Fanfic: Amigos.... Só que não! - Ponny - Adaptada | Tema: RBD, AyA, Ponny

 Cada vez que eu pensava minha cabeça doía, meu estômago embrulhava e eu ficava tonta.

 Um trovão roncou no céu enquanto um raio caia na baia. Logo choveria e a tristeza apertou ainda mais meu peito.

 Eu tinha desligado o celular, pois não queria falar com ninguém. A única que sabia onde eu estava era Ruth. Eu prometi ligar para ela todos os dias enquanto estivesse aqui. Eu ligava para falar com ela e logo em seguida desligava o aparelho para que ninguém me encontrasse.Ruth estava sendo mais mãe do que minha mãe, que estava em outra conferência com meu pai em Londres. Ela não sabia nada da minha vida!

 Não sabia de mim, não sabia do que eu gostava e apenas se preocupava com as malditas conferências que meu pai tinha que comparecer. Era assim desde meus dez anos de idade e eu já estava acostumada a ficar sozinha. Por isso o isolamento não era tão ruim.

 Eu estava decidida a fazer como Dulce Maria e dar o fora de casa. Eu já nem morava na nossa cobertura em Upper West Side desde que fui para a faculdade. Só aparecia mesmo nos feriados e festas, fora isso minha vida era em torno do campus.

 Agora mais que nunca eu moraria no meu apartamento na Quinta Avenida do outro lado da cidade!

 Respirei fundo assustada quando outro relâmpago cruzou o céu e a chuva caiu. Parecia Deus querendo lavar a alma das pessoas com suas lágrimas. Ainda bem que a varanda tinha janelas de vidro e eu poderia fechá-las. Desta forma continuaria ali apreciando o espetáculo da natureza!

 Ouvi uma batida na porta e meus pensamentos se dissiparam. Olhei curiosa na direção da porta como se estivesse fugindo de um bandido.

 Quem seria? Não me lembrava de ter pedido nada!

 Eu me levantei e fui atender. Talvez fosse alguém da recepção com algum recado, já que eu não atendia o telefone. Meu coração quase parou quando dei cara com Alfonso vestido em uma jaqueta de couro preta, calças jeans e botas, todo molhado parado no corredor. Ele me olhava com um misto de raiva e alívio.

– Primeiro você me convida para entrar, depois você me explica porque não me atende! – Ele disse dando um passo a frente forçando a passagem. Eu prendi a respiração ao perceber toda a sua imponência. Alfonso era muito alto e eu ainda ficava impressionada com o tamanho de seu corpo.

 – Vá embora! – Eu disse ameaçando fechar a porta. Mas Alfonso segurou com apenas uma mão e me impediu de fechar. Eu respirei fundo. – O que você quer? – Perguntei dando um passo atrás. Alfonso terminou de empurrar a porta e entrou. Seu cabelo estava grudado a testa e ele passou a mão para jogá-lo para trás.

 Aquilo foi sexy! Ele estava sexy!

–  Você tem de me ouvir! – Ele respondeu entrando e fechando a porta. – Há dias venho tentando encontrá-la! Tive que subornar minha mãe para que ela me dissesse onde você estava! – Ele fez uma careta.

 – Desculpe... Não sabia que precisava ouvir mais insultos! – Disse em tom sarcástico. – Sou uma vadia idiota com quem você brincou todo esse tempo! Quer dizer, eu brinquei com você já que você é o homem mais gostoso e rico da face da Terra! Esqueci alguma coisa? – Alfonso deu um passo a frente pegando meu braço e sacudindo.

 – Ok, eu sou um idiota! Mas, pare com isso! – Ele disse em tom de angústia. – Você não é uma vadia! Disse aquilo para ferir você porque estava com raiva. Por isso sou um idiota! – Alfonso suspirou e passou as mãos pelo cabelo molhado respirando com força. – Ouça... Tenho razões para acreditar que aquilo não passou de uma armação e que eu a julguei mal! Só não sei porque fizeram isso, mas irei descobrir! – Ele disse angustiado. – Por favor, me desculpe! – Eu o olhei com olhos cheios de lágrimas e avancei nele.

 – Desculpas não passam a dor Alfonso! – Eu disse dando um tapa na cara dele, mas Alfonso segurou minha mão. – Vai embora! – Eu gritei com raiva. Ele franziu a testa para a minha atitude.

 – Você quer me escutar? – Ele perguntou enquanto eu fazia força para puxar a mão. – Fomos vítimas de uma armação e eu só descobri dias depois. Não sei como Belinda convenceu Aarón a fazer aquilo, mas parece que ela te seguiu e soube o momento exato de armar aquilo. – Eu franzi a testa.

 Por que Belinda armaria uma coisa dessas? E porque com Aarón?

 – Por que ela faria isso? E o que Aarón tem a ver com ela? – Perguntei parando de puxar minha mão chocada. Alfonso suspirou. – Não sei porque, mas ela cismou que me quer de volta! Não faço ideia de como Aarón foi parar nesta historia e estou tentando descobrir! – Ele respondeu. Eu rosnei para aquilo e tentei dar outro tapa nele, mas ele segurou minha outra mão e me girando virou minhas costas prendendo contra seu peito.

 – Por favo, me perdoei! Eu passei esses dias no inferno sem saber onde estava ou se voltava! – Ele disse sussurrando em meu ouvido em uma voz de lamento.

– Você partiu meu coração! Não confiou em mim e ainda por cima disse que não me ama, apenas brincou comigo esse tempo todo! – Eu disse chorando.