Fanfic: Admirador Secreto- Adaptada Vondy | Tema: Vondy

— Estou bem, obrigada. Ela se vira para mim e cochicha: — Não acredito que estou num churrasco, em uma mansão junto com os milionários. — Christorpher escuta e ri balançando a cabeça, prestando atenção nas carnes. Lá na piscina, os dois já estão cientes da presença de Any. Christian é o primeiro a sair.

Balança os cabelos, passa as mãos pelo corpo e olha intrigado em nossa direção.

Ai meu Deus! A cara dele não é boa. Será que não gostou da presença de Any? Ele vem andando e começa a sorrir, seu semblante se ilumina em segundos então lembro o que Christorpher me disse, que ele coloca máscara para viver em sociedade. Eu acho que os dois segundos que vi, de semblante carregado, foi a verdadeira face dele.

— Oi. — Ele cumprimenta Any. — Any não é isso?

— Isso. — Ela responde tão feliz que é perigoso os lábios rasgarem com o sorriso.

— Me dê licença um instante. — Ele se afasta e pega uma das toalhas dobradas em uma mesinha perto das espreguiçadeiras. Alfonso sai da piscina e noto os olhos de Christorpher se arregalando.

Acho que só agora ele percebeu o irmão de cueca. Alfonso vem todo molhado, galante, uma sobrancelha sugestiva e um meio sorriso sensual nos lábios. Any está quase evaporando.

— De cueca? — Christorpher sussurra e Alfonso entende. Faz um gesto para Christorpherde "e daí?" Em seguida, foca na minha amiga que precisa de um babador.

— Oi. — Ele cumprimenta de mãos na cintura, se exibindo de propósito.

— Oi. Sou a Any, lembra?

— Claro que lembro. A stalker que queria saber meu perfil na internet. Descobriu qual meu arroba? — Eu ouço isso e fico dura, provavelmente sem um pingo de sangue. Christorpher olha de lado, para o irmão, com um aviso expressivo nos olhos.

— Já encontrei. — Any murmura.

— Eu percebi.

E pronto. Os dois ficam calados, de sorrisinho se olhando. Se encarando por dois segundos antes de ele se afastar e pegar uma toalha.

— Tenho sungas, vá pegar uma. — Christorpher alerta Alfonso que parece aceitar a ordem e entra na casa.

E graças a Deus, não tivemos maiores contratempos. Any se comportou. Não ficou se jogando em cima de ninguém, claro que também não deixou de ir puxar papo com os rapazes. Eu não acreditei quando ela se despiu e pulou na piscina, na verdade entrou pela escada se fingindo de elegante. De onde eu estava com Vilma, podia ver a cara de tarada dela, olhando para Alfonso, para onde quer que ele fosse. E tenho que concordar com ela, o homem tem presença marcante. As pernas, as costas os braços, é tudo bem firme e grande.

Eles dois quase não falaram de suas vidas. Mas Any contou para todos da vida dela e da minha. Sobre quando estávamos no colégio, sobre ela ter trancado a faculdade para tentar salvar a livraria do pai, que estava doente e não podia mais conduzir e contou que amanhã, segunda-feira, eu vou me libertar do Rodrigo. Depois almoçamos e Christopher e os irmãos explicaram como funciona a empresa deles. E eu toquei num assunto que deixou um clima meio pesado entre os irmãos.

Não entendi por que. Eu apenas disse: — Any, Christorpher disse que pode conseguir um emprego para mim na Madde. Nesse instante Christian quase morre engasgado. Alfonso deu uns tapas nas costas dele. Vilma, Any e eu ficamos olhando alarmadas. Quando ele ficou bem, Any gritou histérica.

— Naquele luxo? Com aquela tal que você ama?

— É. A Mais, a diva da moda. Só vou precisar de dois segundos perto dela para falar o quanto eu a admiro, pelo trabalho, pela força e por tudo. Melhor pessoa do mundo. — Notei na hora que os irmãos se entreolharam e ficaram os três de cara fechada, e para meu espanto, Vilma também ficou de cara amarrada. Pouco depois, Christian cismou de ir embora, Alfonso se despediu e foi logo depois, antes de sair disse que estava sem celular no momento, mas pediu o número de Any. Ela segurou a mão dele e escreveu o número ali. E ele nem deu o próprio número para ela.

Mais tarde, quando todos foram embora, eu perguntei a Christorpher o que houve no almoço. Mas ele disse que não era nada, que Christian gosta de dormir domingo depois do almoço e se apressou a ir embora por isso.

E quando estávamos sozinhos, pulamos na piscina, só nós dois e Pink ali deitada olhando para a gente.

— Foi bom? — Ele me abraçou e eu abracei o pescoço dele para eu não afundar.

— Foi ótimo! Seus irmãos são muito legais.

— Só meus irmãos?

— Só seus irmãos, pois você está num patamar bem maior que "ótimo".

— Te adoro muito. — Ele falou, me beijou e nos afundou na água. Eu nem fiquei apavorada, continuei beijando-o até subirmos de novo.

Any disse que amanhã eu terei minha liberdade, mas eu já me sinto livre agora. Amanhã será apenas uma parte legal disso tudo, quando eu assinar e ficar legalmente solteira de novo. Na verdade me sinto livre desde o dia que comecei a abrir a porta para Christorpher entrar lá na casa do Rodrigo.

Não importa nada que ele tente fazer, jamais poderá tirar esse maravilhoso sentimento de mim.

O que será que vai acontecer nesse divórcio!

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