Fanfic: Confusões do Amor | Tema: Barken e Trendy

- Senhorita Dulce estamos perdendo ela… “eu ouvia apenas murmúrios enquanto  pegava o desfibrilador.” - Afastem-se...afastem-se… afastem-se…

- doutora ela se foi… soltei o desfibrilador sobre a mesa e todos me olhavam.

- Hora do óbito 19:40. “ Falei firme, porém por dentro estava destruída, nunca havia presenciado uma morte. Sai da sala e sabia que teria que encarar a Família, foi quando Caio me puxou fazendo com que eu parasse um pouco antes da porta que dava pra sala de espera.”

- Você quer que eu faça? “ Ele perguntou enquanto me segurava pelos ombros. Fiquei em silêncio por algum tempo, não que eu não tivesse uma resposta, mas sim porque estava tomando coragem pra falar, sem chorar.”

- Eu faço, sou eu a responsável.

- Tudo bem, seja firme, direta e não demonstre fraqueza. “ Concordei com a cabeça e após respirar fundo fui em direção a família, logo a mãe da menina se aproximou de mim, desesperada.”

- como ela está?

- senhora fizemos tudo que estava ao nosso alcance, mas após ela ter uma parada cardíaca não conseguimos reanimá la e ela veio a óbito, eu sinto muito pela sua perda! “ Falei buscando ser o mais sincera  e firme, quanto possível. A mãe da menina me sacudiu pelos ombros, neste momento alguns familiares a seguraram.”

- Você disse que ia salvá-la… ela só tinha 04 anos, o que você fez? “ A mulher caiu no chão de joelhos em prantos, aquilo tudo estava me matando, uma lágrima escorreu pelo meu rosto, mas logo a sequei.”

- Eu fiz o que estava ao meu alcance, se precisarem de algo, podem me procurar, com licença. “ Eu me sentia a pior pessoa do mundo, o que estava ao meu alcance, eu podia ter feito mais… Fui para minha sala e tranquei a porta. Me sentei e fiquei por algum tempo em uma espécie de transe, até que meu celular tocou.”

- alo.

- Dulce amiga como você está?

- bem. “Eu não gostava de mentir, mas não queria falar de como estava me sentindo agora.”

- Eu queria confirmar nosso jantar?

- podemos mudar pra amanhã?

- Claro amiga, que horas?

- umas sete, me manda o endereço depois.

- ta ok, beijo amiga!

Annie

Desliguei o celular um pouco preocupada, Dulce parecia estar triste, mas eu sabia que ela jamais falaria algo por telefone. Senti as mãos de Darren deslizarem pelo meu corpo e sorri.

- E sua amiga? “Ele beijou meu ombro e me virei ficando de frente pra ele.”

- Ela não está muito bem, eu não sei, acho que devia ir vê-la.”

- Daqui você não sai. “ Darren me beijou e acabei me deixando envolver, quando as coisas estavam esquentando meu celular tocou, relutei em atender, mas fiquei preocupada que tivesse acontecido algo.”

- Não atende. “ Darren suplicou, mas peguei o celular que tocava sobre o criado mudo.”

- Fala Deri.

- Anahí onde você está?

- Pai eu estou na casa da Dul.

- Anahí se isso for mais uma das suas mentiras…

- Pai estou falando a verdade. “ Tentei passar o máximo de sinceridade mas me sentia muito mal por contar tantas mentiras”

- Eu espero por você na empresa amanhã às 10:00.

- Estarei-lá. “Desliguei e voltei pro meu amor.”

…

Poncho

- dona Lupita eu cheguei. “ Entrei na cozinha e vi minha avó cozinhando, tentei meter o dedo na panela onde tinha um pouco de macarrão já escorrido, mas ela bateu com a colher em minha mão.”

- Que isso vó, eu só ia provar.

- Vai lavar a mão menino.

- A senhora não merece o meu amor. “ dei um beijo na bochecha dela que sorriu, resolvi tomar um banho e quando sai minha vó já me esperava a mesa. Eu estava terminando de jantar, quando minha ela soltou os talheres e me olhou séria.”

- Precisamos conversar menino.

- O que foi? A senhora está bem vó, aconteceu algo?

- Filho sua mãe esteve aqui hoje. “ soltei os talheres e sai da mesa, fui até a frente da casa e fiquei sentado no degrau da varanda. Minha avó sentou ao meu lado.”

- Você precisa falar com ela filho.

- Pra dizer o que? Eu não tenho nada de bom pra falar pra ela Dona Lupita.

- Filho ela quer que você conheça seu irmão e que vá morar com ela.

- Eu nunca vou fazer isso. Meu lugar é ao seu lado. Ela pra mim já morreu faz tempo. “Minha avó me deu um beijo na cabeça e entrou.”

Fiquei ali por um bom tempo pensando em tudo, minha mãe havia saído de casa quando eu tinha apenas dois anos, ela acabou engravidando de um homem rico, porém ele nunca me aceitou, ela sempre vinha me ver e trazia presentes, o que com o tempo acabou por me deixar cada vez mais frustrado com aquela situação. Agora ela tinha uma vida nova, uma família nova e eu não cabia nela.

Ucker

Estávamos à mesa tomando café em silêncio, quando minha mãe se pronunciou.

- Então eu queria contar uma coisa. “Minha mãe parecia apreensiva, meu pai não desgrudava os olhos do jornal.” - Eu fui até a casa da minha mãe ontem e falei com ela sobre o meu filho vir morar com a gente. “Meu pai não esboçou nenhuma reação, e vi a tristeza no olhar da minha mãe.”

- Eu acho que já está mais que na hora do meu irmão assumir o que é dele por direito.

- Você está louco. Meu único herdeiro é e continua sendo você. Aquele moleque não tem nada o que fazer aqui. “Meu pai disse friamente, o que me deixou incrédulo, meu pai sempre foi frio e ganancioso, mas eu não acreditava que ele magoaria minha mãe dessa maneira.”

- Aquele moleque é meu filho. “Minha mãe levantou e bateu com as mãos na mesa.  Sempre ouvi eles discutirem e  a verdade é que já estava exausto de me meter nas suas brigas. Sai da mesa sem me despedir, entrei no meu carro e respirei fundo. Dirigi até a empresa onde, iniciaria meu estágio, era uma das maiores empresas de marketing e propaganda. Claro que consegui o estágio graças ao meu sobrenome.”

Quando cheguei a secretária me mostrou toda a empresa, inclusive onde seria minha sala, estava arrumando minhas coisas quando meu telefone tocou, Marta a secretaria da presidência disse que Luciano queria me ver.

- Bom dia, senhor Luciano. Entrei e o cumprimentei, ele fez sinal para que eu sentasse e o fiz.

- Christopher é um prazer te ter aqui, como vai seu pai?

- Muito bem senhor. Sem dúvida me sinto honrado de poder trabalhar ao lado do senhor. “O telefone tocou e ele atendeu. Deu ordem para que a pessoa entrasse e para minha surpresa, era uma mulher loira lindíssima e sorridente. Luciano foi até ela e a abraçou, a mesma retribuiu o abraço e depois se voltou pra mim.

- Christopher permita me te apresentar minha filha Anahí.

- É um grande prazer senhora.

- Senhora não senhorita. “Luciano me repreendeu e na verdade aquilo me deixou feliz.”

- Então não é casada?

- Estou a procura de um homem decente, que esteja ao nível de minha filha.

- sim compreendo. “Anahí parecia não gostar nada daquela conversa.”

- Papai já conversamos e quem irá decidir isso sou eu. “Ela disse ainda abraçada ao pai, forçando um sorriso.”

- Claro que sim querida, mas você não ficará com ninguém, que eu ache que não seja merecedor do seu amor.

- Pelo amor de Deus! “ ela revirou os olhos, logo o Telefone tocou e Luciano nos pediu licença, pra ir falar com um dos diretores.”