Fanfic: algemas da paixão [vondy]{FINALIZADA}

     ucker se esticou; assaltou-lhe uma sucessão de pensamentos horrorosos.

     - Onde pode estar?

     - Bem, possivelmente lhe tenha considerado perigosa, para si mesmo e para outros.

     - Ou? - gritou ucker, suspeitando o pior.

     - Suponho que alguém poderia haver…, poderia ter comprado um castigo mais grave.

     ucker se inclinou e agarrou ao guarda pelo cabelo. Obrigou-o a jogar a cabeça atrás.

     - Quem te pagou?

     - Uma mulher, - conseguiu dizer o guarda.

     - Era obesa?

     - Sim.

     Embora nunca tinha acreditado nesse tipo de histórias, abundavam os rumores sobre tais atrocidades. Uma pessoa com dinheiro podia beneficiar-se de um confinamento mais amável. Assim, por que não atribuir o mais terrível dos destinos a uma pessoa pobre? Em geral, os delinqüentes inundavam o sistema judicial e depois desapareciam para sempre.

     Havia-se sumido com o registro ou se tratava de um fim pouco mais funesto? Quais tinham sido as intenções de Regina para dulce? Provavelmente, dulce ia ser assassinada pelo bruto que tinha a seus pés, quem logo a faria desaparecer.

     Depois de tudo, quem ia perguntar por dulce? Quem teria sentido falta dela?

     Regina tinha passado a encontrar-se na pior das situações. Não tinha previsto que certas pessoas queriam dulce, que Selena, poncho e ele iriam até o fim do mundo para encontrá-la.

     Em questão de segundos caminhavam já para o fundo do corredor.ucker tentou evitar os aromas e gemidos da agonia humana. Andaram pelas seções principais da prisão, através de sufocantes pátios e de úmidos e fedorentos túneis. Logo desceram para as vísceras da terra por escadas escorregadias e escuras; a luz minguava atrás deles, os gritos de desespero se desvaneciam na distância.

     Detiveram-se frente à última porta. O zelador os tinha escoltado e girava a chave no ferrolho, embora lhe faltassem forças para abrir a porta. Um de seus sentinelas a empurrou até que cedeu. ucker olhou dentro daquele sério abismo e se sentiu doente de ver o monstruoso lugar onde a tinham escondido.

     A teriam matado de fome? A teriam torturado? A teriam deixado adoecer e morrer? A raiva buliu nele com força renovada.

     O zelador entrou sustentando um abajur. Selena, determinada e valente, penetrou atrás dele. ucker tentou entrar, mas o espaço era tão reduzido que poncho e ele se viram obrigados a esperar no corredor.

     - dulce? - chamou Selena com voz suave. - dulce, sou eu.

     ucker ouviu os sussurros alentadores e carinhosos de Selena em sua tentativa de reanimar dulce, mas não obteve nenhuma resposta. Fechou os olhos com força e rezou para ouvir novamente sua voz.

     - Tudo foi um engano, - sussurrou Selena. - Vamos te tirar daqui.

     - Selena?

     Quando ucker ouviu por fim a voz de dulce, sentiu um alívio tão imenso que lhe afrouxaram os joelhos e poncho teve que sustentá-lo para impedir que se desabasse.

     - Sim, minha cara. Sou eu, de verdade. - A voz da Selena oscilava e era óbvio que estava a ponto de romper a chorar. - Tudo vai acabar bem.

     dulce disse algo que ucker não pôde decifrar e Selena explicou:

continua

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plix*-*