrar na porta do quarto.

– Mãe? – Nós olhamos para o lado a tempo de ver Dulce Maria de pé na porta segurando o IV e olhando para a mãe como se olhasse para um fantasma. – Como... Como pode falar assim da pessoa que tentou salvar minha vida? – Ela disse com voz fraca.

– Querida... Você não deveria estar de pé! – Ela disse se aproximando e tentando tocar no ombro de Dulce Maria. – Chamarei o médico! Você deve voltar para a cama...

– Não toque em mim! – Dulce Maria gritou se apoiando no IV e afastou as mãos da mãe. – Sua parasita egocêntrica! Já aturei demais essa sua mania de querer ser superior. Agora eu tenho dezoito anos e não dependo mais de você, suas vontades, seus ataques. Se não posso escolher meus amigos, se meus amigos tendem a ser os seus, então eu renuncio a ser da mesma família que você! – Ela disse aos berros. – Quando sair daqui irei embora daquela merda de mansão que eu odeio e farei as coisas das quais eu gosto! – Blanca parou congelada no lugar como se não tivesse ouvido aquilo ou melhor, tentando acreditar no que ouvia.

– É mesmo? E como vai viver? Pois não lhe darei um tostão! – Ela disse com uma gargalhada histérica.

– Não se preocupe com isso! Tenho meus meios. Não sou tão tola quanto você pensa que eu sou! – Dulce Maria disse sorrindo com triunfo. Do mesmo jeito que seu sorriso veio ele desapareceu dando lugar a um semblante sério. – Dê o fora daqui! Não quero mais vê-la na minha frente!

Eu fiquei pasma olhando para a menina que lutava pela sua liberdade de escolha e me lembrei que eu mesma fiz aquilo quando quis escolher a faculdade para estudar. Estava aplaudindo Dulce Maria por dentro pela sua ousadia e determinação.

– Você não pode falar assim comigo! Eu sou mãe! – Blanca disse entre os dentes. Dulce Maria gargalhou.

– Neste momento você para mim não passa de uma ratazana interesseira! – Dulce Maria disse virando as costas para a mãe e se voltando para Alfonso. – Você me tira daqui? – Ela perguntou em um tom suplicante.

– Dul, para sair é necessário um termo de responsabilidade! – Ele disse segurando seu braço.

– Não tem problema, sou responsável por mim! Eu mesma assino. – Ela respondeu olhando para a mãe que estava em choque.

Alfonso conversou com um médico e conseguiu transferir Dulce Maria para outro hospital. Blanca saiu do hospital com um misto de ódio e tristeza, pois perdera a filha em definitivo. Dulce Maria pediu a Alfonso para ficar com ele até se recuperar e pediu para buscar suas coisas na casa da mãe.