Fanfic: algemas da paixão [vondy]{FINALIZADA}

     - E bem? - perguntou dulce.

     Ele seguiu em silêncio. Regina intercedeu:

     - Seu caso com ele é de domínio público.

     - E? - desprezou-a dulce. - Dado que não é nem minha mãe nem minha tutora e sou maior de idade, não entendo que isto possa ser teu assunto.

     - Vive em minha casa - lhe espetou Regina com raiva, - come em minha mesa, e diz que não é assunto meu que te comporte como uma fulana? - Dirigiu um olhar reprovado ao ucker. - Antes de conhecê-lo você, era inocente. Não tinha experiência para defender-se contra o abuso de um homem.

     - Sou consciente disso - assentiu ele, nervoso.

     - Tem em seu haver numerosas experiências seduzindo a mulheres, não é certo, uckermann?

     - Suponho.

     - Não seja modesto. dulce não é a primeira mulher a que corrompeu. Desfruta de uma boa reputação como libertino e trapaceiro.

     - Nunca fui um santo, - admitiu ele.

     - É de todos sabido que atrai às mulheres para qualquer tipo de depravação. É mais…, que virtualmente observa sua corrupção como um desafio.

     - Eu não iria tão longe.

     - Um homem fingirá afeto, não é assim, uckermann? Para coagir a uma mulher a ser imoral.

     - Ocorre em todas as horas.

     - E não é você diferente de outros homens, certo?

     - Provavelmente não, - concordou ele.

     - Estou segura de que dulce assume que está apaixonado por ela. Não suspeitaria o mesmo se estivesse em seu lugar?

     - É provável.

     - Amou-a em algum momento?

     Ele baixou o olhar.

     - Não.

     - A ama agora?

     - Não - repetiu, com apenas um fio de voz.

     - É provável que ela assuma que tenha intenções honrosas respeito a ela. Pode inclusive chegar a imaginar que se casaria com ela. Faria?

     - Seria a pior de todas as loucuras.

     Regina fez uma prolongada pausa, permitindo que a rejeição dele tomasse forma, assegurando-se de que o impacto da confissão fosse suficientemente devastador. Ninguém antes tinha humilhado tanto a dulce. Queria morrer, queria dobrar-se em posição fetal e deixar de existir.

     - Ouviste, dulce? - perguntou Regina, ao fim. - Não te quer, nunca te quis.

     - Sim, Regina. Ouvi-lhe.

     Sempre tinha sabido que ucker vivia isolado, que era um ser solitário, que se mantinha longe de outros de propósito, mas nunca considerou que fosse cruel. Por que sentia aquela repentina necessidade de participar de sua crucificação?

continua

comentem

plix*-*