Fanfic: Admirador Secreto- Adaptada Vondy | Tema: Vondy

— Christopher... ele me esfaqueou. Traga... ajuda. — Ouço ele resmungar algo e um som seco batendo em alguma coisa, o volante pode ser. Depois ele fala com alguém: “ligue para meus irmãos, diga para ir agora a casa de Rodrigo, ligue também para a emergência. ” — Dul, me escute. Tente não se movimentar, tente respirar fundo e devagar, para diminuir a pressão sanguínea. Pode fazer isso?
— Sim... estou fraca... Christopher, ele matou a Sônia e... confessou tudo... — começo a chorar. — Ela deve ter sofrido tanto, Christopher... estou sentindo tanto por ela...
— Fique calma. Não pense nisso. Estou chegando Dul.
— Não desligue... me faça companhia.
— Não vou desligar. Pare de falar e feche os olhos. Pense em coisas boas Dul, estou chegando.
— Tá. — Fico calada e choro de alivio por não está mais sozinha. Apesar de ainda estar sozinha, posso sentir uma segurança só em ouvir a voz de Christopher. Passam-se minutos, uns cinco talvez, limpo as lagrimas, e tiro a mão da ferida para olhar, o sangue volta a escorrer e eu tampo de novo.
Então ouço a porta do quarto lá fora se abrir, e Rodrigo grita: “Vadia”. Fico parada, muda, só esperando. Demora um pouco e a maçaneta do banheiro se mexe.
— Christopher — murmuro com um peso no peito, muito medo. — Venha logo, ele está entrando.
— Dul, já estou perto da casa, só fique afastada dele. — Noto que Christopher tenta manter a calma.
Alguém do lado dele, voz de homem, fala: “seus irmãos já estão chegando lá. A ambulância está a caminho”.
Batidas fortes na porta do banheiro me faz sobressaltar. A maçaneta gira e Rodrigo bate ferozmente. Não há mais o que eu possa fazer. Nem levantar eu consigo. Olho para os lados. A janelinha pequena é no alto. Continuo sentada, espremida no cantinho. E então as batidas na porta param. Fico de olhos fechados, tentando não perder a consciência, desmaiar de tanto terror.
— Estou chegando Dul. Mantenha-se afastada. — Christopher promete de modo urgente. A única coisa que consigo dizer é: “Tá.” Passa-se mais vários minutos E então para meu desespero, um baque enorme vem da porta e vejo a ponta de um machado. Rodrigo parece se afastar e bater de novo. Christopher ainda não chegou, Rodrigo vai querer acabar comigo antes de alguém chegar.

— Christopher...

— Estou aqui.

— Me desculpa por ter feito tudo errado.

— Dulce, pare, não tem que pedir desculpas.

— Eu tenho vinte e três anos, quero te dizer que todos os dias que passei com você foram melhores que qualquer outro ano da minha vida.

— Eu sei, e você vai falar isso para mim daqui a pouco.

— Espere, me ouça. Quero te pedir uma coisa.

— Dul, estou chegando, você vai me pedir o que quiser.

— Me escute com atenção. — As batidas do machado na porta continuam forte. — Quero que no momento certo, faça a coisa certa. Não quero que faça uma escolha difícil, como a Rose fez no Titanic, entre ficar sozinha em cima da porta ou tentar dividi-la com Jack.

— Dulce, quero que pare de falar essas coisas agora. — Ele grita perdendo a paciência do outro lado do telefone, a voz ondulando e mais rouca que o normal. — Foda-se se estou te dando uma ordem. É ordem sim, para de falar isso.

A porta do banheiro continua recebendo golpes. A maçaneta cai longe.

— Christopher... não vá sofrer demais. — Apesar do terror do momento, minha voz está bem calma.

— Faça a escolha certa. Você saberá. Eu te amo, e Rodrigo nunca vai conseguir tirar isso de mim.

— Paro de falar quando a porta se quebra e Rodrigo aparece transtornado, com um machado.

Não grito, não choro. Sorrio e digo: — Adeus Christopher. — Antes de receber uma pancada com o cabo do machado e desmaiar.

Bom como não chegamos a meta está aí mais três capítulos novos pra vocês. 

Queria terminar o livro antes desse ano acabar, então vamos comentar bastante que eu volto.

Se chegar aos 900 comentários posto dez capítulos pra vocês até quinta feira.

Beijinhos 😘😘😘😘