Fanfic: Admirador Secreto- Adaptada Vondy | Tema: Vondy

— Não.

— Eu poderia imaginar. — Christian abana a cabeça desdenhando — Você só pega desconhecidas.

— Meu pequeno maninho caçulinha, ouça a voz da experiência: comer mulher desconhecida é igual mijar na rua. Você sabe que não deve, mas a vontade prevalece.

— Ei vocês dois! — Christorpher grita, num tom de bronca. Eles olham para trás, em direção da gente.

— Dul, chega aqui cunhada. — Alfonso faz um gesto me chamando — venha beber um pouco, prosear, colocar um biquíni... tá muito vestida.

— E sua cara tá precisando de um olho roxo. — Christorpher esbraveja. — É Dulce para você. — Os dois riem da cara de Christorpher que mantém a cara de poucos amigos. — Vou escorraçar os dois daqui.

— Desculpa chefe. Vamos Chrstianzinho, dar um mergulho. — Alfonso se levanta, estica o corpo, os braços acima da cabeça, joga os óculos na espreguiçadeira, tira o short e eu quase saio correndo.

Sei diferenciar uma sunga de uma cueca. E aquilo não é sunga. Ele ajeita as pernas da cueca Boxer e pula na água num salto perfeito, seguido por Christian que preferiu continuar com o short.

— Quer dar um pulo agora ou vai me esperar? — Christorpher pergunta, sua atenção toda na carne que ele acabou de colocar na grelha da churrasqueira.

— Quando você for. — Não penso um segundo para responder. Lógico que não entro ali nem morta.

— Está com vergonha deles? — Ele sorri meio de lado, decifrando meus pensamentos.

— Um pouco.

— Eles parecem otários, mas são legais. Sempre vem nadar aqui, por que eu sei cozinhar. Ai já viu né? Carne, piscina e cerveja. Relaxando as minhas custas.

— Acho legal essa interação de vocês. Como irmãos, são bem unidos.

— É. Alfonso e eu somos mais vinculados. Isso tudo aí do Christian, é fachada. Ele é mais distante, coloca uma máscara de gente normal para viver em sociedade.

— Por quê? — Olho para Christian lá na piscina e de volta para Christorpher. Ele dá de ombros e fica calado. Puxa uma cadeira, se senta e puxa outra ao lado para eu me sentar. Abre um refrigerante, me entrega e pega uma latinha de cerveja para ele.

— Aconteceram coisas terríveis com ele. Coisas que nem me atrevo a falar. Me dói só em pensar, por que eu poderia ter tentado impedir, mas não fiz nada.

— Sério?

— É... — Christorpher suspira e me olha, depois volta a olhar fixamente para os irmãos mergulhando na piscina — esse cara aí, tem tanta coisa dentro dele que acho forte pra caramba ele continuar a vida, tentando disfarçar. A única pessoa que conhece as profundezas dele é Vilma.

— Credo Christorpher. Olha só me arrepiei. — Mostro meu braço arrepiado — Teve a ver com a morte dos seus pais?

— Não. A vida dele começou a desandar aos trezes anos. Era criança ainda, ele teve uma depressão tão desgraçada na época que achamos que ia morrer, o motivo da depressão? O melhor amigo dele... ih, olha lá quem chegou. — Christorpher para de falar e aponta para Vilma vindo acompanhando Any.

— Depois você me conta. — Bato na coxa dele e me levanto depressa. Vou receber Any que já entra com cara de obcecada.

— Dul amiga, me dê um chute, pois beliscão só não vai resolver. Estou vendo uma piscina cheia de homens gostosos nadando e nem é olimpíadas.

— Any, você prometeu se comportar. — Murmuro bem perto do ouvido dela.

— Claro. Vou ser educada. Agora me dá licença que eu vou cumprimentar as pessoas, como minha boa criação manda. — Fico olhando ela desfilar muito elegante, na sua saia curta e blusa bem fininha por cima do biquíni, em direção a Christorpher. Vou correndo atrás dela.

— Oi Christorpher. — Any cantarola.

— Oi Any. Sente-se, tome alguma coisa.