Fanfic: The Psychiatrist. vondy | Tema: Rebelde

Depois daquela noite, Dulce concordou em continuar fazendo terapia. Nos encontramos duas vezes desde então.

Ela era filha única, infelizmente teve uma irmã que se suicidou quando ela tinha nove anos de idade. Dulce não se lembra muito de detalhes, já que na época morava com sua avó materna enquanto a irmã morava com a mãe e o padrasto. A avó de Dulce ainda é viva e as duas mantém contato o máximo possível, já com a mãe – apesar de a relação ser boa – o contato de limita a ser mais social. Ela era arquiteta, se especializou em arquitetura hoteleira e estava em Nova York acompanhando de perto o mais novo hotel de luxo cujo projeto tinha sido desenvolvido por ela e sua sócia. Apesar de o trabalho exigir um constante deslocamento, viagens e passeios percebo seu alívio em estar em casa. Me contou também, sobre seu relacionamento: ela o tinha conhecido em uma de suas viagens à Bahamas para o projeto de um hotel à Beira-mar. O cara é tão insignificante que não lembro o seu nome mas, aparentemente é esperto o suficiente para fazê-la acreditar que ele aceita não ter relações e que respeita o seu tempo.

Fico quase tentado em passar analgésicos para Dulce, ela deve ter dores de cabeça por conta dos chifres.

Não é que eu não acredite em esperar, apenas acho que... bem, na verdade eu não acredito. Até porque nunca conheci alguém que me fizesse ter vontade de esperar.

Eu não me cansava de ouvir sobre Dulce Maria, ir juntando as peças do quebra-cabeças de mil peças que era aquela mulher... O grande problema é que quanto mais eu a conhecia, mais me sentia física e emocionalmente atraído a ela e mais distante do porquê ela não conseguia se relacionar sexualmente.

Olhei nos olhos de Dra Perroni e ela tinha uma sobrancelha erguida.

- Vejo que as coisas progrediram com Dulce – ela sorriu.

Revirei os olhos.

O problema de você ser psiquiatra e se tratar com outro psiquiatra é que como colegas as vezes são desnecessárias certas formalidades.

- Isso não tem graça Maite – resmunguei, começando a andar de um lado para o outro no consultório enquanto ela fazia anotações em meu prontuário – eu venho sentido cada vez mais atração sexual por ela, isso não é normal e pior ainda: é anti ético!

- Veja bem Christopher, não podemos controlar sentimentos. Só podemos controlar as ações que antecedem ou sucedem nossos sentimentos. Você pode fazer isso, desde que ainda tenha condições de separar a atração que sente por ela e o trabalho.

Me sentei, respirando fundo.

- A mulher não sai da minha cabeça!

- Pare de se martirizar tanto por algo que você não pode controlar. Eu por exemplo, sinto atração pelo meu piscineiro e isso não significa que eu vá deixar meu marido para pular em cima dele. – disse, ajeitando seus óculos no rosto.

- Isso é algo que eu gostaria de ficar sabendo em primeira mão Mai – brinquei.

- Você será o primeiro a saber, pode deixar – e demos risada, logo ela continuou – Eu mais do que ninguém sei o quanto você é uma pessoa sexual e controladora, você adora a adrenalina. A partir do momento que chegou essa mulher deslumbrante e inexperiente na sua frente, seu radar de novos desafios começou a apitar. Continue com a terapia até essa euforia passar ou.... trepe com ela de uma vez e apenas encaminhe o caso a um colega.

- Você tem razão, acho que posso continuar fazendo isso. - disse, igorando a parte de que eu deveria trepar com ela.

Tive que me contentar em aceitar a situação porque sinceramente eu não queria abrir mão dela.

Naquela tarde, tínhamos sessão novamente e eu a estava esperando. Quando Dulce entrou, meu p\au quase deu um pulo dentro das calças. Ela usava uma calça de ginástica colada ao corpo, tênis e um moletom. Estava bem vermelha e gotas de suor pingavam um pouco de suas têmporas e nuca exposta pelo rabo de cavalo.

- Desculpe Christopher, tive que vir nessas condições porque não daria tempo de ir em casa me trocar – ela sorriu, passando uma toalhinha para secar o rosto e tomou seu lugar no divã – céus, estou derretendo! Se importa se eu tirar minha blusa?

Ela tirou a blusa ficando apenas com o top de corrida. Tentei ignorar o tanto de pele exposta e brilhante à minha frente, os pingos de suor iam descendo de seu pescoço até o vale dos seios e sumindo para dentro do top. Praguejei me dando conta que perdera alguns segundos pensando no quanto adoraria secá-los com a minha língua.

- Bem, como passou a semana? – perguntei, desviando meus olhos.

- Eu continuei com minhas atividades normais e como te contei, meu namorado estava viajando e retornou ontem a noite – ela dizia um pouco entediada, mas o tom de voz foi mudando – ele dormiu em casa e passamos o dia muito bem, quando voltamos do almoço começamos a nos beijar e uma coisa levou a outra... – olhou para os dedos, evitando olhar para mim.

Parecia que um soco tinha sido acertado nas minhas bolas.

- Vocês transaram? – perguntei, fingindo desinteresse.

Ela me olhou por um tempo.

- Não – lamentou. Dulce respirou fundo antes de prosseguir – nós estávamos quase, quero dizer, ele estava pelado em cima de mim quando eu simplesmente gritei com ele, dizendo que eu não queria! – seus olhos castanhos e desesperados me fitaram, procurando uma explicação -  Christopher, ele ficou furioso! Disse que queria terminar comigo! E essa maldita tensão sexual deve ser por conta do gel de testosterona que você me passou, eu estou correndo feito uma idiota para ver se meu tesão passa – jogou os braços para o ar – porque eu simplesmente não consigo transar? – perguntou incrédula e ofegante.

Ah, o gel de testosterona... Ri internamente, eu imaginava como ela estava se sentindo.

- Veja bem, é normal você se sentir frustrada... – comecei.

- Frustrada? – ela gritou – eu estou furiosa! Eu não aguento mais me sentir uma virgem idiota! Eu estou subindo pelas paredes, eu só consigo pensar em sexo sexo sexo sexo sexo sexo... sexo!

Precisei me recompor.

- Bem, já vimos que seu problema não é falta de libido... e quanto a questão emocional?

- Emocional? Meu emocional está ótimo! Eu tenho um emprego ótimo, uma família ótima, amigos ótimos, uma saúde ótima...

- Que ótimo – ironizei.

- Christopher eu estou falando sério – ela riu – eu estou com tanto tesão que arrancaria sua roupa agora mesmo e transaria com você nessa cadeira.

Pooooooorra!

Ficamos num silêncio totalmente constrangedor. Eu me esforçava para respirar o ar que se fazia escasso naquele recinto. Talvez eu não tivesse uma resposta confortável porque eu também seria capaz transar com ela naquele segundo. Tossi em seco, ajeitando minha gravata.

- Eu, hum... – Dulce se levantou, colocando o moletom de volta – eu preciso ir...

Nossa sessão só terminaria daqui 20 minutos, mas eu não me opus.

- Jill ligará confirmando seu horário – eu disse, rouco.

Ela apenas assentiu e deu um “tchauzinho” com a mão, saindo em disparada logo depois.

Liiiiiinduxas, Vou resonder todasssssssssssss!!!! 

Não tive tempo, mas estava lendo os comentarios e vou responder uma por uma. Espero que gostem...

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