Fanfic: The Rocker That Holds Her - Adaptada Vondy; Finalizada | Tema: Romance, Vondy
Conhecendo Dulce
Eu não sei o que me fez olhar para fora da janela.
Mamãe estava na cozinha lavando pratos, certificando-se de que a casa estava em seu padrão de limpeza antes de se deitar. Era uma boa mudança para a forma como o meu pai tinha mantido o lugar antes que ele morresse há alguns anos atrás. Naquela época ele tinha cheiro de fumaça, cerveja, e, por vezes, os resíduos do próprio velho bastardo. Agora ele cheirava a pinho doce e algum tipo de spray floral do qual a mãe não conseguia sair do supermercado sem.
Eu estava deitado na minha cama apenas olhando para o teto. Meus melhores amigos não estavam em casa neste fim de semana. O pai de Alfonso havia lhe arrastado para algum jogo de
pôquer depois da ponte em Huntington, West Virginia, e não voltaria até o dia seguinte. Eddy e Christian estavam em um acampamento com sua mãe e seu padrasto já que a mãe deles tinha o fim de semana de folga.
Enquanto isso, eu estava preso aqui.
Eu odiava aqui.
Odiava este trailer decadente, nesse parque de trailers decadente, Lugar Nenhum, Ohio. Talvez tenham sido as memórias do meu pai e mãe biológica. De ser espancado no meio da noite sem motivo. Minha mãe, que era apenas minha tia, tinha sido a minha graça salvadora quando o velho filho da puta morreu. Ela tinha desistido de sua vida e se mudou para este trailer de baixa qualidade para cuidar de mim. Por isso eu seria sempre grato. E era por isso que eu queria sair de Ohio. Quando eu sair de Ohio, eu iria fazer sucesso.
Eu sabia que eu faria.
Eddy e eu erámos muito bons na música. Poderíamos conseguir um contrato de gravação, e eu seria capaz de cuidar de minha mãe do jeito que ela merece ser cuidada.
Grandes sonhos para um garoto de cidade pequena com nada mais do que uma paixão por cantar e brincar de banda na escola, mas era tudo que eu tinha. Eu estava determinado que era tudo que eu precisava.
Sentei-me, não tendo certeza se eu queria ir para a sala de estar e ver um pouco de televisão, ou talvez atravessar o trailer e ver se eu poderia convencer Missy Snuffer a tomar uma caminhada pelas trilhas do trem comigo. Não seria a primeira vez que eu tinha pedido, e não seria a primeira vez que eu iria tentar - e mais do que provável ter sucesso – em conseguir chegar à segunda base com a garota de dezesseis anos de idade.
Antes que eu pudesse decidir, meu olhar pegou algo fora da janela do meu quarto, e por algum motivo eu me senti como se eu fosse um idiota levando um soco no estômago. Lá, na grama que separava meu trailer daquele ao lado, estava um pacote pequeno de trapos.
Pelo menos à primeira vista, pareciam trapos.
Me aproximando da janela, eu vi que era uma menina, com talvez quatro anos, não mais do que cinco. Seu cabelo estava uma bagunça, emaranhado e sujo, mas isso não disfarçava sua cor bonita. Suas roupas eram velhas e esfarrapadas. Havia um buraco no joelho de suas leggings e uma mancha de água sanitária em sua camisa rosa. O rosto da menina estava sujo e manchado de lágrimas. Ela parecia perdida e triste quando ela segurou firme um urso de pelúcia que eu não poderia dizer se parecia melhor ou pior do que a menina. Estava esfarrapado, faltando seu olho direito, e sua orelha esquerda estava pendurado por um fio. Fiquei paralisado quando a menina balançou o ursinho de pelúcia e sussurrou para ele como se fosse seu único amigo no mundo.
Meu peito doía de apenas olhar para ela.
Eu estava andando pelo trailer antes mesmo de eu perceber que meus pés estavam se movendo. Mamãe levantou uma sobrancelha para mim quando eu abri o freezer e peguei dois
picolés. Em vez de responder a sua pergunta não dita, eu só a beijei na bochecha e fui lá fora. A menina não se moveu. Alívio me encheu de vê-la ainda sentada na grama perto de minha janela. O som dos meus sapatos esmagando algumas pedras fez a cabeça da menina levantar, e grandes olhos verdes estalaram para mim.
Parecia assustada, nervosa.
Eu dei alguns passos em direção a ela e podia ver que ela estava pálida sob o rosto sujo e tive que esconder a minha carranca conforme eu me aproximava.
— Hey, — eu a cumprimentei.
Eu não tinha lidado com muitas crianças, então eu não tinha certeza de como me aproximar dela. Ela olhou hesitante para mim, aqueles grandes olhos dela puxando algo no meu peito de uma forma que era quase doloroso.
— Oi, — ela sussurrou baixinho, apertando mais forte seu desagradável velho urso.
Eu abri um dos picolé de cereja, o meu favorito.
— Está quente aqui. Quer algo frio para comer?
Seu olhar foi para o picolé já derretendo e ela lambeu os lábios, mas ela hesitou. Eu pensei que era incrivelmente inteligente para uma criança de sua idade.
— Eu...
Eu dei alguns passos mais perto e me sentei sobre a grama seca ao lado dela.
— Aqui, é bom. Cereja é o melhor sabor na caixa.
Dedinhos se fecharam no palito, e eu notei que ela tremia um pouco quando ela pegou a guloseima fria de mim. Quando ela levantou o picolé para os lábios, eu vi a primeira contusão.
Era grande, ou talvez fosse apenas porque seus braços eram tão pequenos que parecia grande. A contusão estava de todos os tipos de cores começando com azul escuro do lado de fora e terminando com um verde-amarelo no meio. Parecia que ainda doía, mesmo que ele tinha
que ser de pelo menos uma semana atrás.
Eu poderia dizer quantos anos a contusão tinha facilmente.
Eu tinha passado anos com os mesmos hematomas por todo meu corpo. Meu pai não estava feliz a menos que estivesse batendo em mim. Minha mãe biológica tinha se sentado e o deixado se divertir. Por um tempo, mesmo depois que ela tinha se matado, eu tinha pensado que ela gostava de assistir o seu único filho ser surrado como um esporte. Não foi até que sua irmã - a mulher que eu sentia como a minha verdadeira mãe - havia entrado em minha vida que eu
tinha percebido que minha mãe biológica tinha provavelmente apenas estado feliz que o velho bastardo não estava usando ela como o saco de pancadas.
— Meu nome é Ucker, — eu disse para a menina, me sentindo doente com pensamentos dela ser surrada como eu preenchendo minha mente. — Qual é o seu?
— D-Dulce.
— É um nome legal. — Eu sorri, tentando deixá-la ver que eu era inofensivo.
Eu nunca faria mal a ninguém do jeito que eu tinha sido ferido, especialmente este pequeno bebê.
— Quantos anos você tem?
Ela ergueu a mão esquerda.
— Cinco, — disse ela antes de morder o picolé.
— Eu tenho quinze anos. — Eu abri o segundo picolé e mordi-o ao meio.
Laranja não era o meu favorito, mas serviria.
— Quando você se mudou? — Eu não a tinha visto antes, e o trailer ao lado do
meu não tinha sido alugado a um tempo.
Eu podia ouvir movimento dentro da casa sobre rodas, de forma que eu assumi que seus pais
estavam lá.
— Esta manhã. — Ela deu outra grande mordida do doce. — Nós costumávamos viver em West Virginia, mas Momma disse que nós tínhamos que nos mudar.
Eu não pude deixar de sorrir com seu sotaque. Mais uma mordida e o lanche foi embora. Quando seu olhar foi para o meu semiacabado picolé, eu rapidamente ofereci a ela.
— Aqui, tome isso. — Limpei meus dedos pegajosos no meu jeans. — Eu não quero de
qualquer maneira, — eu menti.
Chamada da Meia-Noite
Eu não estava dormindo.
Como eu poderia sabendo que ela estava naquele trailer?
Com aquela vadia?
Aquele monstro?
Eu odiei a mãe de Dulce à primeira vista: o jeito que ela cheirava a fumaça e bebida e algo mais azedo, seus olhos vidrados, o cambalear em seus passos, e seu tom de voz quando ela levou Dulce quando ela tinha visto a menina falando comigo.
— Entra no trailer, menina. Limpe seu quarto, antes que eu... — Ela não terminou a ameaça, mas Dulce tinha estado tremendo muito ligeiramente antes de entrar no trailer, e sua mãe bateu a porta com força atrás dela.
Eu queria pegar Dulce de lá e trazê-la para casa comigo, protegê-la, alimentá-la, cuidar da pequena boneca que ela era, mas eu sabia que eu não podia. Minha mãe não iria entender, e eu não tinha certeza se eu deveria dizer a ela ou qualquer outra pessoa do que eu suspeitava – sabia! – que estava acontecendo com os nossos novos vizinhos. Eu tinha sido tirado dos meus pais uma vez, quando os hematomas eram demais para contar e difíceis de explicar.
Eu sabia como essas casas eram.
Pais adotivos podem ser tão ruins quanto os pais reais.
E uma menina bonita como Dulce?
Estremeci e puxei as cobertas por cima da minha barriga.
Meus olhos se fecharam e eu comecei a divagar ...tap, tap, tap na minha janela fez meus olhos se abrirem. Anteriormente eu havia dito a Dulce que se ela precisasse de mim, dia ou noite, para bater na janela do meu quarto. Eu até tinha mostrado a ela como fazê-lo. Eu lhe disse que era o nosso segredo quando ela pareceu perdida e mais do que um pouco assustada depois que sua mãe tinha ido para dentro.
Com o coração batendo forte, eu pulei da cama e olhei pela janela.
Dulce estava em pé na caçamba que eu tinha criado para ela. Eu não poderia ver mais do que o esboço de seu pequeno corpo magro na escuridão, mas eu sabia que era ela. Silenciosamente, eu abaixei a janela e estendi a mão para ajudá-la a entrar. Com a luz do meu aparelho de televisão velho, eu vi que ela estava sangrando. Havia um pequeno corte em sua bochecha e mais alguns em seus braços que eu podia ver. Lágrimas derramavam daquele rosto de boneca, e eu senti meus olhos arderem com algumas das minhas próprias.
— O que aconteceu?, — eu sussurrei.
— Eu queria um copo de água... mas um de seus amigos estava... — ela parou de falar com um encolher de ombros que a fez parecer muito mais velha do que apenas cinco anos de idade.
Eu não fiz mais perguntas na hora. Em vez disso, eu fui para o meu banheiro e peguei uma caixa de band-aids e a pomada que a mãe sempre coloca em meus arranhões. Quando eu limpava os seus cortes, eu percebi que eles eram de uma chave e que tinha começado a inchar. Meu ódio pela mulher cresceu, e eu estava sonhando em como eu iria torturar aquela vadia enquanto eu limpava Dulce.
— Ouch! — Dulce choramingou quando eu coloquei uma pequena porção de pomada sobre o corte no rosto.
— Desculpe, boneca, — eu sussurrei, — Mas estes podem estar infectados. — Era o que a minha mãe sempre me dizia quando eu estava sendo um bebê grande e que não ficaria com a marca. — Você quer ter que ir ao médico e tomar uma vacina, se ficar infectado?
Dulce mordeu o lábio, mas balançou a cabeça. Ela ficou em silêncio durante alguns minutos, enquanto eu terminei de cuidar de seus cortes. Toda vez que ela choramingou da picada, senti lágrimas queimarem meus olhos um pouco mais e tive que evitar piscar antes que eu me envergonhasse por chorar na frente dessa menininha.
Ela era tão forte, tão valente.
Depois de usar quase metade da caixa de Band-Aids, eu a coloquei na minha cama de solteiro e coloquei as cobertas em volta dela.
— Você pode dormir aqui esta noite, mas você tem que ir para casa antes da minha mãe acordar, — eu expliquei a ela. — Se ela te encontrar aqui, ela vai chamar a polícia, Dulce.
Ela apenas balançou a cabeça e deitou a cabeça no meu travesseiro extra. Eu levei a minha almofada preferida e uma colcha velha e deitei no chão enquanto ela dormia, mas o sono não era o meu amigo naquela noite. Eu cuidei do meu novo tesouro, esta pequena boneca que tinha vindo para mim quando eu mais precisava de alguém. Ela foi enviada para mim para que eu pudesse protegê-la, e eu o faria.
Devo ter adormecido.
Quando acordei já era de manhã e Dulce tinha ido embora. Fui até a janela para ver se ela estava lá fora. Ela não estava, mas na janela de seu trailer eu podia vê-la olhando para
fora, como se estivesse me esperando. Aquele urso velho mais uma vez apertado em seus braços.
_______________Vondy_______________
Autor(a): Srta.Talia
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 16
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maria.flor Postado em 01/12/2018 - 17:26:51
Eu lhe compreendo também estou passando pelo mesmo que você, mas o que me pegou foi a bendita da Física... Odeio fisicaaaaaaaaaaaaaaa.... Demore o tempo que for mas passe em Matemática, assim como vou passar na Física... Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Nat Postado em 21/12/2018 - 21:33:03
Ah! Glória Deus! Passei em matemática! Espero que você também tenha conseguido passar em física (essa matéria também me deixa de cabelos em pé)! Postei mine maratona! Espero que aplaque parte de sua curiosidade! :)
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maria.flor Postado em 28/11/2018 - 22:02:32
Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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kauanavondy015 Postado em 01/11/2018 - 23:13:22
Continuaaa
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kauanavondy015 Postado em 12/10/2018 - 18:34:56
Continuaaa
Nat Postado em 27/10/2018 - 19:04:03
Continuei! :)
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maria.flor Postado em 08/10/2018 - 13:56:06
CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA PLISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA PLISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA PLISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA PLISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
Nat Postado em 12/10/2018 - 15:34:34
CONTINNUUEEII!!;)
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maria.flor Postado em 08/10/2018 - 13:53:13
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maria.flor Postado em 08/10/2018 - 13:52:17
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maria.flor Postado em 08/10/2018 - 13:51:46
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maria.flor Postado em 26/09/2018 - 15:24:59
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maria.flor Postado em 26/09/2018 - 15:24:28
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