Fanfic: Admirador Secreto- Adaptada Vondy | Tema: Vondy

Capítulo quatro

CHRISTOPHER

— Por que você quer incluir essa merda na lista de aquisições? — Ouço a voz de Alfonso, já furioso com Christan. Meus irmãos brigar nem é surpresa pra ninguém. Nem levanto a cabeça para vê-los discutindo. Estou concentrado terminando de ler um relatório que preciso assinar.
— Desde quando precisamos dar explicações, Alfonso? — Essa é a voz indignada de Christian — Vai pra p/orra cara. Quando era teu clubinho de p/utaria eu não me impus.
— Estamos em um momento delicado, Christian. As cinco empresas que serão adquiridas pelo nosso grupo, já estão escolhidas. — Ouço um toque na minha mesa chamando minha atenção — Fala com ele Christopher.
Levanto os olhos em um gesto rápido e encaro os dois do outro lado da mesa, sentados nas poltronas. Acham de vir discutir na minha sala.
— O cara pirou aqui. — Alfonso com seu poder de persuasão começar a se defender — Christian está tentando incluir uma empresa falida de roupas femininas. Já ouviu isso? — as sobrancelhas de Alfonso sobem até o limite — Roupas femininas.
Estendo a mão e ele me entrega o dossiê.
Olho de relance para Christian, nosso caçula, e ele está aparentemente nervoso. Me fita com um pingo de receio.
— É uma empresa de família, está com sérios problemas financeiros, mas ainda não faliu. Está na família há quase cinquenta anos e é sinônimo de elegância na alta sociedade. — Christian tenta vender o peixe e eu nem abro a pasta.
— Leve na AMB¹ e veja o que eles acham. — Devolvo a pasta e Christian da uma sutil olhada de vitória para Alfonso.
— Que droga é essa, Christopher? Uma marca feminina? — Alfonso vocifera já com veias saltadas
no pescoço.
— É tendência. — Christian interfere defendendo seu projeto.
— Tendência de c/u é r/ola. — E esse é o linguajar de Alfonso, o elegante e respeitado vicepresidente da empresa.
— Alfonso, você sabe que a Orfeu faz fusão ou adquire qualquer tipo de empresa. — Intercedo.
— Desde que nos dê lucro. Por isso precisa do parecer do pessoal da AMB. — Essa é minha opinião.
— Você leu ao menos? — Magno toma a pasta de Christian e me entrega de novo. — é da família Perroni. Acha que isso não tem nada a ver?
Semicerro os olhos para Chritian e ele coça os olhos despistando. Abro a pasta e quando vejo o nome Mademoiselle, estremeço.
— Trazendo assunto pessoal para nossa empresa, Christian?
— Cara, vai nos dar lucro. — Ele bate as mãos nas pernas — Eu nunca pedi nada. O que custa?
— Agora está quase implorando. Não quero ver meu irmão f/odido novamente por causa desse povo;
Christian não teve um passado agradável com os Perroni. Acho que ele está vendo uma brecha para vingança. Balanço a cabeça negando.
— Por enquanto está negado. — Dou o veredito fazendo Alfonso recostar aliviado e Christian levantar bruscamente quase derrubando a cadeira. — É para seu bem, e o da empresa. — Tento acalma-lo.
— Vai tomar no c/u. Vai se danar os dois. — Ele sai da minha sala batendo a porta como sempre fez na vida. Desde os treze anos.
— Você sempre me colocando como trincheira. — Resmungo para Alfonso enquanto ele pega um charuto. É apaixonado por charutos esse aí. Volto a tentar me concentrar no papel.
— Você sabe que estamos fazendo pelo bem dele. — ele alega e eu ergo o braço tomando o charuto dele.
— Sei de nada. Agora suma da minha frente, vai fumar em outro lugar; tenho coisas para fazer.
— E você? Ainda cercando mulher dos outros? — Olho para frente e Alfonso ainda está sentado sem nem fazer questão de ir embora. Esguio, elegante, uma calma aristocrática nos olhos misturada com uma constante ponta de sarcasmo; sempre com a imponência que herdou do meu avô.
— Estou disposto a salvá-la daquela vida infeliz.
— E de quebra ainda come a gata né safado?
— Não enche, cara. Não sou como você.
— Vai me dizer que não tá doido pra fazer dela um estojo de pica?
Ele dá um sorriso perverso que me deixa puto.
— Vai te lascar, Alfonso! — Rosno já revoltado. Eu até riria do palavreado escroto do meu irmão se ele estivesse se referindo a outra pessoa. Mas a Dulce é diferente. Não merece esse tipo de palavras. Quer dizer, eu falo umas p/utarias com ela de vez em quando, mas não quero ouvir outro falar. Nem mesmo meu irmão. Já não basta eu ter que dormir todas as noites sabendo que aquele mela cueca do Rodrigo está colocando suas mãos de merda nela.
— Eu entendo muito bem de capturar qualquer b/oceta. Fale comigo se precisar de ajuda. — Isso eu sei. Alfonso é especialista. Ele já conseguiu muita mulher impossível para mim. Creio eu, que ele usa suas técnicas militares para ir à caça.
Recosta na cadeira e esfrego a testa.
— O caso dela é mais grave do que eu poderia ter imaginado. — Reflito — Ela foi ensinada pelos pais a ser uma ovelhinha obediente e agora é como uma escrava para o marido.
— Então não é qualquer conquista?
— Não. Não se trata mais do que eu quero. Se trata de libertar aquela pobre jovem. Acredita que nem email ela pode ter?
— Interessante. Pode ser que ela nunca teve um orgasmo. Pessoas assim são ensinadas a não se manifestar na cama. Deve ser boa de comer.