Fanfic: Confusões do Amor | Tema: Barken e Trendy

saí da sala de cirurgia mais apreensiva que o normal, havia feito o possível por Darren, ele havia levado um tiro, entre as costelas, a bala ficou alojada e precisamos fazer a operação para retirá- la.  Após trocar de roupa fui até a sala de espera, Poncho veio até mim, claramente preocupado.

- Como ele está?

- se recuperando, por que o trouxe pra cá? Como acha que me sinto?

- Do que está falando?

- estou falando do fato do seu amigo, ter tentado matar a minha melhor amiga.

- Annie?

- Sim. Você tem noção, eu queria vê-lo morto neste momento.

- Como assim Dul, eu não sabia de nada disso.

- Agora já sabe, seu amigo não vale nada, assim como você não deve valer. “ eu ia sair quando Poncho me segurou pelo braço”

- Dulce eu vou descobrir o que aconteceu e se ele fez isso, ele vai se desculpar.

- Eu quero ele longe da minha amiga, só isso. “ me soltei de Poncho e fui tomar um café, a noite seria longa e com eles dois aqui, mais ainda. Peguei o café e fui para minha sala, estava folheando  alguns prontuários, quando ouvi uma risada de criança e passos, levantei da mesa e olhei toda sala que na verdade, não era muito grande, fui até a janela, precisava de ar, foi quando ouvi novamente, me virei assustada e novamente nada. O que estava acontecendo comigo? logo veio a minha cabeça o rosto da menina que havia morrido. Peguei meu celular e desci, precisava sair de lá, precisa de ar. Me sentei em um muro baixo, que havia na entrada do hospital. Não conseguia esquecer a menina, até mesmo me assustei com a presença de Poncho ao meu lado.”

- Você está bem?

- Sim estou. “ não estava”

- Você está pálida, tem certeza que está bem?

- Na verdade, nada mais está bem!

- Por que diz isso?

- por nada, coisas que só eu entendo.

- Dulce eu lamento pela Annie…

- Tudo bem, lamento pelo que disse.

- quer me falar, o que foi que te deixou assim? “ ele colocou sua mão sobre a minha e senti, um frio percorrer todo meu corpo.”

- Você vai achar que é tolice. “ Quando levantei minha cabeça, meus olhos se encontraram com os de Poncho, deixando todo aquele momento, ainda mais constrangedor.”

- se você não falar não tem como sabermos. “ ele deu um sorriso que me fez sorrir também, tinha algo em Poncho que me acalmava, ao mesmo tempo em que me eletrizava.

- Eu estava na minh… “ meu telefone tocou e pedi licença a Poncho para atender”

Annie

Depois que Dulce saiu, me levantei e olhei novamente as marcas em meu pescoço, Dareen nunca havia sido agressivo comigo, o que fez com que eu levasse um susto enorme ao ver sua atitude, sentia um misto de emoções, amor, raiva, decepção. Dulce estava certa, meu pai jamais vai aceitá-lo e se souber disso, pior ainda. Agora se eu permanecer ao lado de Darren parecerei uma idiota. Subi até o banheiro, abri o armário e vi uma cartela de remédio, sem nem ao menos ler, fui engolindo toda cartela, desci e tomei um copo de tequila,

Não demorou muito pra que me sentisse zonza, resolvi ligar a música no último volume. E antes que me desse por conta, já havia adormecido.

Ucker

Estávamos no bar, quando Caio recebeu uma ligação de Dulce, pedindo que ele fosse até o apartamento dela, checar se sua amiga estava bem, como ele estava sem carro, o levei até lá.

- Poxa Cara, essa garota só da problema.

- Por isso que vocês nunca me apresentaram ela. “ brinquei e ele riu”

- Minha prima é uma bomba, jamais empurraria para você amigo.

- não pode ser tão ruim. “ chegamos ao apartamento e subimos, no corredor escutamos uma música alta e os vizinhos reclamavam. Caio abriu a porta, quando entramos a garota estava deitada no chão, ele a pegou no colo e  eu desliguei a música.

- Ucker liga pra ambulância. Liguei e eles ficaram de chegar em menos de 20 minutos. Quando cheguei perto de Caio, não podia acreditar, era a filha do Luciano, Anahí, quais eram as chances de isso estar realmente acontecendo. Tentamos acordá-la, mas foi impossível.

Assim que chegamos já esperavam Caio com tudo pronto para atendê-la, ele trabalha no hospital, o que facilitou muito as coisas. Fiquei horas esperando por notícias sem saber se ligava ou não para Dulce. Fui até a cafeteria e peguei um café  quando retornei Caio estava ao telefone.

-Então como está sua prima?

- Ela vai ficar bem, graças a Deus chegamos a tempo, ela podia ter morrido, Annie já fez muitas bobagens, mas nunca uma desse tipo. “ lembrei do que havia acontecido hoje a tarde e se deveria contar, mas logo Caio me tirou de meus pensamentos.”

- Você pode ficar com ela, o carro da Dulce estragou um dia atrás, fiquei de buscá-la.

- Claro sem problemas.

- O doutor Henrique estará acompanhando ela.

- E os pais dela?

- Em breve estarão aqui. Aí você pode ir embora, desculpa ter te metido nos nossos problemas de família.

- Sem problema irmão. “ Caio saiu e a enfermeira me levou até o quarto, quando entrei Annie estava dormindo, eu só conseguia pensar em como era estranho, sempre que nos víamos, era por algum problema que deu muito errado. Depois de algum tempo Annie começou a se mexer muito.

- Annie, acorde!

- Me solta, não…

- Annie acorda! “Falei alto e Annie acordou, parecia confusa, e quando me viu, percebi que ficou ainda mais confusa”

- O que houve? Por que estou aqui com você?

- Você tentou se matar, te encontramos e te trouxemos.

-   Não queria me matar.

- o que achou que aconteceria ao tomar aqueles remédios?

- Eu não pensei em nada.

- Então no mínimo você só queria chamar a atenção.

- Você não se cansa não de ser tão irritante, vai embora pelo amor de Deus!

-  a verdade sempre dói. Vai ser ótimo ver você explicar aos seus pais, o porquê de você ter feito isso.

- Você é um idiota, sai daqui agora.

- Eu não vou, prometi ao seu primo que cuidaria de você, mesmo muito contrariado. “ Annie revirou os olhos e eu respirei fundo.”

- Annie meu amor, o que aconteceu? Como você está?

- Estou bem mamãe!

- Você é o Christopher?

- Sou sim.

- Ai meu Deus obrigado por ter salvado a Annie.

- Eu só ajudei o Caio.

- há mãe para com isso, onde está o papai.

- Err, acho que no trabalho, eu não estava em casa.

- novidade.

- Bom agora que a senhora chegou, vou embora, mas caso precise de algo, pode me ligar.

- Tchauzinho. Esse rapaz é lindo de mais, não nega de quem é filho.

- ai mãe credo, tenha mais respeito pelo meu pai.

- Ai filha deixa de ser exagerada.

- Então comece a agir como a mulher casada que você é.

Meu pai estava furioso com a besteira que eu havia feito, a verdade é que não pensei em nada naquele momento.

Estava feliz por ter recebido alta, mas tinha que repousar, Dul havia ido me ver no hospital mas não falou muito, a conhecia, estava furiosa comigo. Eu estava saindo do banho, quando ela entrou no meu quarto.

- como você está?

- Bem e antes que você comece sei que errei e lamento.

- Eu não sou ninguém pra te julgar, o bom é que agora você vai se afastar daquele traste que só te fez mal e melhor ainda ele pagou pelo que te fez.

- Como assim?

- No meu plantão, ele chegou com um ferimento de bala.

- Por que você não me falou isso antes?” comecei a me vestir às pressas e Dul me olhou indignada.

- O que vai fazer?

- Vou ver o Darren.

- Annie ele te agrediu e você vai correr atrás dele.

- Ele precisa de mim, não espero que você entenda mas por amor a gente perdoa tudo. - Isso não é verdade, cadê o seu amor próprio?

- Amor próprio não te aquece nas noites frias. Quando sair feche a porta. “ peguei minha bolsa e sai”