Fanfic: Amigos.... Só que não! - Ponny - Adaptada | Tema: RBD, AyA, Ponny

Dei meia volta enquanto um bando de garotas cercava Alfonso e comecei a subir os degraus indo embora. Toda a minha alegria começou a dar espaço à tristeza quando me lembrei do motivo que me fez ir parar naquele local. Passei minha infância e adolescência sendo amiga de um mauricinho egocêntrico e os últimos dois anos como namorada de um hipócrita egoísta. E para piorar tudo, acreditei nele!

 Estava alcançando o fim do corredor quando uma mão enorme me segurou já quase na porta. Eu puxei meu braço assustada e me virei para encarar o indivíduo. Era o lutador oponente de Alfonso que estava parado e sorria com presunção.

 – Oi boneca! – Ele disse mostrando todos os dentes em sua boca. – Está com algum lutador? – Ele perguntou colocando a mão na parede e travando a passagem para fora.

 – Não! – Respondi seca empurrando seu braço para me dar passagem. Ele, no entanto, agarrou meu braço novamente e começou a me puxar para dentro outra vez.

– Que ótimo! –  Ele disse sorrindo todo bruto. Eu me debati e puxei meu braço, mas ele não me soltou então fiz a única coisa que me veio a mente. Dei um tapa em seu rosto fazendo com que ele me largasse.

 – Você tem noção do que fez? – Ele vociferou vindo para cima de mim com a mão levantada pronto para me dar um golpe. Eu dei alguns passos para trás e tapei meu rosto quando senti a parede em minhas costas.

– Não! – Dei um grito me preparando para o golpe que nunca veio.

 – Eu não faria isso se fosse você! – Ouvi uma voz e levantei a cabeça para ver Alfonso segurando o punho do homem que me olhava com olhos em chamas. – Fique longe dela! Essa é minha! – Ele disse convicto.

 O que foi que ele disse?

 Eu olhei para cima constatando que a parede em que estava encostada era o peito de Alfonso. Ele era tão alto que minha cabeça mal chegava em seu ombro.

 – Mas ela disse que não era de lutador nenhum! – Ele disse puxando a mão e cruzando os braços. Alfonso olhou feio para mim quando entrei na conversa.

– E não sou mesmo! – Disparei fazendo Alfonso rosnar. Ele agarrou o meu braço com força e começou a me empurrar para o lado de fora.

 – Ela teimosa e arredia! Estamos passando por uma daquelas fases, mas posso garantir que essa é minha! – Ele disse enfatizando a palavra “minha”. O outro levantou as mãos e respirou fundo então deu as costas enquanto eu era puxada para um canto do lado de fora.

 – Você ficou louca? – Ele me perguntou ríspido enquanto me encostava na parede e colocava um braço em uma de minhas laterais. – O que está fazendo aqui? Esse lugar não é para uma garota como você! – Ele diz ao me avaliar de cima até em baixo. Cruzo os braços na frente dos seios e respiro contendo a raiva. Já tinha ouvido aquela frase por tempo demais.

 – Já sei, já sei! Não é lugar para mim porque pareço com Hilary Clinton! – Eu digo em tom de deboche. Ele passa a mão pelo rosto secando o suor que escorria e então segura o queixo Suas mãos ainda estavam envoltas em faixas e eu desviei meus olhos para elas.

Alfonso tinha uma presença muito grande e não era por causa de sua altura, mas por causa de sua  aura magnética e seus movimentos estavam fazendo com que eu imaginasse coisas. Coisas que eu sequer imaginei ao olhar para Aarón.

 – Eu não diria Hilary, mas Margareth Tatcher com certeza! – Ele respondeu com um sorriso sarcástico em seu rosto Eu franzi a testa respirando fundo ao me dar conta que ele estava respondendo a minha observação.

 – Você ao menos sabe quem é Margareth Tatcher? – Perguntei curiosa pois estava abismada por ele conhecer alguém tão influente na política. Na verdade eu duvidava que ele soubesse sobre política!

– Quem? A Dama de Ferro? – Ele perguntou franzindo a testa. – Quem não conhece a Dama de Ferro? – Ele me perguntou fazendo cara de incrédulo. Eu olhei para Alfonso sem acreditar que ele já ouvira falar da primeira-ministra britânica mais famosa no mundo. Eu balancei a cabeça sem conseguir acreditar quando ele abriu um sorriso me fazendo focar em seus lábios perfeitos.

 – Eu pensei que você fosse um tarado ignorante, mas estou vendo que é apenas um tarado! – Disse suspirando. Ele fechou o sorriso ficando mais sério e então abaixou a cabeça até meu ouvido.

 – Tenha certeza que eu não sou ignorante! – Ele disse sussurrando enquanto soltava meu cabelo e puxava de lado. – Quanto a tarado, eu não diria bem isso, mas tenho certeza que se você provar irá gostar e muito! – Ele disse beijando meu pescoço, o que me causou arrepios da nuca até a base da espinha.

 Filho da puta arrogante!

 Eu não estava em clima para conversar, trocar farpas ou ironias com outro idiota arrogante como Aarón. Queria sair dali o mais rápido possível porque minha cabeça estava recomeçando a doer.