Fanfic: Confusões do Amor | Tema: Barken e Trendy

Enquanto isso….

Eu trabalhava como entregador em uma empresa, então sempre ia almoçar em casa, mas não esperava chegar em casa e dar de cara com ela.

- Poncho meu amor! Ela me abraçou mas eu não tive nenhuma reação.

- O que faz aqui? “minha voz saiu rouca.”

- Eu vim conversar com você.

- Conversar eu não quero conversar.

- Filho eu gostaria tanto que você fosse morar comigo e com seu irmão.

- Pelo amor de Deus você sabe que essa gente não me quer lá, a verdade é que nem você me quer.

- Filho não diz isso. Te amo mais que tudo, meu amor.

- Não mais que aquele homem. Me abandonou para ir viver com ele.

- Não te abandonei amor, te deixei em ótimas mãos com sua avó.

- Eu já sou bem grandinho pra ir morar com vocês.

- Eu só quero recuperar o tempo perdido.

“Ouvi alguém bater na porta, fui abrir e fiquei surpreso ao ver que era Dulce.”

- Oi Poncho posso falar com você?

- quem é? “Perguntou minha mãe atrás de mim.”

- Desculpe, se atrapalho volto outra hora. “Ela já ia saindo.”

- Dulce espera, podemos conversar em outro lugar? “ só queria fugir daquela situação, minha mãe ficou furiosa.”

- Sim. “Ela respondeu ainda meio confusa, entrei em casa e peguei meus dois capacetes e saí, minha mãe veio atrás de mim.”

- Não terminamos de conversar.

- Terminamos. “Entreguei o capacete a Dul que apesar de confusa o colocou e subiu na moto junto comigo.”

-  Me desculpe. “Ela disse pra minha mãe e arranquei.”

Paramos em um parque que era próximo Dali.

…..

Dulce

-o que aconteceu, não entendi nada?

- Aquela é minha mãe.

-   Humm ainda não entendi.

- Ela acha que vai me convencer a brincar de família feliz com ela e o marido dela.

- agora entendi. “Poncho se sentou no banco com as mãos na cabeça frustrado.”

- Talvez ela só sinta sua falta. “Ele me olhou e deu um meio sorriso.”

- Você é muito espertinha Dulce. “Ele olhou para o lago e ficamos em silêncio por um tempo.” - Posso te pagar um sorvete? Ou você é uma daquelas metidas que não comem nada com medo de engordar?

- Gosto de comer de tudo, inclusive sorvete. “ sorri e Poncho foi até o sorveteiro,  comprou dois sorvetes de morango e me entregou um.”

- Mas então você não me procurou pra saber da minha vida pra lá de complicada?

- sim tem razão. Bom eu pensei muito sobre o que você me falou, ontem à noite.

- te falei várias coisas não?

- A respeito do centro de atendimento.

- claro lembro.

- Eu gostaria de restaurar o centro e abrilo a comunidade.

- e quem vai atender? Isso seria um  trabalho enorme.

- eu vou atender lá.

- Você não precisa fazer isso só por se sentir culpada por falar uma besteira.

- Não se trata disso. Minha mãe morreu não faz um ano, desde então me sinto perdida como se não conseguisse dar um verdadeiro propósito a minha vida.

- E como você veio parar aqui no Brasil? Sentamos em um banco que ficava de frente pro lago.

- Anahí, ela se mudou pro México e me apoiou muito durante esse processo e depois da perda da minha mãe também. “Minha voz já saia um pouco embargada, então respirei. Poncho colocou sua mão sobre a minha e sorriu.”

- Se você não quiser falar…

- Não tudo bem. Caio é primo da Annie e sempre que podia ia pro México e fomos nos aproximando… Uns 7 meses após a morte da minha mãe decidi que, era hora de ir embora. Annie precisava voltar e vim com ela. E aqui estou. Mas e você dá pra ver de longe que não és brasileiro. Ele riu e parecia que tomava coragem para falar.

- vivíamos no México, minha mãe trabalhava em um hotel, na verdade um dos mais famosos de lá, então conhecia muita gente, se envolveu com um cara e acabou engravidando dele, ele a chamou para viver com ele aqui e ela aceitou.

- Mas por que vocês não moram com eles?

- morávamos, mas minha avó começou a se desentender com o marido da minha mãe, pelo jeito que ele me tratava, então ela foi embora, sem dinheiro a favela foi sua única opção. Algum tempo depois Minha mãe achou melhor eu ir morar com minha avó. Acho que numa tentativa frustrada de agradar o marido.

- Nossa que história! Dava pra ver a tristeza no olhar de Poncho. - E seu pai?

- Meu pai? Nunca o conheci, na verdade nem sei como se chama.

- Eu lamento! Mas então você vai me ajudar? Levantei do banco e puxei Poncho que relutava em levantar.

- Tá tudo bem,eu ajudo, mas temos que falar com o Darren.

- Ai que você entra, já que vocês são como irmãos ele não vai negar isso a você.

- espertinha. Poncho levantou e fomos caminhando pela beira do lago.

- Você não acha tudo isso uma loucura? “Parei frente a ele que riu.”

- o que exatamente?

- A gente. “Ele ficou sério como se eu  o tivesse  o pedido em namoro.”

- como?

- Eu não costumo conversar com muitas pessoas, muito menos contar da minha vida a elas, mas com você  tudo parece tão natural, como se fôssemos amigos a muito tempo. “Poncho me olhava calado e sério, então voltei a caminhar. Logo ele voltou a caminhar ao meu lado.”

- também sinto o mesmo. “Ele sorriu e não sei porque mas, senti um friozinho no estômago ao encontrar seu olhar.” - agora vamos maluquinha. Ele passou o dedo no sorvete e passou no meu rosto.

- Agora você me paga. Sai correndo atrás de Poncho, que após correr um pouco parou com a mão no peito.

- Perai eu to com falta de ar.

- Você tem algum problema respiratório? “Perguntei me aproximando preocupada.”

- Te peguei. “Ele me puxou rindo.”

- Seu idiota. “Me sentei na grama ao lado da moto, Poncho fez o mesmo.”

- Tá desculpa?

- Tá bom. Mais vai ter volta. “Poncho me olhava fixamente.” O que foi?

- ainda tem sorvete no seu rosto.

- Ai que vergonha. “Tentei limpar e ele riu.”

- Deixa eu limpo. “Poncho passou os dedos pelo meu rosto com muito cuidado. Fiquei um pouco nervosa e envergonhada ao sentir seu toque, mas não conseguia desgrudar meus olhos dos seus olhos verdes, estávamos tão próximos que pude perceber a respiração pesada de Poncho.”

- É melhor irmos. “Poncho levantou e colocou o capacete. Respirei fundo e levantei.”

- Sim vamos.