Fanfic: A New Dark Life | Tema: Creepypastas, Slender Man, Jeff The Killer, Eyeless Jack, Ticci - Toby, Sally, Clockwork, Nina The K
**22:00**
Eu estava no escritório do meu pai, lendo um dos seus livros de medicina, afinal, me interessava muito por essa área, e sei que o deixaria orgulhoso se seguisse a mesma carreira que ele. Sou uma garota esperta, mesmo tendo apenas 18 anos e ainda não ter entrado na faculdade, já sei muito sobre o corpo humano, sei tratar certas doenças e sei fazer curativos e até costurar feridas abertas, mesmo que o contato do sangue com as minhas belas unhas não me agrade, não tenho nojo de enfiar as mãos em um ferido ou até mesmo em um cadáver.
Os empregados da casa já começavam a me perturbar dizendo que eles tinham que ir pra casa, que tinham que cuidar dos filhos e descansar para voltarem amanhã, ha ha como se eu me importasse com suas vidas patéticas.
-Senhorita Cooper, por favor, minha filha estava com febre quando vim trabalhar hoje de manhã, a deixei com uma vizinha...tenho que ir ver como ela está, se não precisar de mais nada, eu queria....-diz Olivia, uma de nossas empregadas mais antigas. Uma senhora baixa, branca, apesar de sua pele conter algumas marcas de queimadura e outras marcas de idade, mas isso não era pior do que seus cabelos, eram loiros, mas era uma cor bem desbotada, estavam presos em um coque no alto da cabeça. Porém, nada disso me causou tanta repulsa, até ver sua falha tentativa de contornar aqueles lábios velhos e enrugados com um forte batom vermelho, estava parecendo uma palhaça, não pude conter o riso, ela me olhou confusa e eu então tratei de responder sua pergunta.
-Quer ir embora? Logo você que é uma imprestável? Não limpou nada direito!-grito, passo um dedo sobre a escrivaninha do escritório e mostro para ela-Cheio de poeira! Se quiser ir pra casa pode ir, mas saiba que vou descontar do seu salário!
-M-mas eu sou a única que trabalha e sustenta a casa...como vou dar comida pros meus filhos? Já recebo tão pouco...-ela retruca.
-Quer ficar sem salário?! Pare de reclamar e comece a limpar, quanto mais rápido acabar mais cedo poderá ir pra casa-digo.
-Mas....
-Calada!-grito, ela abaixa a cabeça e sai do escritório.
Nesse momento, Ruan entra no local, era um mulato um pouco mais novo do que Olivia, meu pai o havia contratado há uns 5 anos atrás, ele sempre me pareceu um tanto estranho, sempre foi muito religioso, e minha mãe chega a acreditar que ele tem algum tipo de poder psíquico que permite que ele tenha visões do futuro, até porque várias vezes ele foi capaz de prever alguns acontecimentos, como preveu a morte da minha avó em um acidente de carro há dois anos.
-Com licença senhorita...-ele diz, me fazendo tirar a atenção do livro que lia para olhá-lo.
-O que você quer?-pergunto.
-Bem, se a senhorita permitir quero ir pra casa...já está um pouco tarde e a minha mulher está sozinha em casa...
-Isso não é problema meu-respondo.
-Senhorita Cooper já passou da hora do meu expediente-ele diz.
-Mais uma reclamação e você fica sem emprego, volte para o carro, talvez eu precise de você para ir em algum lugar-ordeno.
-A senhorita aproveita quando seus pais não estão em casa para fingir que é a dona de tudo, até que somos parte da sua propriedade, mas esse seu reinado vai acabar, e logo-ele diz e sai rapidamente do escritório.
-Isso foi uma ameaça?! Eu poderia mandar te prender! Seu insolente!-grito.
Esses empregados são todos uns idiotas! Como ousa me ameaçar? Justo eu?! Maldito! Ele se aproveita só porque mamãe e papai ainda estão no trabalho, mas eu vou lhe ensinar uma lição, se eu o demitir meu pai vai contratar outro motorista mais eficiente com um estalar de dedos, esse pobre esfarrapado não fará falta.
Fechei meu livro com força e o deixei em cima da mesa, segui para a cozinha, onde estava ouvindo vozes.
-Minha filha pode piorar e eu não estou lá pra cuidar dela por causa daquela vadia!-diz Olivia parecendo irritada.
-Eu sei, também estou preocupado com a minha mulher, o bairro onde moramos é um pouco perigoso...e ela ficou o dia todo sozinha lá-diz Ruan parecendo pensativo.
Percebi que nenhum dos dois notou minha presença, então fiquei escondida ouvindo a conversa, queria ver se estavam planejando algo contra mim.
-Essa garota acha que é nossa dona, e o pior é que não podemos fazer nada! Os pais fazem tudo que ela quer, se reclamarmos corremos o risco de ir parar na rua!
-Calma Olivia, vamos dar um jeito...já que os donos da casa são cegos de amor pela filha, vamos ter que dar um jeito nela nós mesmos-diz o motorista.
O que? Dar um jeito em mim? O que querem dizer com isso? Eles...eles vão me matar?
-Como?-pergunta a velha.
-Vamos dar um susto nela-ele sorri-Vamos esperar ela ir dormir e então...
-Estão demitidos! Os dois! Pra rua agora!-grito saindo do meu esconderijo.
Sorrio ao ver a surpresa em seus rostos.
-Eu ouvi tudo, não preciso ter na minha casa dois empregados ruins e que ainda por cima conspiram contra mim, fora daqui!-grito.
-M-mas eu preciso desse emprego...-diz Olivia.
-Problema seu! Deveria ter pensado nisso antes!-grito-Vocês dois saiam da minha casa já! Falarei para o meu pai acertar a esmola que devemos a vocês, mas eu não quero nunca mais ver a cara de vocês dois!
-Senhorita Cooper por favor!-diz Olivia começando a derramar algumas lágrimas.
-Nem pense em molhar o meu chão de mogno com essas suas lágrimas de cachorro abandonado, se não saírem agora vou chamar o meu segurança, e ele vai jogar os dois no meio da rua a pontapés!-grito.
-A Olivia é só uma pobre senhora que precisa desse maldito trabalho para sobreviver, pode me demitir, mas deixe ela ficar-pede Ruan.
-Não, quero os dois pra fora dessa casa-digo irritada com a insistência dos dois-Isso é o que ganham por tentarem me "assustar".
-Você merecia coisa pior, merece pagar por ser uma pessoa tão ruim, você é uma garotinha mimada, cruel e egoísta-diz ele-Mas quero ver quando chegar a hora de você pagar por tudo de mal que fez na sua vida, ai não vai ter nem seu dinheiro, nem seus papais idiotas para te salvarem, nem mesmo sua arrogância e a sua pose vão poder se manter, você merece sofrer, e tenho certeza de que vai.
-Não se atreva a me ameaçar!-grito e lhe dou um tapa. Para a minha surpresa, aquele maldito começou a rir enquanto acariciava a área do rosto que ficou vermelha com meu tapa.
-Estou apenas prevendo senhorita-ele sorri me olhando de uma maneira desafiadora.
-Já chega, SAÍA!-grito ainda mais irritada.
-Tudo bem, vamos arrumar nossas coisas e irmos, mas já que não sou mais sua empregada, vou te dar uma coisa que deveria ter dado há muito tempo-diz Olivia se aproximando.
-Nada que venha de você me interessa sua...
Ela me cala ao desferir um forte tapa contra o meu rosto.
-Olivia, não faça mais nada-diz Ruan a segurando.
-Eu vou dar o que ela merece!-grita a velha descontrolada enquanto eu acariciava meu rosto machucado.
-Não cabe a você dar uma lição nessa menina, acredite em mim, ela vai ter o que merece-diz ele-Agora vamos embora, venha.
Ele arrasta a mulher para fora da cozinha. Eu ainda estava parada no mesmo lugar, surpresa com a coragem dela em me bater, ela com certeza não sabe com quem está se metendo.
-Velha maldita! Bruxa!-grito-Meu rosto...
Corro para meu quarto e me olho no espelho, no mesmo momento solto um grito ao ver que o lado direito do meu rosto estava completamente vermelho e com a marca dos dedos daquela vaca, que droga! Agora fiquei com o rosto deformado por causa daquela velha!
-Ah ela vai me pagar! Vou dizer para o papai não dar nenhum centavo para aquela bruxa, vou processar ela também!-digo indo até a minha escrivaninha e pegando meu celular.
Já estava digitando o número do meu pai quando vi pela janela os dois idiotas saindo da casa, vi eles se despedirem de Sebastian meu segurança, e logo depois Ruan olhou diretamente pra mim e sorriu de um jeito estranho, senti um ar gelado passando por todo meu corpo e me causando arrepios, perdi a força das mãos e acabei deixando o celular cair no chão, assim desmontando e caindo cada parte para um lado.
-Argh droga!-digo me abaixando para pegá-lo-Ah não...não, não pode ser.
A tela do celular estava completamente trincada, vou ter que comprar um celular novo amanhã, não sei se aguento uma noite sem celular, ah quero morrer.
-Ah que vida!-digo me jogando na cama-Sou tão azarada, já é o quinto celular desse mês, ainda bem que somos ricos, então não preciso me preocupar com dinheiro.
Já era tarde, então decidi tomar um banho para dormir, não jantarei hoje já que demiti a empregada, e não faço ideia de como se cozinha, até que é bom ficar sem comer um dia, acho que estou um pouco gorda, e Deus me livre virar uma baleia, nenhum dos meus vestidos de grife me serviriam mais.
Rapidamente preparei a banheira para o meu banho, coloquei água quente, espuma e peguei meu sabonete com essência de rosas, finalmente me despi e entrei na banheira.
Após tomar meu banho, vesti meu roupão e desci para a cozinha, sempre gosto de tomar um suco antes de dormir, para a minha alegria tinha meu suco favorito na geladeira, abacaxi com hortelã. Coloquei em um copo e comecei a tomar, foi quando notei que já era meia noite, que estranho meus pais ainda não terem chegado, nunca ficaram até tão tarde no trabalho...
-Será que tiveram problemas?-me pergunto voltando a subir para o meu quarto. Balanço minha cabeça negativamente afastando esses pensamentos.
Depois de longos minutos, passando hidratante na minha pele, escovando meu lindos e longos cabelos loiros, finalmente coloquei minha camisola e me deitei para dormir, felizmente o sono não tardou a chegar, e, antes da 1:00 da manhã eu já estava dormindo profundamente.
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**3:00**
Dei um pulo na cama, acordei assustada pois estava tendo um pesadelo estranho, nele, eu estava usando um vestido super velho e fora de moda, era um vestido preto que mais parecia uma camiseta masculina, chegava até o meio das coxas, em algumas partes estava rasgado e em outras com manchas de algo vermelho que parecia ser sangue, meu cabelo estava todo desgrenhado, sujo e feio, assim como minha pele que estava cheia de arranhões por todos os lados, estava descalça e parecia estar drogada, não me mexia direito, nem conseguia abrir os olhos, enquanto uns homens me tocavam e se divertiam com meu corpo, eu apenas conseguia chorar e sussurrar pedindo socorro, enquanto eles riam e desferiam tapas contra meu rosto para me calar.
-Mamãe, papai-sussurrei passando as mãos pelo rosto enxugando o suor e as lágrimas que se misturavam pelo meu rosto.
Tudo o que queria nesse momento era correr até o quarto deles e me jogar na cama, só assim me sentiria protegida. Pensando nisso, me levantei e fui até o quarto dos dois, abri a porta e encontrei o cômodo vazio.
-Eles ainda não voltaram?!-me pergunto surpresa.
-Ei, essa propriedade é privada, não podem ir entrando assim!-ouço Sebastian gritar ao mesmo tempo que escuto os cachorros começarem a latir.
-Mas o quê?...
-Ei! O que vão fazer?! Parados!-grita ele.
Ouço sons de tiro, fiquei sem saber se era Sebastian que tinha atirado ou se ele que tinha tomado o tiro, me aproximei da janela e pude ver lá embaixo, três homens com capuz preto "ladrões!".
Saí correndo para o meu quarto e tranquei a porta, estava suando frio, e com um mau pressentimento. Continuei olhando lá para baixo pela minha janela, dava para ver em um ângulo melhor. Gelei quando vi o corpo de Sebastian no chão, acho que ele estava morto, eram visíveis quatro buracos de bala em seu peito.
"Onde estão os outros seguranças do condomínio?"-penso.
Nesse momento um dos encapuzados olhou para a janela e me viu, ele gritou algo para os outros e apontou em minha direção, os três correram na direção da porta da frente.
-Droga!-gritei. Eles estavam vindo atrás de mim.
O que eu faço? Não tenho nada com o que me defender, não tenho por onde sair e nem tenho como ligar para a policia já que meu celular quebrou! Droga!
Ouvi passos no corredor e me desesperei, acabei decidindo me esconder debaixo da cama, sabia que era tolice, eles sabiam que eu estava ali, era questão de tempo para me encontrarem, mas na situação em que me encontrava cada minuto para mim era precioso, só rezo para que meus pais cheguem em casa logo e me salvem desses caras.
A porta foi aberta bruscamente e um estrondo foi audível, levei a mão até a boca, me impedindo de emitir qualquer som que denunciasse meu esconderijo, os caras entraram chutando tudo que estava a sua frente, me procuraram no closet, no banheiro, até checaram se eu tinha pulado a janela, foi quando um deles soltou um risinho e se aproximou da cama, eu já chorava e tremia de medo, o que eles fariam comigo?!
-Garotas curiosas morrem cedo querida-ele disse, e então senti um puxão na minha perna.
Comecei a gritar e a me debater enquanto o outro bandido me arrastava para fora, ele me puxou pelos cabelos com força me fazendo ficar de pé. Eu os encarei, não pareciam ser velhos, e a voz também parecia ser de alguém jovem, o que esses caras querem na minha casa?!
-Ora ora, você não é a filha daquele médico... qual era mesmo o nome dele?-pergunta o homem que me segurava.
-Acho que era Damian Cooper-responde outro.
-Ah sim, o Doutor Cooper e sua linda esposa Claire, ela é bem gostosa, adoraria ter uma mãe assim.
-E a filha puxou a mãe pelo que eu posso ver-diz o outro, ele parecia ser o líder do trio.
-Me soltem! Se é dinheiro que vocês querem meu pai pode pagar o quanto quiserem! É só esperar ele chegar e então....-digo quando eles começam a rir.
-Quer dizer que o papai não está em casa? Como eu suspeitei!
-Queremos dinheiro sim bonequinha, mas vamos fazer isso de um jeito mais divertido-diz o homem que me segurava-Queremos passar um tempinho com você.
-Vão me sequestrar?!-pergunto incrédula-Me solte! Seu brutamontes, seu canalha!
-Cala a boca garota, seja boazinha e a gente não te machuca muito tá-diz outro me dando leves tapinhas no rosto.
-Meu pai vai acabar com vocês!-grito-Seus idiotas, quem pensam que são para me sequestrar?? Eu sou Lucy Cooper! Ninguém pode se meter comigo!
-É mesmo?-ele pergunta rindo.
Logo depois ele me dá um soco tão forte que sinto meu rosto latejar, minha visão fica turva, e depois escurece de uma vez, e então eu desmaio, ficando totalmente a mercê daqueles bandidos.
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Autor(a): analopes223
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