Fanfics Brasil - ¨¨Capítulo 15¨¨ Nos Braços do Roqueiro - Adaptada Vondy; Finalizada

Fanfic: Nos Braços do Roqueiro - Adaptada Vondy; Finalizada | Tema: Romance, Vondy


Capítulo: ¨¨Capítulo 15¨¨

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Os hormônios da gravidez são assustadores. 


Eles te deixam numa pilha de lenços de papel cheios de ranho e travesseiros úmidos. Fazem você pensar sobre as coisas que normalmente nunca pensa. Como fugir da única vida que já conheceu, das pessoas que sempre te protegeram e te amaram. Eles te deixam enfurecida com o mundo. 


Eu me tranco no meu quarto e ligo o computador. Estamos nestas férias estúpidas por menos de uma semana e estou pronta para acabar com isso. Quero que Ucker e os outros vão embora. Quero que eles saiam. 


Eu quero... Eu não sei o que eu quero, ok?! 


Desde que tinha cinco anos, meus garotos foram a minha vida. Quando passei a viver com eles, com quinze anos, sabia que estava finalmente em casa. Eles foram o meu porto seguro. Sempre pensei que enquanto tivesse esses quatro homens comigo, nunca teria que me preocupar com nada, nunca mais. 


Mas agora, estou contemplando deixá-los para trás! 


Esse é o pensamento mais assustador que já passou pela minha cabeça. 


Passo as próximas três horas procurando exatamente o que quero e, em seguida, verifico meus extratos para saber com o que posso contar. Tenho três milhões de dólares guardados na poupança e um pouco mais em minha conta corrente. Sim, Derrick me paga muito bem. Pode me chamar de covarde. 


Eu não me importo. 


Não vou ficar por aqui e ser submetida a mais cenas como aquelas que testemunhei quando voltei do médico. Não estou emocionalmente estável o bastante para continuar escondendo os meus sentimentos por esse homem estúpido, e nem morta vou deixá-lo ter esse tipo de poder sobre as minhas emoções se perceber que estou apaixonada por ele. Arrumar minhas coisas é algo que me tornei uma especialista. Leva menos de uma hora para arrumar tudo o que preciso nas minhas malas. Depois de um banho, sento na beira da minha cama e espero que a casa fique em silêncio. Ainda tinha música tocando na praia, mas não deixei o meu quarto para ver o que está acontecendo. Dos risos femininos e as risadas profundas masculinas, não é preciso muito para descobrir que estão tendo muita diversão. 


Por volta das duas da manhã a música para. Um tempo depois, escuto portas sendo fechadas, e finalmente saio para verificar. A casa está escura. Todos foram dormir ou saíram, já que tinham decidido que mulheres não poderiam ficar na casa. Recuso-me a verificar o quarto de Ucker e descobrir em qual dessas duas opções se encaixa. 


Se descobrir que não está na cama, então sei que não vou sobreviver. 


De volta ao meu quarto, uso meu celular para chamar um táxi e então desço minha bagagem pela escada o mais silenciosamente que posso. O motorista tinha acabado de estacionar em frente a garagem quando vejo uma luz se acender na casa. Meu coração para quando percebo que é a luz do quarto de Ucker. A cortina se abre e vejo seu rosto aparecer na janela. Eu me afasto e começo a jogar minhas coisas na parte de trás do táxi para o motorista poder sair. Só falta minha mala grande e estou desesperada para sair. O motorista pega ao mesmo tempo em que a porta da frente se abre e Ucker sai correndo porta afora. 


— Dul! 


— Por favor, depressa — imploro ao senhor. 


— Pare! — Ucker grita. — Mas que porra é essa que está fazendo? — eu tento chegar a porta de trás do táxi, mas ele me alcança antes que eu consiga abri-la. 


Seus dedos travam meus braços e me vira para enfrentá-lo.


 — Aonde você está indo? 


— Embora — eu grito com ele. 


A lâmpada de rua é o suficiente para ver que seu rosto está lívido e pálido. 


— Que porra é essa! Você não vai embora. Você não pode ir. 


Sua voz se quebra e ele aperta meus braços mais ainda, me fazendo estremecer de dor, mas ele não me solta. 


— Porra, volte para a casa. 


— Por quê? — exijo. — Por que deveria ficar? Então, você pode me atormentar com todas essas vagabundas? Assim pode esfregar na minha cara algo que eu nunca poderei ter? — uma risada amarga me escapa. — Obrigada, mas não. Estou cansada de tudo isso. Cansada de ver as diferentes mulheres que entram e saem de sua cama. Cansada de sonhar com algo que eu sei que nunca vou ter. 


— Do que você está falando? — ele exige. — Não tive nenhuma mulher em minha cama há meses! Jesus Cristo, Dulce. Você é cega? Não pode ver como me sinto por você? 


Sua pergunta me confunde. Eu não consigo esconder a carranca em minha testa. 


— Que sentimentos? 


Ele fecha os olhos e balança a cabeça. 


— Por favor, Dul. Volte para casa e vamos conversar. Não me deixe, baby. Por favor, não vá. Eu não sei o que devo fazer. 


Meu cérebro está gritando para entrar no táxi e ir embora. Que esta não é a vida que eu deveria dar para a minha filha. 


Como eu poderia trazer uma criança ao mundo numa vida assim, que é só feita de festas e mulheres para os meus garotos? 


Mas o meu coração luta com meu cérebro, exigindo que eu cale a boca e vá com Ucker. Vendo a indecisão no meu rosto, Ucker olha para o motorista e pede ao homem para descarregar as minhas coisas. Ele dá uma gorjeta generosa a ele e então me segura até que o táxi sai e desaparece na noite, antes de pegar minhas malas. 


— Vamos lá, querida — ele insiste em voz baixa. 


Calada, eu o sigo até a casa de praia. Ele deixa minhas malas no corredor perto da porta e segura minha mão. Ucker me leva pela escada até o quarto dele, tranca a porta e me empurra até que estou sentada na beira da cama. Ainda segurando minha mão, ele se agacha diante de mim, forçando-me a olhar para ele. 


— Onde você estava indo, Dul? — ele sussurra com uma voz rouca. 


Eu dou de ombros.


— Em algum lugar que não existam fãs atiradas e vagabundas, como em todos os lugares que vou — Ucker faz uma careta. 


— É isso o que realmente te perturba? Agora, depois de todos esses anos convivendo com a gente? 


Eu olho para ele. 


— O que você acha? Tenho que submeter esse bebê a todas essas vagabundas diariamente? Devo deixá-la ver como você realmente é, um roqueiro egoísta que tem que ter todas as suas adoráveis fãs penduradas no braço enquanto eu, sua mãe, tem que assistir dos bastidores? 


Sua cabeça se afasta para trás como se eu tivesse lhe dado um tapa fisicamente. 


— É assim que você se sente? Como se tivesse que ver tudo dos bastidores? —ele solta a minha mão e segura meu rosto em suas mãos. — Você não sabe que eu quero você ao meu lado? Você, e só você! 


Quando bufo não sai bonito. 


— É muito difícil imaginar isso, Ucker. E sobre ontem e aquelas vagabundas me afastando de você num piscar de olhos? E hoje aquelas duas vagabundas se esfregando em você como se estivessem no cio? 


— Então, você está com ciúmes! — Ele sorri e eu quero dar um soco nele. 


Ou talvez até mesmo chutálo no lugar que doa mais. Estou me debatendo entre os dois quando ele ri extasiado e escolho bater onde vai sentir, mesmo. Isso tira o sorriso do seu rosto. Ele olha para mim completamente surpreso, seus dedos tocando a marca vermelha em seu rosto.  


— Estou muito feliz por achar tão engraçado, esfregar essas putas na minha cara. Quem se importa se um pequeno pedaço do meu coração morre cada vez que eu vejo isso, certo? 


— Oh, querida — ele balança a cabeça. — Você realmente tem que abrir esses seus belos olhos verdes — ele pega a minha mão que está ardendo e vermelha pelo tapa que lhe dei e beija bem no meio onde está dolorido. — A única razão pela qual aquelas garotas estavam em meus braços era para poder descobrir a verdade. Ontem suspeitava, mas hoje, eu tive a confirmação. 


— Do que você está falando? 


Um pequeno sorriso inclina seus lábios. 


— Eu tinha que ter certeza, que você se sentia como eu, com sentimentos profundos e verdadeiros. Dul, você me deixou louco de ciúmes. Sabe que estive perto de matar o meu melhor amigo uma centena de vezes nos últimos seis meses? 


Meus olhos se arregalaram de surpresa. 


— Alfonso? Por que você faria isso? 


— Pelas mesmas razões por que fiquei louco quando me disse que estava grávida. Eu não queria que ninguém, além de mim, fosse capaz de tocar em você. Você é minha, Dul. Levei uma eternidade para admitir isso para mim mesmo, mas quando admiti, não podia suportar a ideia de Alfonso ou Sebastián ou quem quer que fosse segurasse sua mão, e muito menos tocasse em você — ele balança a cabeça. — A noite que Sebas te levou para o hospital? Ele me ligou umas dez vezes antes que eu atendesse. Tinha visto você deixá-lo te beijar. Porra, estava com tanto ciúme que não conseguia ver direito. Então, toquei aquela música e esperava que você fosse saltar em meus braços, e quando saí do palco... Tinha ido embora. E eu fiquei louco de raiva. Saí puto de lá e me recusei a atender meu telefone quando Sebastián me ligou pela primeira vez. Não tinha ideia do que tinha acontecido com você. Então, quando finalmente ouvi uma das mensagens que ele deixou, eu... — ele faz uma pausa, engolindo em seco. — Você estava tão doente e lá estava eu, agindo como uma criança petulante porque você não estava caindo em meus braços como eu tinha sonhado. 


Lembrar da sua música faz meu coração doer. 


Eu tinha tentado esquecer que Ucker estava apaixonado. 


— Eu não fiquei por muito tempo para ouvir sua música. Comecei a vomitar quando percebi que você estava... Apaixonado — a última palavra sai sussurrada, e tenho que morder o lábio para evitar que trema. 


Ucker se inclina para frente sobre os joelhos e sinto sua respiração no meu pescoço. 


— Doce, doce Dulce — ele murmura. — Ainda tão cega. Como posso abrir seus olhos, menina? Você precisa que eu soletre? Tenho sido um bobo por não perceber que você simplesmente não consegue enxergar o que fez comigo — seus lábios roçam contra o ponto sensível logo abaixo da minha orelha, me fazendo tremer. — Sim, eu estou apaixonado. Existe esta chama, Dulce, em meu coração que me segura e não vai me soltar — ele canta a última parte e lágrimas derramam dos meus olhos. 


Estava cega. 


Eu me recusei a ver isso enquanto tentava, tão desesperadamente, esconder os meus sentimentos por Ucker, e ele tentando me mostrar os seus. As coisas nunca mais foram iguais entre mim e ele, como eram entre mim e Alfonso, Eddy ou Christian. Sempre existiu um tipo de corda invisível que nos conectava, que se agarrava ao meu coração em um lugar diferente de onde os outros estão guardados. 


Soube disso quando vim morar com eles, aos quinze anos. 


Soube disso e me recusei a ver, porque quando não se tem nada, você luta por tudo o que realmente tem e fica com muito medo de perder isso. É por isso que a minha noite roubada com Ucker tinha sido tão fácil de pegar e manter guardada em meu coração. É por isso que é tão fácil amar o bebê crescendo dentro de mim. 


Ucker e eu estamos destinados a ficar juntos. 


— Eu amo você, Dul. Com tudo de mim, eu te amo. Você é meu maior sonho ganhando vida, e nunca quero te deixar — seus lábios acariciam meus olhos, levando as minhas lágrimas. — Eu preciso de você para respirar. Você mantém o mundo no lugar quando tudo enlouquece. 


— Eu te amo há tanto tempo, Ucker — eu sussurro. — Você foi meu príncipe sombrio numa armadura enferrujada quando eu era criança. Agora se tornou a razão que me faz levantar todas as manhãs. Nos últimos anos, ver você se envolvendo em diversos casos de uma noite me matou lentamente. Eu, instantaneamente, odeio qualquer mulher que olha para você. 


— Oh, baby, sinto muito. Não fazia ideia — ele segura meu rosto. — Elas não significaram nada, Dul. Eu juro. Eram apenas algo para me distrair do que eu sabia que não deveria fazer. Quando você veio morar com a gente, eu a quis, no mesmo instante. Pensei que tinha me transformando em algum pedófilo demente e me odiava — Ucker suspira em frustração, e compreendo as suas razões por odiar a si mesmo por esses sentimentos. 


Eu não sou a única com uma infância horrível... 


— Então, percebi que só com você que me sentia assim, mas isso não me fez sentir melhor. Acabei usando outras garotas para tentar tirar o que mais queria da minha cabeça. Os sonhos começaram há alguns anos. Acordava no meio da noite com meu pau tão duro, e usava toda força de vontade que possuía para me segurar e não procurar o calor dos seus braços e tornar meus sonhos uma realidade — um dedo longo traça todo meu lábio inferior. — É por isso que a nossa noite juntos não me surpreendeu. Simplesmente ignorei pensando que fosse mais um sonho. 


— Pensei que você não sabia que era eu. Eu me odiava por tirar vantagem de você dessa maneira, mas eu vivia através das memórias — entrelaço meus dedos em seu cabelo grosso. — Aquela noite foi mais do que eu jamais poderia ter esperado — e hoje à noite... Hoje à noite, ele está fazendo todos os meus sonhos se tornarem realidade. 


Ucker beijou suavemente meus lábios, demorando só um momento antes de se afastar. 


— Quando você fugiu de mim no shopping, enlouqueci um pouco. Não conseguia encontrá-la e foi o pior sentimento que já experimentei, até esta noite. Vendo o táxi e perceber que você estava prestes a me deixar... Meu coração realmente parou, Dul. 


— Eu não consegui ver aquelas meninas penduradas em você, Ucker. Te amo demais, obsessivamente, e pensei... — um caroço fecha a minha garganta e sou incapaz de falar. Ele me beija novamente. 


— Apenas uma encenação para ver o quanto era ciumenta, meu amor. Nada mais. Assim que eu vi você se afastar da porta, me soltei delas e as empurrei na direção do Alfonso, logo que ele veio. Não fiquei por lá depois. Passei o resto da noite assistindo Sports Center e bebendo cerveja na sala de estar enquanto planejava meu próximo passo para fazer você enxergar que eu sou apaixonado por você. Suas palavras estão curando cada rachadura no meu coração. Não acho que já estive mais feliz, como estou neste momento. 


Nunca tinha imaginado que Ucker e eu fôssemos acabar juntos, e aqui está ele, dando-me tudo o que sempre quis. 


O amor dele! 


— Você não vai me deixar, vai, Dul? — sussurra contra os meus lábios. 


Ele tem um gosto tão bom que acabo gemendo. 


Eu balancei minha cabeça. 


— Não, nunca. 


Ucker passa seu nariz contra o meu. 


— E você me ama, certo? 


— Sim — respiro fundo quando ele segura meu seio. — Quer se casar comigo, minha Dulce? — seus dedos brincam com os meus, entrelaçando, acariciando. 


Uma onda de pura felicidade passa por mim. Minha respiração para no peito, e não consigo parar as lágrimas que derramam dos meus olhos. 


— Sim.


...Vondy...


 


 



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Autor(a): Srta.Talia

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— Foi ótimo apresentar o show para vocês hoje, Nova Iorque!  A multidão vai à loucura, pedindo mais, enquanto Ucker encerra o show. É um show de dia, que é como a maioria das apresentações que a Demon`s Wings faz atualmente. Raramente fazem show à noite durante as pequenas turnês. Mas os fã ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 12



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  • Bibiane Postado em 28/10/2018 - 22:52:17

    Oi! Vc vai postar a fic contada pelo ponto de vista dele?

  • kauanavondy015 Postado em 12/10/2018 - 14:23:53

    Continuaa

    • Nat Postado em 27/10/2018 - 16:02:37

      Continuei! :)

  • maria.flor Postado em 08/10/2018 - 13:54:50

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  • maria.flor Postado em 08/10/2018 - 13:54:17

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  • maria.flor Postado em 08/10/2018 - 13:53:54

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  • maria.flor Postado em 26/09/2018 - 15:26:56

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  • maria.flor Postado em 26/09/2018 - 15:26:42

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  • maria.flor Postado em 26/09/2018 - 15:26:24

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  • maria.flor Postado em 26/09/2018 - 15:25:58

    Eu lia essa fic de uma outra escritora e quando cheguei onde ela parou de postar eu ia favoritar e comentar, mas ela sumiu e então não comentei e nem favoritei e quando eu vi que vc ia postar ela novamente eu amei e vim aqui ler, espero que você não abandone ela como a outra fez e continue postando... Plissssssssssssssssssssssssssssss não me deixa curiosa e ansiosa não.... Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

    • Nat Postado em 12/10/2018 - 13:09:13

      Hey! Guria, desculpe ter passado tanto tempo sem postar, não foi proposital, eu realmente fiquei sem tempo! Mas pode ficar tranquila, eu dou umas sumidas, mas sempre termino de postar as histórias! Continuando!=)


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