Fanfics Brasil - ¨¨Capítulo 7¨¨ Nos Braços do Roqueiro - Adaptada Vondy; Finalizada

Fanfic: Nos Braços do Roqueiro - Adaptada Vondy; Finalizada | Tema: Romance, Vondy


Capítulo: ¨¨Capítulo 7¨¨

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Filtros de luz incômodos passam através das cortinas de plástico que cobrem a janela. Resmungo com essa luz atrapalhando meu sono e viro de lado ficando de costas para a janela, querendo apenas voltar a dormir. A dor em meu braço enquanto me viro me faz abrir os olhos mais uma vez. Não consigo apoiar no braço porque o soro não permite isso. Os acontecimentos da noite anterior voltam em minha mente ainda embaçada pelo sono, e sem pensar, minha mão cobre meu estômago. 


Minha menina está lá. 


Ergo minha cabeça quando ouço roncos profundos vindos do quarto. A equipe de enfermagem ficou tanto preocupada, quanto extasiada com toda aquela atenção, depois que fui acomodada num quarto particular na noite anterior. Alguns deles eram fãs dos Demon's Wing, outros estavam apenas animados em ter os roqueiros no mesmo prédio que eles. Cadeiras foram trazidas sem precisar pedir, junto com travesseiros e cobertores. Agora, meus garotos estão espalhados pelo quarto dormindo, mais para desmaiados. Com um sorriso feliz em meus lábios, alcanço a mão que estava bem perto da minha sobre a cama. Alfonso dá uma sacudida quando eu o toco. 


— Dulce? 


— Ainda estou aqui — asseguro-lhe. 


Ele esfrega as mãos sobre o rosto. 


— Eu preciso de café. 


— Nós dois — murmura Ucker de sua cadeira à minha direita. 


Ele torce o seu pescoço para direita e para esquerda, tentando tirar a tensão. 


— Eu vou buscar — ele se levanta e dá um beijo na minha testa. — Precisa de alguma coisa, menina? 


— Algo gelado e de limão? — minha boca parece que está pegajosa. 


— Pode deixar — promete e me beija outra vez. 


Sou incapaz de tirar os olhos dele até que está fora de vista. Alfonso balança a cabeça. 


— Idiota — ele murmura baixinho. 


— Cala a boca, Poncho — maldito seja ele por ver tudo! 


— Só dizendo o óbvio, Dul — ele se levanta, estalando seu pescoço para frente e para trás até que é capaz de se mover com facilidade. — Uau, você parece melhor. Não tenho visto cor em suas bochechas há semanas.


Eddy e Christian já estão acordados quando Ucker volta com café e uma bebida para mim. O sabor de limão do refrigerante é como o céu para o meu paladar, e devoro metade antes de parar e soltar um arroto. Meus garotos riem porque consigo arrotar de igual para igual com o melhor deles. Uma enfermeira de cabelo grisalho curto entra sem bater, uma prancheta em uma mão e com a outra puxando uma pequena máquina. Ela balança a cabeça para os meus garotos passando por eles e chega até mim. 


— Parece que você vai para casa, srta Saviñón. 


Deixei escapar um suspiro de alívio. 


— Graças aos deuses. 


— Deixe-me ver a sua pressão arterial e temperatura, querida — ela coloca uma braçadeira no meu braço sem soro e um termômetro sob minha língua. Enquanto espera para registrar meus sinais vitais, ela olha em volta. —Vocês, rapazes, ficam bem vendo sangue? 


— Sim, senhora — Alfonso assegura a mulher. — Mas por que a pergunta? 


— Tenho que tirar o acesso do braço da srta Saviñón. Se não puderem ver sangue, então, sugiro que vocês, homens, saiam até que ela esteja com o curativo. 


Dou um rápido olhar a Christian. 


— Talvez você devesse buscar mais café — sugiro. 


Não é preciso falar duas vezes. O cara pode olhar o próprio sangue durante todo o dia, mas de qualquer outra pessoa, ele surta. A enfermeira ri enquanto puxa a manga do meu braço, escreve algumas coisas em sua prancheta, e pega meu braço com o soro. O esparadrapo está bem colocado e apertado, e não consigo evitar, choramingo quando a enfermeira puxa-o. Ela retira a agulha do meu braço e cobre o furo com um pequeno curativo. 


— Ok, querida, aqui estão as instruções do médico. Agende com o médico do seu convênio para a próxima semana. Volte se você se sentir fraca, incapaz de manter os líquidos no estômago, ou se tiver febre alta — ela tira um papel do bloco em suas mãos e me entrega, junto com um papel menor. — E aqui uma receita de vitaminas. Minha sugestão é tomar na hora de dormir porque elas podem causar mal-estar em seu estômago. 


— Vitaminas? — Alfonso franze a testa. — Isso é tudo? Só vitaminas? 


— Não tem muito o que podemos dar a ela — a enfermeira diz enquanto vira para ele. 


— Por que não, porra? — Eddy exige, de pé ao lado do baterista. — Ela está muito doente! 


— Pessoal... 


A enfermeira apenas ri e eu lamento, sabendo que a merda está prestes a bater no ventilador. 


— Um bebê não é exatamente qualificado como uma doença grave, querido. 


— Mas... — Alfonso. 


— ... Que... — Eddy. 


— PORRA É ESSA! — Ucker. 


— Dulce!?! — Alfonso de novo. 


Ele está ao meu lado em um instante. 


— Do que diabos ela está falando... Um bebê? — seus olhos confusos estão pegando fogo de raiva. 


Eu suspiro e afasto o cabelo do rosto, precisando tomar o controle da situação. Queria conversar com calma com eles, mas agora, graças à enfermeira, chegou a hora. 


Não estou pronta para isso! 


Não estou pronta para dizer qualquer coisa. É claro que eles vão querer saber tudo. 


— Estou grávida — eu finalmente digo a ele e vejo como seus olhos escuros se arregalaram. 


Suas narinas se abrem e lembro-me de um touro furioso. 


Ótimo! 


Olho para a enfermeira. 


A mulher murmura um rápido "desculpa" e foge rapidamente do quarto. 


Sim, é bem fácil saber quem é a pessoa que eu menos gosto nesse momento. 


— Como isso é possível? — exige Eddy. 


Apesar da gravidade da situação, eu realmente dou risada dele. 


— Você quer dizer que não sabe o como, Eddy? 


Ele me dá um olhar fulminante e o meu sorriso falha. 


— Não tente dar uma de engraçadinha, Dul. Você sabe exatamente o que quero dizer, porra. 


— Pra quê toda a gritaria? — Christian pergunta quando volta para o quarto.


— Dulce está grávida — Alfonso rosna. 


— Como isso é possível, porra? — ele exige, virando e me olhando em estado de choque. 


Sim, você pode dizer quem são os irmãos biológicos na banda. 


— Quem? 


Meus olhos focam em Ucker e em sua pergunta feita num tom calmo demais. 


— O quê? 


Aqueles seus olhos azuis, feito cristal, que sempre foram capazes de ver a minha alma, agora estão pegando fogo. 


— Quem, Dulce? Quem é o pai? — seu olhar vai direto para Jesse. — Ou eu já sei quem é? 


— O quê? — eu não posso acreditar que ele acha que Alfonso...


 — Que porra é essa, Ucker! — Alfonso se enfurece contra o amigo. — Você acha que eu faria...? Você perdeu a porra da sua cabeça? Ela pode ser gostosa, mas nunca a tocaria! Ela é como minha irmã. 


— Eu não acredito em você — a voz de Ucker é fria, e eu sei bem aqui e agora que ele está além de chateado. 


Ucker só fica assim quando está realmente enfurecido. Não sei como ou até mesmo por que ele está tão irritado. Os outros caras estão bravos, com certeza, mas não como Ucker. 


— Percebi o jeito que você olha para ela. Eu vejo como ela está sempre te agarrando. 


— Ucker... — congelo quando ele olha para mim. 


Não consigo respirar por um momento enquanto sou tomada pela raiva queimando em seus lindos olhos. 


Ele nunca olhou para mim assim. 


— Ucker, Alfonso não é o pai. 


— Então, quem, Dul? — ele atravessa o quarto tão rápido que não tenho tempo de piscar. 


Coloca suas mãos na cama, me prendendo entre elas e empurra seu rosto tão perto que até consigo sentir o gosto do café em seu hálito. 


— Quem tocou em você, caralho?! 


Eu não consigo falar, não posso formar as palavras que ele precisa ouvir. 


Como posso dizer qualquer coisa com ele neste estado de espírito? 


Por que está agindo assim? 


Este homem que cuidou de mim quase toda a minha vida, que cantou canção de ninar pra mim, que me amou como uma irmã e me tratou como se eu fosse muito especial... Está parecendo que me odeia agora e eu não entendo isto. 


Eddy o afasta. 


— Pare com isso, Ucker. Você não consegue ver que a está assustando? 


— Apenas me diga de quem é! 


— Por quê? — eu choro. — Por que você quer tanto saber isso? 


— Para que eu possa matá-lo! — Ele grita. 


Lágrimas derramam dos meus olhos. 


— O que há de errado com você, Ucker? Por que você está agindo assim? 


— Sebastián? Ele estava andando atrás de você meses atrás. Foi ele? Eu o vi com as mãos em cima de você na noite passada — ele se esforça para se livrar de Eddy, e agora estou com medo que, se Eddy perder seu controle sobre ele, vai me bater. — Foi ele?!


— Não! 


— Quem? 


Alfonso coloca-se entre Ucker e eu, mas me enfrenta e agarra minhas mãos. 


— Diga a ele, Dul. Assim vai se acalmar. 


— Eu... — balanço a cabeça. 


Se eu disser isso em voz alta, estará tudo acabado. Não vou poder mais me esconder atrás dos meus muros. Vergonha queima meu rosto. 


— É alguém que está neste quarto? — Ucker exige. — É isso? 


— Sim — eu sussurro e a cabeça de Alfonso vira bruscamente como se eu tivesse lhe dado um tapa. 


Seus olhos encontram os meus e eu sei que ele sabe, então, deito minha cabeça de volta na cama. Ucker me ouve. É como se tivesse uma audição supersônica porque eu praticamente não me ouvi. 


— Quem, Dul? Diga-me quem — sua voz quebra. 


Engulo em seco e pisco tentando afastar as minhas lágrimas, mas sou incapaz de contê-las. 


— Ucker... 


— QUEM? 


— VOCÊ!


...Vondy...


Maratona: 3/6


 


 


 



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Autor(a): Srta.Talia

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 12



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  • Bibiane Postado em 28/10/2018 - 22:52:17

    Oi! Vc vai postar a fic contada pelo ponto de vista dele?

  • kauanavondy015 Postado em 12/10/2018 - 14:23:53

    Continuaa

    • Nat Postado em 27/10/2018 - 16:02:37

      Continuei! :)

  • maria.flor Postado em 08/10/2018 - 13:54:50

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  • maria.flor Postado em 08/10/2018 - 13:54:17

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  • maria.flor Postado em 08/10/2018 - 13:53:54

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  • maria.flor Postado em 08/10/2018 - 13:51:03

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  • maria.flor Postado em 26/09/2018 - 15:26:56

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  • maria.flor Postado em 26/09/2018 - 15:26:42

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  • maria.flor Postado em 26/09/2018 - 15:26:24

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  • maria.flor Postado em 26/09/2018 - 15:25:58

    Eu lia essa fic de uma outra escritora e quando cheguei onde ela parou de postar eu ia favoritar e comentar, mas ela sumiu e então não comentei e nem favoritei e quando eu vi que vc ia postar ela novamente eu amei e vim aqui ler, espero que você não abandone ela como a outra fez e continue postando... Plissssssssssssssssssssssssssssss não me deixa curiosa e ansiosa não.... Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

    • Nat Postado em 12/10/2018 - 13:09:13

      Hey! Guria, desculpe ter passado tanto tempo sem postar, não foi proposital, eu realmente fiquei sem tempo! Mas pode ficar tranquila, eu dou umas sumidas, mas sempre termino de postar as histórias! Continuando!=)


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