Fanfic: Sol & Tempestade | Tema: Vondy

Essa história começa precisamente no dia 13 de abril de 2015, na Cidade do México.

O tempo estava nublado, apesar das pessoas estarem agasalhadas não fazia frio, era apenas uma precaução caso esfriasse ou até mesmo chovesse. Pessoas, era o que mais podia se ver, pessoas correndo, pessoas paradas, pessoas conversando, pessoas discutindo, pessoas rindo, pessoas chorando, mas apenas uma pessoa se destacava na pequena praça perto do centro da cidade, uma moça.

 Uma moça com cabelos vermelhos como o sangue que cobriam seu rosto devido sua cabeça baixa. A mesma estava sentada em um banco com uma caixa ao seu lado, as duas coisas que mais temia acabará de acontecer, perdera seu emprego e seu noivo, tudo em apenas um dia. Não tinha pra onde ir, seus pais moravam longe, e seu orgulho não permitia que ela voltasse para a casa deles como uma fracassada.

 Após alguns minutos a mesma levantou sua cabeça revelando um rosto muito bonito, sua boca era perfeitamente desenhada, seus olhos apesar de estarem vermelhos eram castanhos claros, seu rosto era realmente bonito, todos os traços eram perfeitamente desenhados, parecia que havia sido pintado com todo o cuidado do mundo. E falando em pintado, algo ou melhor, alguém prendeu sua atenção.

 Um velho homem sentado em meio a grama pintando seriamente, em volta dele havia vários quadros com cores quentes o que despertou ainda mais a atenção e curiosidade da moça que levantou com sua caixa nas mãos e se dirigiu até o senhor.

Ela olhou quadro por quadro com bastante atenção, parecia até estar em um museu, mas algo não lhe agradou muito, todos os quadros retratavam pessoas mortas, torturadas e infelizes. Exceto um, que era o que o senhor estava terminando de pintar, era a figura de um homem de frente a um enorme castelo, as cores da pinturas não eram quentes como os outros quadros, as cores nesse eram frias dava uma certa impressão de tristeza.

 — Por que ele está assim? — perguntou a moça sem conseguir se aguentar de curiosidade

 — Pois ele perdeu o amor de sua vida — respondeu o senhor sem olha-la nos olhos

 — Então somos dois, perdi meu emprego e meu noivo — suspirou ela se sentando ao lado do senhor — Queria que tudo fosse diferente.

 — Porque não procura por uma lâmpada mágica? Quem sabe um gênio não te ajude? —  falou o senhor com um certo sarcasmo que não foi compreendido pela moça que olhou para o céu pensativa.

 — Um gênio? Então seria três pedidos — disse ela pensativa fazendo o senhor afastar o pincel de sua tela — Um trabalho novo, um homem que movesse céus e terras por mim, eu queria realmente começar tudo do zero, como uma outra pessoa.

 O senhor a escutou com atenção e respirou fundo limpando o pincel em um pequeno pano

 — Para isso teria que morrer e nascer novamente

 Eles se olharam nos olhos por um tempo, até que a moça se levantou pegando sua caixa e se afastou andando rapidamente para longe do senhor que a seguia com os olhos. Quando ela sumiu do seu campo de visão, o senhor voltou a olhar para seu mais novo quadro e sorriu:

 — Seria ela meu bom príncipe?

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 O sol já havia se escondido entre as nuvens, uma forte ventania bagunçava os cabelos vermelhos da moça que procurava um hotel próximo já que não tinha um lugar para ficar, um raio cortou os céus fazendo a terra tremer com seu trovão, a moça corria o mais rápido que conseguia, sua roupa já estava completamente ensopada.

 Quando se deu conta estava em um parque, as crianças tiravam seus barquinhos do grande lago que havia ali e saíam correndo em direção aos seus pais, logo a frente havia um hotel, era preciso apenas correr mais um pouco e já chegaria a salvo, outro raio cortou os céus e com ele a figura de um senhor bem na sua frente a fazendo parar de correr bruscamente. Era o mesmo senhor que havia conversado na praça. Ela tentou desviar mas ele foi mais rápido a agarrando pelo braço

 — Recomece do zero

 Foi o que ele disse antes de atira-la no lago, a moça se rebateu e gritou por ajuda, não sabia nadar mas sabia que água e raio eram uma péssima combinação. E assim que a mesma gritou por ajudar pela terceira vez um raio cortou o céu atingindo o lago, fazendo a água se agitar. E foi aí que a visão da pobre moça ficou escura, seus ouvidos não ouviam mais nada e seu corpo não respondia mais seus comandos. Tudo ficou escuro, em um completo breu.