Fanfic: The Psychiatrist. vondy | Tema: Rebelde

Mal tive tempo de reclamar mais um pouco e Jill avisou pelo interfone que a próxima paciente já estava me esperando.

- Ótimo – resmunguei – peça para entrar – batendo o interfone para pegar o prontuário.

Se fosse mais uma mulher frustrada com o marido que não tem comparecido simplesmente porque ela engordou 30kg depois da gravidez do quarto filho querendo que eu prescreva um antidepressivo, eu juro que sou capaz de largar tudo e ir vender côco na praia.

Só tive tempo de olhar o nome e logo a porta foi aberta. Quando a paciente entrou, foi inevitável que eu a olhasse dos pés a cabeça. Os cabelos longos soltos em suaves ondas, os olhos expressivos, a boca rosada e fodidamente convidativa, o modo como os seios estavam arrumados no decote quase fizeram meu profissionalismo sair voando pelos ares.

- Bom dia Dr. Uckermann – ela sorriu me estendendo a mão. Estava um pouco corada, com uma expressão contida.

Eu já comentei que não sou imune as mulheres? Bem, acontece que eu sou um mulherengo filho da mãe, como minha própria psiquiatra costumava dizer.

- Bom dia... Dulce? – pronunciei seu nome em meio ao cumprimento e dei espaço para que passasse – entre e fique à vontade.

Ela mordeu os lábios e começou a analisar o lugar, seus olhos passaram pela poltrona ao meu lado mas assim que avistou o divã me olhou como se pedisse permissão para acomodar-se ali. Fiquei aguardando pacientemente enquanto se sentava, deixando a bolsa no chão e logo depois deitou-se, descansando as mãos na barriga. Enquanto ela se ajeitava confortavelmente aproveitei para secar suas coxas, o vestido tinha subido um bocado quando se deitou.

Instintos primitivos em primeiro lugar, ética profissional em segundo e vida que segue.

- Quando estiver pronta, pode começar – falei, desviando meus olhos para o seu prontuário.

Ela assentiu, sem me olhar.

- Eu nem sei por onde posso começar – disse, suspirando.

- Eu sugiro que comece do começo. – falei, tentando deixa-la mais confortável – não tenha pressa e comece com o que for mais natural para você.

Ela passou a brincar com os polegares da mão num ato de completo embaraço.

Isso acontece frequentemente. As pessoas ponderam durante muito tempo se deveriam ou não trazer seus problemas para o consultório e quando se sentam aqui e eu digo “conte-me”, a insegurança volta. As vezes é um questionamento moral ou ético, ou até mesmo a falta de confiança em contar seus segredos mais íntimos para um estranho.

- Posso te fazer perguntas, se preferir... – sugeri encorajador, depois de um tempo.

Ela me olhou e assentiu.

- Tudo bem... – apertei o clique da minha caneta – você tem quantos anos?

- 26.

- É de Nova York?

- Sim, mas estudei na Inglaterra para minha especialização e há dois anos regressei.

- É casada, namora...?

Ela ficou um pouco mais tensa.

- E-eu acho que ainda namoro – gaguejou um pouco me fazendo perceber que havia um conflito escondido ali.

Uma garota apaixonada, num relacionamento ruim eu suponho.

Porque eu não me surpreendo?

- Certo...? – perguntei, no intuito de fazê-la aprofundar mais sobre o assunto.

- Na verdade, tem algo em especial que eu gostaria de falar – ela disse, receosa – porque tenho certa urgência em resolver essa questão em particular.

- Tempo infelizmente é uma coisa que não posso garantir em tratamentos psiquiátricos já que, geralmente depende muito mais do paciente do que do médico.

- Você vai me achar maluca.

- Não estou aqui para te julgar, estou aqui para juntos resolvermos da melhor forma possível o que quer que...

Mal terminei de falar, antes que ela soltasse a bomba:

- Eununcativeumarelaçãosexual! – falou rápido, escondendo o rosto entre as mãos logo depois. Se eu não tivesse prestando atenção, não teria entendido.

Como aquilo era possível?

Ela não era nem um pouquinho feia e muito menos uma adolescente bobinha. Era uma mulher feita... e muito gostosa por sinal.

Veja bem, eu sou um cara extremamente sexual. Sexo é bom, é saudável! E como dizia Rémy de Gourmont “De todas as aberrações sexuais, a mais singular talvez seja a castidade”. Sinceramente meu chapa, eu concordo totalmente contigo.

A sala ficou num silêncio sepulcral e eu nem sabia por onde começar a falar.

Ajeitei minha gravata, mudei de posição na poltrona, analisei o piso, as janelas, e tudo o que fosse possível pra eu ganhar tempo até conseguir pronunciar qualquer coisa que não fosse completamente imbecil, dado ao estado em que eu me encontrava.

- E como você se sente sobre isso? – pobre frase de psicologia barata. Eu juro que tinha mais estudo do que aquilo, mas essa realmente tinha me pegado de surpresa.

Ela lentamente tirou as mãos do rosto, demonstrando uma careta de arrependimento.

- Eu me sinto... virgem! – respondeu bufando, e logo se levantou pegando a bolsa – olha Dr., acho que isso foi um erro, é melhor eu ir e... – me levantei num impulso e segui em direção a porta, a segurando pelo braço.

- Não precisa ter vergonha – eu disse calma e educadamente – se ir embora e fingir que nunca tivemos essa conversa é o que você quer, eu te solto e você poderá ir.

- Ou? – ela perguntou, dessa vez me olhando nos olhos.

- Ou você pode se sentar, e conversar comigo – eu disse. Dulce baixou o olhar onde minha mão ainda segurava seu braço e então a soltei.

Dei as costas, retornando a minha poltrona e silenciosamente torcendo para que ela optasse por ficar.

Ouvi atrás de mim a porta se abrir e fechar em seguida, levando embora o som dos saltos dela. Apenas virei-me para constatar que eu estava sozinho no consultório.

Respirei fundo, frustrado e irritado com aquela mulher sem saber exatamente o porquê.  Me dirigi até a mesa e peguei o interfone.

- Venha até minha sala – despejei rapidamente e desliguei em seguida.

Comecei a andar de um lado para o outro impaciente, até que a porta foi aberta e Jill entrou receosa no consultório.

- Precisa de mim? – ela perguntou curiosa, fechando a porta atrás de si – sua paciente saiu bem antes do horário e...

- Na minha mesa – apontei – se apoie ali e suba o vestido.

Não precisou muito tempo para ela se esquecer da p\orra do trabalho e me dar um sorriso luxurioso, fazendo então, exatamente o que eu pedi.  Subiu a saia até deixa-la enrolada em volta de sua cintura deixando a mostra as ligas da meia calça e o pequeno fio que ela chamava de calcinha, logo depois apoiou com as duas mãos na mesa de vidro e empinou a bunda em minha direção.

Abri a calça e comecei a bater uma punheta, sentindo meu p\au ficar duro o suficiente para eu deslizar a camisinha com facilidade. Me posicionei atrás dela e agarrei um punhado de cabelos puxando-a para trás.

- Você vai ficar quieta e só vai gozar quando eu deixar, entendido? – eu disse roucamente, afastando sua calcinha, estimulando rapidamente seu clitóris e me posicionando em sua entrada. Ela ofegou e assentiu, mordendo os lábios – ótimo. – completei, metendo nela.