Fanfic: Admirador Secreto- Adaptada Vondy | Tema: Vondy

— Mãe, podemos nos sentar?
Ela treme e aponta o sofá de dois lugares. Christopher e eu nos sentamos. Ele pega minha mão e aperta na dele, em seu colo. Minha mãe e irmãs se sentam no outro sofá.
— Eu não estou mais com Rodrigo como é do conhecimento de vocês, pelos motivos que vocês também conhecem — Começo a falar. — Meu divórcio já está quase pronto e vim aqui não por isso, mas para deixar claro que estou seguindo em frente, estou vivendo minha vida, e vim apresentar a vocês meu novo namorado. — Olho sorrindo para o lado. Christopher sorri de volta para mim. — Christopher.
Ele olha para as três e acena.
— Senhora, senhoritas. É um prazer conhecê-las. — Ele usa um tom carismático junto com um
sorriso charmoso. E foi certeiro nas minhas irmãs que sorriram juntas, um tanto sem graça.
Elas estão envergonhadas. Já minha mãe...
— O que pensa que está fazendo Dulce? Como... some assim do nada? Onde está morando?
Onde conheceu esse homem?
— Ela está morando comigo. — Christopher acelera na minha frente e responde. Minha mãe o
fuzila com o olhar.
— Perguntei a minha filha. — Ela rosna muito mal-educada.
— Mãe! — Esbravejo. — Eu estou morando com ele e o amo. Christopher me salvou daquele verme e pronto. É o que estou fazendo da minha vida. — Minha mãe se levanta.
— Você abandonou seu marido a própria sorte, o colocou na cadeia e ainda pede divórcio?
Como pode ser tão... — minha mão para de falar e me olha com asco, me sinto pequenina. —
Como tem coragem de vir a casa dos seus pais mostrar... isso? — Ela aponta para minha roupa.
— Por quanto está se vendendo? Eu te criei para se tornar uma garota de vida fácil? Vir expor
essa pouca vergonha para suas irmãs inocentes e ainda...
— Ah, me desculpe Dulce. — Christopher se levanta com uma expressão que não combina com
ele, muito bravo. — Minha senhora, antes de tudo tenha um pouco de respeito com sua filha.
Era para você ter sido a primeira pessoa a apoia-la quando o desgraçado do Rodrigo bateu nela. Dulce é minha mulher e eu exijo respeito com ela, coisa que ela não tinha quando vivia como escrava naquela droga de casa. Vamos Dul, já deu. — Ele estende a mão para mim. Não vou segui-lo por que ele mandou, mas por que é justamente o que eu queria ter dito e para concordar eu falo: — Ele falou o que eu iria dizer em belas palavras. Até mais mãe, estarei sempre disposta a dialogar. — Caminhamos para a porta e antes de sair Christopher se vira mais
calmo.
— Me desculpe mesmo. Se o pai dela quiser conversar comigo, de homem pra homem, fale
que Dulce está com o dono da Orfeu. Ele saberá quem é e onde me encontrar.
Entramos no carro e eu fico de cabeça baixa me sentindo terrível. Minha mãe em poucas
palavras me chamou de interesseira e prostituta. Sinto a mão de Christopher nas minhas costas.
— Me desculpe. Odiei ouvir aquelas coisas sobre você. — Ele fala baixinho. Levanto os olhos
para olha-lo.
— Estou bem. Obrigada por ter me defendido.
— Você é minha namorada, eu te amo, não faria menos.
— Vamos para casa. — Peço acariciando a coxa dele.
— Um kit tombada para te animar?
— Ah! Por favor. Vinho, música antiga e você, é tudo que preciso. Christopher me beija, colocamos o cinto, ele liga o carro e saímos dali. Sei que essa confusão está longe de acabar.
Na verdade, está só começando.