Fanfic: Amigos.... Só que não! - Ponny - Adaptada | Tema: RBD, AyA, Ponny

– Mas que tipo de mensagem? – Perguntei curiosa. Alfonso fez menção de me largar e eu segurei suas mãos sentindo que ele queria mudar de assunto. – Alfonso! Eu não vou morrer se souber! – Eu digo respirando fundo. Ele bufou apoiando o queixo na minha cabeça.

 – Dizia “Você já viu parte do inferno, agora mostrarei a caldeira do Diabo!”, algo assim! – Ele respondeu fazendo uma careta. Minha mente deu um estalo e eu gelei.

 A mensagem era parecida com o que Aarón havia dito para mim pouco antes de me beijar no complexo do campus da universidade.

 Aarón! Aquele maldito!

Ele não tinha limites e mesmo estando com uma restrição de cem metros de distância de mim ele ainda é capaz de continuar a me importunar. Mesmo sabendo que pode voltar para a prisão há qualquer momento.

Eu bufei e decidi que cuidaria eu mesma desta situação. Daqui a pouco, quando fosse até a biblioteca eu daria uma volta em Greenwich Village e faria uma visita a família Diaz.

 A campainha tocou fazendo com que eu saísse do devaneio. Alfonso foi até a porta atender e sorriu quando Jesse Lee Herrera entrou no apartamento. Foi difícil reconhecê-lo sem as roupas brancas de médico.

 Jesse estava vestido em uma calça preta de couro com uma camiseta branca destacando seus músculos bem definidos. Seu cabelo médio de cor aloirada estava todo bagunçado como se ele tivesse acabado de sair da cama. Eu sabia que aquela bagunça era feita por um capacete, porque o cabelo de Alfonso ficava da mesma forma. Ele aparentava ter uns trinta e poucos anos, e sua altura quase se igualava a de Alfonso.

 Quase!

 Por que Jesse era ainda mais alto que ele. Seus olhos também verdes estavam atras de elegantes armações de uns óculos de grau. Jesse tirou a jaqueta mostrando a pele bronzeada e um enorme tigre tatuado no braço esquerdo.

 Ele parecia uma estrela de cinema!

 – Oi Anahí! Passei para saber como estava! – Ele disse se aproximando e franzindo a testa. – Oi suicida! – Ele disse em tom sarcástico para Sophia que suspirou batendo o garfo no prato.

 – Tenente Bush para o senhor! – Ela disse entre os dentes e batendo os punhos no balcão. Jesse gargalhou sarcástico para ela.

 – Eu não sabia que tentativa de suicídio tinha mudado de nome! – Ele respondeu cruzando os braços.

– Jesse! – Alfonso advertiu entre os dentes, mas o tio não lhe deu atenção e continuou sorrindo de forma fria e sombria. Eu não estava entendendo nada!

 Ouvi Sophia suspirar tentando conter a raiva. Sua mão instintivamente indo até o coldre e abrindo a trava.

 – Sophia! Por favor! – Alfonso pediu vindo até a mim e me tirando do  banco. – Se vocês vão brigar, façam isso longe da minha mulher! – Ele disse antes de me levantar e me levar para o pé da escada. – Pronto, agora vocês podem se matar! – Eu não estava entendendo nada, mas havia uma hostilidade muito grande entre Sophia e Jesse.

 Sophia travou o coldre novamente e suspirando ela levantou da cadeira. Ela fez isso de forma tão rápida e elegante que eu fiquei impressionada.

– Quer saber, eu não ficarei aqui discutindo com um babaca de merda e perdedor feito você! – Ela disse em tom debochado. – Por que você não cresce só para variar um pouco? – Jesse prendeu a respiração enquanto ela saía porta afora.

 Meu Deus! O que foi aquilo?

 Fiquei olhando enquanto Jesse sentava no sofá passando a mãos pelo cabelo. Ele estava muito frustrado e pudera, Sophia praticamente humilhou Jesse!

 – Jesse? Você está bem? – Alfonso perguntou se aproximando dele com as mãos nas minhas. Ele assentiu ficando de pé.

 – Eu só passei mesmo para ver como você estava! Eu vou para a clínica. – Ele disse abraçando a mim e apertou a mão de Poncho – Se precisarem de algo, podem ligar! – Ele me entregou um cartão, então pegou a jaqueta e saiu. Eu fiquei sem entender nada, mas Alfonso me contou enquanto eu terminava de comer.

 Ele conheceu Sophia quando ela tinha dezesseis anos. Sophia era uma garota muito alegre e divertida que acompanhava o primo onde ele ia. Mas um dia ela chegou na escola triste e deprimida e assim ficou por bastante tempo. Até que um dia, ela deu entrada durante a madrugada no hospital onde Jesse estava atendendo.

Ela estava com os pulsos cortados e quando Jesse chegou para socorrê-la. Na época ele era casado e atendia como clínico no hospital. Sophia ficou internada por um tempo e recebeu apoio psicológico por que seu padrasto declarou que ela andava ameaçando se matar.

Na semana seguinte ela deu entrada novamente já quase morta com um corte na garganta, mas desta vez ela estava acompanhada da mãe que estava em desespero. Jesse não estava atendendo neste dia e ninguém sabe ao certo o que levou Sophia a fazer aquilo, mas Jesse repudiou suas atitudes suicidas e sempre fazia questão de repudiá-la quando a via.