Fanfic: Admirador Secreto- Adaptada Vondy | Tema: Vondy

— Não sabia que seu primo ia chegar. — Dulce murmura.

— Pois é. Veio para um evento no clube que Alfonso frequenta. Olha lá sua irmã. — Aponto já mudando de assunto. Eu me recuso a entrar em detalhes com Dulce sobre o clube de Alfonso. Ela sempre me pergunta sobre o assunto, quer saber se eu frequento, se eu já fui e que clube é esse.

Respondo sempre por alto, se ela souber do que se trata esse clube e que eu ainda souo ficialmente um membro...

Amadeo veio só para a festa semestral que acontece no clube. Parece que foi ontem que estava acontecendo a primeira festa do ano, eles já estão promovendo o segundo. Daqui umas semanas, será o leilão no clube.

Caminhamos até os noivos, eles estão circulando e cumprimentando as pessoas. A irmã de Dulce não se parece muito com ela, mas é igualmente bonita. Pequena, feminina e delicada. A inocência banha seu rosto logo de cara, um contrate gritante com Benjamim que é pura perversão só de olhar para essa cara de trambiqueiro dele.

— Oi Dulce. — Cláudia dá um sorriso contente, esbanjando felicidade no casamento arranjado e vem nos cumprimentar. Abraça de leve a irmã e depois se volta para mim: — Oi Christopher.

— Oi Cláudia. — Viro o rosto e encaro Benjamin. — E aí cara? — Pego na mão dele e em seguida aponto para Dulce. — Minha noiva, Dulce, irmã da Claudia. — Eu nem fico surpreso com o olhar gordo que ele passa pelo corpo de Dulce.

— Oi futura cunhada. — Ele acena com o queixo para Dulce. — Fez um bom negócio com esse cara aqui — bate no meu ombro — seria ruim se fosse o puto do Alfonso.

De lábios fechados, dou um sorriso falso. Dulce e Cláudia sorriem sem graça. Dou dois tapas de aviso no peito dele. Benjamim olha para minha mão e depois para minha cara.

— Você que é um cara sortudo. Dê valor a sua sorte. — Ele entende, pessoas da laia dele entendem avisos. — Vamos deixar vocês cumprimentarem os convidados. — Dulce e eu acenamos e nos afastamos.

— Não gosto dele. — Ela murmura, olha para trás e torna a afirmar: — não fui mesmo com a cara dele. — Estou prestes a comentar alguma coisa quando um vulto vem em minha direção.

— Ah! Vocês estão aí! — Paramos quando Any entra no nosso caminho. Ela está de um jeito que nunca vi antes. Usa um vestido bonito e os cabelos estão presos, bem penteados. Aparentemente revoltada Any mira Dulce com uma fria expressão. — Eu só vim por sua causa e você me deixa aqui sozinha a mercê de patifes mal educados. Cansei. — Ela joga as mãos para cima e começa a se afastar após a bronca que deu a Dulce. Seguro no braço dela e a trago de volta.

— O que houve? — Dulce e eu perguntamos quase juntos.

— O que houve? Eu estou aqui há horas me entupindo de canapés e champanhe — bate a mão nos quadris. — Não conheço ninguém.

— Any, eu não demorei mais que meia hora. — Dulce retruca.

— Ok. — com a mão no peito ela respira fundo e olha ao redor — Eu só estou mesmo precisando tirar esse sapato e desamarrar os cabelos. Vou embora, Dul.

— Não, espera. Any você tem que ficar.

Any rola os olhos e muda o peso do corpo no pé. Faz um bico para Dulce e eu.

— Brigou com alguém? — Questiono, afinal isso está na cara dela.

— Sim, briguei com um filho da mãe.

— Espero que não seja com Alfonso. — Eu falo.

— Não, não foi ele. Alfonso vai estar aqui?

— Provavelmente. — Ergo o rosto apontando Benjamim do outro lado. — É parceiro de negócios do noivo. — Any acompanha meu gesto, olha para os noivos e sorri.

— Já devia ter imaginado. Christopher, vá buscar suco de laranja para Dulce e me deixe falar com ela dois minutos?

— Tá. — Aceno para as duas e me afasto. Any segura no pulso de Dulce e a leva para o canto, com olhos saltados ela já começa a falar, contando alguma coisa. Dulce começa a rir enquanto Any fala sem parar. Eu vou caminhando, pesco uma taça de champanhe e vou cumprimentar os pais de Dulce. Eles não são receptivos, a mãe se sente muito desconfortável em minha presença, ela ainda sente vergonha. Converso pouco com eles e saio para conversar com outras pessoas e para minha surpresa vejo Christian conversando com uns caras. Ele olha, me vê, pede licença e vem falar comigo.

— E aí?

— Você veio mesmo. — Observo.

— Demos uma passadinha.

— E Alfonso?

— Está vindo. — Feliz da vida ele fala — Amadeo armou confusão com alguém aí.

— Já? Onde eles estão?

— Deixei lá fora, vamos. — Ele começa a andar e eu o sigo até a área da frente. Em toda a casa há poucas pessoas, convidados selecionados, algo em torno de cinquenta. Aqui fora, tem menos ainda. Alfonso já está voltando lá da rua.

— E aí? Cadê Amadeo? — Eu ainda não vi meu primo desde que ele chegou ontem. Christian olha em volta, fazendo o mesmo que eu, procurando no meio das poucas pessoas.

— Já foi. — Alfonso passa as mãos nos cabelos. — Também já estou indo, só vou cumprimentar Benjamim.

— O que houve? — Indago.

— Não sei. -- Alfonso dá de ombros — deixei ele sozinho dois segundos e alguém conseguiu deixar ele puto. — Ele se curva para frente e diz em tom de segredo: — Acho que foi a família doida de sua noiva.

— É bem provável. — Admito concordando com ele — Amanhã eu ligo para ele ir lá em casa conhecer a Dulce. Vocês vão para onde? — Olho para os dois.

— É sábado mano, festa no clube. Bem melhor que aqui. Aposto que Benjamim deve estar se roendo por não poder participar. —Ele ri, Christian resmunga algo e os dois passam por mim em direção a porta da frente da casa, a mim só resta segui-los.

A cerimônia foi bem do jeito antigo mesmo. Com direito a bolo e troca de alianças. O noivog anha uma aliança prateada e entrega o tão esperado anel a noiva. Meu noivado com Dulce foi muito melhor. Coloquei o anel no dedo dela quando ainda estava quase nua na cama e depois, nos acabamos num sexo de comemoração.