Fanfic: Admirador Secreto- Adaptada Vondy | Tema: Vondy

Sinto meu corpo enrijecer. Não posso dizer a verdade, o porquê de eu não ter batido nele. Foi para continuar mantendo meu namoro no passado com Jaqueline longe de Dulce. Sei que eu preciso contar, mas ainda não é tempo. Dulce está instável, fica querendo sair daqui, ela não está pronta ainda para andar com as próprias pernas, sozinha, independente. Estou planejando contar, depois do nosso cruzeiro romântico, o que eu arrematei no leilão.
— Eu iria mesmo Any, mas quando cheguei a delegacia ele já estava em poder da polícia. Sem falar que se eu o pegasse acabaria matando-o. — Pego os pratos e levo para a mesa onde elas estão.
— Eu ajudo. — Instintivamente Dulce se coloca de pé.
— Senta Dulce. — Coloco ela de volta na cadeira e beijo seus cabelos. — Garota teimosa.
— Ai que amor! — Any suspira. — Deus não dá asa cobra, se fosse comigo...
Dulce revira os olhos aparentemente sem forças para reclamar com a amiga.
— Eu acho que Rodrigo não vai se negar a dar o divórcio, ele não vai perder nada. Dulce não quer nada dele.
— Sei não, Christopher. Como eu disse, o filho dele está bem indignado, ele me falou absurdos, ficava atrás de mim xingando enquanto eu pegava as coisas de Dulce. E acabei falando demais.
— O que disse? — Eu e Dulce falamos ao mesmo tempo, pasmos olhando para ela. Esperamos impacientes ela tomar vinho.
— Ele insinuou que Dulce tinha um amante e eu falei: “Quer saber? Tem mesmo. Um cara bem mais novo e que dá conta do recado”.
— Any! Meu Deus! — Dulce abaixa o rosto nas mãos.
— Só isso? — Questiono.
— Sim. Nenhuma menção a você.
Respiro aliviado.
— Calma Dul, ela só falou verdades. Dou mesmo conta do recado. O macarrão tá pronto.
— Eba! — Any grita. — Relaxa amiga, ouviu o gato, eu só falei verdades. — Vejo Any fazer um carinho na mão de Dulce que não consegue segurar um sorriso.
Nos sentamos, eu sirvo elas duas, ralo o queijo por cima de cada prato, e me sento na outra cadeira.
— Hum...! Parece bom. — Any olha o prato por algum tempo, eu fico esperando elas provar.
Dulce come um pouco e arregala os olhos para mim.
— Está bom? Ou apimentado demais?
— Você cozinha muito bem... eu... nunca achei que um homem... quer dizer, segundo meu pai, um homem não faz esse tipo de coisa. Está uma delícia.
— Seu pai é um frouxo, Dul. — Eu falo sabendo das coisas que ele pratica por aí.
Dulce não contesta, comprime os lábios e fica olhando o prato.
— Isso está muito bom mesmo! — eufórica, Any exclama. — Dul amiga, você me mataria se eu dissesse que amo seu...
— Como está o cara que vai casar com minha irmã? — Dulce quase grita interrompendo a amiga, ela previa uma pergunta constrangedora.
Olho para Any, ela abana a mão como se dissesse: “deixa pra lá.” volto-me para Dulce que recobra aos poucos a cor original. Estava vermelha como pimentão.
— Está empolgado. Segundo Alfonso, ele gostou da sua irmã.
— Claro que gostou. — O tom de Any é mais que irônico, é maldoso. — Ela é linda, vinte anos, inocente e virgem. Sinto pena dela.
A garota só fala verdades. Alfonso ou Christian precisariam mesmo de um choque de realidade assim, como Any.
— Já foram apresentados? — Dulce ignora a amiga, está de olhos arregalados para mim. Amo quando ela fica assim, perplexa. Dulce é tão expressiva, cada sentimento transborda feito neon no seu rosto.
— Sim. — franzo o cenho. — Você não sabia?
— Não tenho muito contato com minhas irmãs... sou casada e meu pai achava que eu poderia contar coisas antes da hora para elas.
— Você era casada. — Corrijo. — E agora que está comigo pode interferir na vida da sua irmã. Quer isso?
— Como eu faria isso?
— Vou pensar em algo. Agora coma. — Aponto para o prato dela.

Continuando! Gatas!

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