Fanfic: Amigos.... Só que não! - Ponny - Adaptada | Tema: RBD, AyA, Ponny

 – Sério? – Ela perguntou seguindo comigo pelo saguão.

– Claro que você terá de estar nua e tal... – Eu não consegui terminar a frase porque ela me deu um soco no meu braço.

 – Seu tarado! – Ela disse fazendo com que eu gargalhasse. Nós cruzamos o saguão com todos que me conheciam olhando com curiosidade.

A última vez que estive neste lugar eu entrei feliz e saí arrasado direto para a casa, onde arrumei minhas coisas e parti para a marina. Desde de então eu não tenho pisado neste prédio, nem mesmo na calçada.

O chão era de mármore Carrara negro com detalhes em dourado em algumas lápides que dizia “Bem-vindo a Rodrigues Importações / Exportações”. Eram quatro portas largas de entrada, feita em vidro negro com os puxadores dourados. As paredes eram espelhadas e no centro quatro colunas largas sustentavam o teto de gesso entalhado.

Sete elevadores serviam ao prédio, sendo três à direita e três a esquerda. Seguindo em frente pelo corredor do lado direito, fica o sétimo elevador á esquerda do corredor estreito e serve ao uso executivo apenas. A mesa da recepção que fica encostada a parede do fundo de frente para a entrada  e é em feito em madeira.

Eu entrei no elevador executivo com Anahí de mãos dadas. Ela assoviou quando viu o enorme espelho que decorava todas as paredes do elevador. Ele ia do chão ao teto e cobria todas as paredes do ambiente, incluindo a porta. Era moderno e tocava uma música suave.

Nós descemos na cobertura do prédio onde fica a sala do meu pai. Quando saímos do elevador mais um assovio de Anahí me fez sorrir. Um corredor cheio de obras de arte separava o hall da entrada do escritório. Eu passei pelas portas de vidro e me deparei com Lucy, uma senhora simpática que ainda era a recepcionista.

– Senhor Rodrigues? – Ela chamou surpresa ficando de pé. Eu caminhei até sua mesa que ficava á frente da entrada. 

No lado esquerdo o corredor levava a sala de conferência, uma copa, um banheiro e uma sala de reuniões. Á esquerda se abria um hall enorme onde ficava a minha antiga sala e a sala do meu pai, uma em frente a outra.

– Oi Lucy! Como vai? – Perguntei beijando sua bochecha. – Essa é Anahí Portilla, minha namorada! – Anahí cumprimentou Lucy que a abraçou com entusiasmo.

 – Mas que menina linda! – Ela disse elogiando o sorriso de Anahí e sua educação.

– Ele está? – Perguntei respirando fundo.

 – Sim, mas se apresente ao assistente dele antes de entrar para que o anuncie. Ele pode estar em alguma ligação! – Lucy disse fazendo com que eu franzisse a testa.

– Assistente? – Eu perguntei curioso. Lucy fez uma careta para mim e sussurrou.

 – A ex-senhora Rodrigues mandou contratar por segurança! – Eu assenti sorrindo e caminhei pelo corredor com Anahí em meu encalço.

 Sim, pimenta nos olhos dos outros é refresco, mas no nosso arde e arde muito! Pensei com ironia!

 Nós entramos no hall enorme onde de frente havia um janelão largo do teto ao chão e uma mesa de madeira entre as salas com um homem pouco mais velho que eu sentado distraidamente. Ele era moreno com cabelos negros e vestia terno com gravata. Aproximei-me dele e ele levantou a cabeça assustado.

– Senhor Rodrigues? – Ele perguntou confuso respirando fundo. – Me desculpe! Por um segundo pensei ser o senhor Rodrigues! – Eu sorri para a sua confusão e estendi a mão.

 – E sou! Alfonso Rodrigues, filho de Charles! – Eu disse apertando a mão do homem. – Pode dize a ele que estou aguardando aqui fora? – Perguntei e imediatamente ele discou para a sala do meu pai.

 Cinco minutos depois, Andrew disse para que entrássemos sem bater, pois meu pai estava nos esperando.

– Por que ele está olhando assim para você? – Anahí perguntou quando eu caminhei para a porta parando para abri-la.

 – O difícil não é renegar um nome... – Respondi em tom sério. – Mas sim tentar escondê-lo quando você é tão semelhante a alguém! – Anahí apertou minha mão quando entramos na sala.

– Oh, meu Deus! – Ela exclamou quando viu meu pai de pé atrás da mesa enorme de carvalho.

 Nós dois éramos tão semelhantes, que as pessoas se sentiam olhando para um espelho. Ele tinha os mesmos cabelos dourados, a mesma cor de olhos, os mesmos traços... Enfim, eu era a cópia dele com trinta anos a menos e um caráter um pouco melhor.

 Apenas as pessoas mais antenadas na sociedade ligavam o sobrenome Herrera ao Rodrigues, e consequentemente a minha semelhança com meu pai. Desde que eu não enfrentasse grandes eventos, eu conseguia manter o sobrenome Rodrigues oculto da minha identidade.

– Fiquei perguntando quanto tempo levaria para você vir procurar por mim! – Ele começou a falar quando eu parei a poucos metros da mesa. – Quem é a moça bonita? – Ele perguntou com um sorriso simpático. Eu cruzei os braços na frente do peito em uma posição de defesa.