Fanfic: Amigos.... Só que não! - Ponny - Adaptada | Tema: RBD, AyA, Ponny

Anahí levou as mãos ao rosto e começou a chorar. Foi então que percebi as faixas enroladas em ambas as mãos até os pulsos.

Merda! Será que ela se machucou? Porque suas mãos estavam enfaixadas?

 – O que houve com suas mãos? – Perguntei dando um passo em sua direção. Anahí prendeu a respiração e sem olhar para mim ela correu para fora do apartamento. – Anahí? – Gritei quando ouvi a campainha do apartamento. Cheguei na porta a tempo de ver Anahí entrando no elevador e a porta se fechando. Minha mãe estava parada no corredor olhando a porta se fechar.

 – O que foi que você fez? – Ela perguntou vindo em minha direção. – O que disse a ela? – Eu prendi a respiração.

 Será que exagerei em não ouvi-la?

 Para minha mãe estar no apartamento e protegendo Anahí é porque algo estava errado. E esse errado certamente era eu!

 – Diga que você a ouviu? Diga que você ponderou? – Ela se aproximou pegando meus ombros e sacudindo. Eu pisquei para ela.

– Eu a mandei embora e disse que não a amava, que estava apenas brincando! – Minha mãe arregalou os olhos.

 – Como pode ser tão cruel? – Ela disse dando um tapa na minha face. – Foi desta forma que te criei? Onde está meu filho? O que fez com ele? – Ela disse gritando e se afastando ao mesmo tempo. – Você é um estúpido idiota! Sabe de onde estou vindo? Da delegacia! – Ela disse caminhando até o elevador e apertando o botão.

 Delegacia?

 – O que foi fazer na delegacia? – Perguntei em tom preocupado cruzando os braços no peito. Ela suspirou e veio até a mim.

– Fui buscar Anahí que foi presa por agressão! Ela bateu tanto no rapaz que agarrou ela, que acabou torcendo os dois pulsos e deslocando três dedos. – Minha mãe contou em tom de satisfação.

 O que? Anahí bateu em Aarón?

 – Eu não estou entendendo! Como Anahí bateu em Aarón? Sozinha? – Eu perguntei confuso. Minha mãe sorriu para mim.

 – Por sorte, Aarón está sendo processado por tentativa de estupro contra ela e por isso eles consideraram legitima defesa quando contou que ele tentou agarrá-la. Ela foi liberada, mas quando estávamos saindo notou que as mãos doíam e fomos para o hospital. Foi por isso que ela não veio antes. – Eu recostei na parede colocando as mãos na cabeça e respirei fundo. Eu precisava raciocinar e avaliar tudo. Minha mãe entrou no elevador sem dizer mais nada me deixou em meu silêncio.

 Que merda! Eu tinha esquecido dessa porra!

Aarón havia tentado estuprar Anahí há mais ou menos um mês. Eu mesmo a tinha tirado da emboscada que Aarón armou. Por que eu fui tão estúpido?

 De repente uma dor aguda bateu dentro de mim e eu me senti perdido. Havia uma pergunta que eu deveria ter feito antes de tirar conclusões precipitadas e que Anahí havia mencionado. Como Aarón estava se encontrando com Anahí se ele estava preso até agora e Anahí estava comigo o tempo todo?

 – Puta que pariu! – Eu gritei no meio do corredor e dei um soco na parede. Então entrei no apartamento e bati a porta. Fui correndo até o andar de cima e troquei a minha camisa. Tinha que encontrar Anahí e pedir perdão.

 Parei no meio do quarto e sentei na cama. Anahí não me ouviria agora porque ela devia estar com um ódio mortal de mim. Pela primeira vez decidi pensar em vez de simplesmente agir. Eu esperaria alguns dias até que tudo se acalmasse e imploraria se fosse preciso.

 ***

Fazia uma semana que eu não via ou falava com Anahí. Decidi ir a seu apartamento hoje para falar com ela. Fui até a cozinha para preparar sua comida preferida: Omelete de morangos.

A campainha tocou bem na hora em que eu ia começar a preparar os ovos e eu baixei o fogo indo atender. Para minha surpresa dei de cara com Belinda parada na minha porta.

 – Posso entrar? – Ela perguntou sorrindo. Eu respirei fundo porque hoje colocaria um ponto final naquilo. Eu não estava com humor e aproveitaria para descarregar tudo em Belinda. Eu respirei fundo e abri passagem para Belinda.

 – Seja breve! Não estou com humor! – Disse enquanto caminhava para a cozinha. Belinda se sentou em um dos banquinhos. – Isso está cheirando bem! O que é? – Ela perguntou sorrindo para mim.

Belinda parecia segura e solidaria. Eu estranhei porque aquilo não era seu normal.

 – São para Anahí! Anahí adora omeletes de morango! – Eu disse voltando a me concentrar na comida. Belinda bufou.

– Essa garota novamente Alfonso? Pensei que você tivesse considerado o que eu disse! – Belinda resmungou batendo na bancada.

 – Não considerei e nem vou! Eu disse a você, amo Anahí e não voltarei atras nesta decisão! – Eu disse firme sem olhar em sua direção. – Se você veio aqui para isso, então pode ir embora! – Belinda se empertigou no banco.